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Almir Aguiar, representando a família do homenageado, recebe de Paulo Salvador placa comemorativa |
Golpe neoliberal
A privatização do principal banco estatal paulista, em novembro de 2000, foi um dos grandes golpes do governo de Fernando Henrique Cardoso. Suporte financeiro do Estado de São Paulo, a venda do Banespa para o Santander por R$8 bilhões (a avaliação do governo foi de R$1,8 bi) significou um marco na investida neoliberal contra a economia do país, dada a sua solidez e à importância de sua atuação na economia paulista.
Foram seis anos de luta contra a privatização do Banespa, de 1994 a 2000, com intervenção a partir da madrugada de 1º de janeiro de 1995, coincidindo com o início do governo Mario Covas (PSDB).
Resistência e morte
Até o último lance do processo de privatização, Vilela esteve firme na resistência. Lutou com todas as suas forças físicas e mentais, formulando estratégias, estimulando os funcionários a não desistirem da perspectiva de impedir a venda do banco, fosse nas manifestações de ruas, ou na elaboração de textos, atos, recursos jurídicos, enfim, todas as formas de combate.
Paulista de Taubaté, Vilela adotou o Rio como sua cidade. Fundador do PT e da Articulação Bancária, em 1986 teve participação decisiva em defesa da filiação do Sindicato dos Bancários na CUT.
O processo da privatização, dizem os seus companheiros, “mataram Vilela”. Na verdade foi uma jornada de enorme desgaste. O cansaço e a decepção pela venda do banco ao espanhol Santander contribuíram fortemente para o infarto que lhe tirou a vida em 11 de dezembro de 2000.
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