quarta-feira, 28 de março de 2012

ATENÇÃO GALERA DO HÉLIO RANGEL: HOJE A NOITE COLOCAREI ALGUMAS RESPOSTAS PARA AJUDAR NO ESTUDO DO TESTE DESTA SEMANA, FIQUEM ATENTOS, MAS, TENTEM RESOLVER E LEMBRE-SE O SABER NÃO OCUPA ESPAÇO.

ATENÇÃO TURMA 805 AS MATERIAS ABAIXO SÃO AQUELAS QUE USAREMOS COMO BASE DE UESTUDO PARA O TESTE E A PROVA DO 1º BIMESTRE

AULA DO DIA 23 DE MARÇO TURMA 805

AS REVOLUÇÕES BURGUESAS
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1815)
INTRUDUÇÃO
A Revolução Francesa constitui um momento marcante das Revoluções Burguesas, por encerrar o
Antigo Regime na França, mas também pela influência direta ou indireta que este movimento realiza na Europa e nos movimentos de independência da América. A Revolução Francesa deve ser entendida como uma revolução burguesa, apesar de o processo revolucionário ter, em seu interior, uma série de “revoluções” (aristocrática, camponesa e popular). Ela expressa uma nova ordem, inspirada nos ideais iluministas, rompendo com a sociedade de ordens ou estamental, que mantinha os privilégios do 1o Estado (clero) e 2o Estado (nobreza), em detrimento da maioria esmagadora da sociedade francesa (burguesia, camponeses e artesãos).

2.2. CAUSAS DA REVOLUÇÃO FRANCESA
A crise do Antigo Regime, na França, ocorreu em três níveis: o econômico, o social e o político. A crise econômica foi em dois planos: no plano estrutural, decorrente do desenvolvimento do capitalismo e do crescimento demográfico, abalando a estrutura feudal; no plano conjuntural, uma série de fatores concorrem para o aprofundamento da crise. Assim ocorreu com a indústria francesa, incapaz de concorrer com a indústria inglesa, após o tratado de Rayneval – 1786, que permitia a entrada dos manufaturados ingleses, com tarifas alfandegárias baixas, em troca de tarifas preferenciais para o vinho francês. Na agricultura, problemas climáticos, como a grande seca de 1788, resultam em péssimas colheitas e, em conseqüência, na elevação dos preços agrícolas e na miséria dos setores populares, agravada pela crise financeira provocada por guerras e gastos desnecessários da corte. No plano social, a crise, advinda de uma sociedade de ordens ou estamental, dividida em três Estados, mantinha os privilégios do clero e da nobreza, 1o e 2o Estados, respectivamente, em detrimento da maioria esmagadora que compunha o 3o Estado, contrapondo-se aos demais comandados pela burguesia. No plano político, o Iluminismo opunha-se ao Absolutismo, propondo a liberdade de expressão, a igualdade jurídica e o fim do dirigismo econômico. Diante da resistência da nobreza (Revolta Aristocrática) e incapaz de realizar as reformas propostas por Turgot, Calonne, Brienne e Necker, Luís XVI convoca, em maio de 1789, os Estados Gerais, que não se reuniam desde 1614. O 3o Estado se proclama em Assembléia Nacional Constituinte. Em 14 de julho de 1789, ocorre a tomada da Bastilha, tem início a Revolução.

(1789-1792)
A tomada da Bastilha e as revoltas camponesas ocorridas por quase todo o país – o “Grande Medo” – expressam a radicalização do processo revolucionário. Logo, a burguesia assume a condução do processo e impõe seus interesses, realizando uma série de mudanças: abolição dos direitos feudais (agosto/1789);

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (agosto/1789);
secularização dos bens do clero;
Constituição Civil do Clero, dividindo o clero em Constitucional (aceitam a constituição) e os Refratários (Rejeitam), ruptura entre a Revolução e a Igreja (1790);
sistema eleitoral censitário;
Monarquia Parlamentar ou Constitucional. A Monarquia Parlamentar não chegou a durar um ano.
A organização de uma contra-revolução interna e externa, com o apoio do Rei e da nobreza, e a invasão estrangeira mobilizam a população, forçando a Assembléia a decretar a deposição e prisão do Rei e a convocar uma nova Assembléia, eleita pelo voto universal masculino.

2.4. ERA DAS ANTECIPAÇÕES (1792-1795)
Corresponde a uma etapa caracterizada pela pressão popular e aprofundamento do processo revolucionário, com predomínio, no início, dos girondinos. Representantes da alta burguesia, diante do perigo da invasão estrangeira, representada pela 1a Coligação (Inglaterra, Áustria, Prússia, Rússia e outros), permitiram a chegada ao poder dos jacobinos, representantes da pequena burguesia e dos “sans-culottes”. Liderados por Robespierre, elaboraram uma nova Constituição (a do Ano I), instituindo a primeira república, etapa denominada de o Terror. Os jacobinos empreenderam as seguintes mudanças:
aboliu-se a escravidão na colônias;
suprimiram-se as indenizações a serem pagas pelos camponeses aos senhores;
lei do preço máximo;
intensificaram-se o seqüestro e venda das grandes propriedades;
redistribuição parcial da propriedade, através da Lei Ventosa;
criação de uma religião revolucionária, o culto ao Ser Supremo;
criação do Tribunal Revolucionário;
criação da lei Prairial, intensificação do terror.
A radicalização empreendida pelos jacobinos cria uma divisão entre os ultra-radicais (hebertistas ou raivosos) e ultramoderados (seguidores de Danton); diante desse quadro, Robespierre e os seus seguidores ficam isolados na Convenção, possibilitando o golpe 9 de Termidor ou reação termidoriana, que permitiu a retomada do poder pela alta burguesia, representada pelos girondinos.

2.5. ERA DAS CONSOLIDAÇÕES (1795-1815)
Finalizando o processo revolucionário, podemos dividir essa última etapa em Diretório (1795-1799), que tinha o poder executivo formado por 5 diretores, baseado no voto censitário, anulando as conquistas do período jacobino. Este período foi registrado por forte instabilidade interna marcada pelas agitações de Realistas, Jacobinos e a Conspiração dos iguais, comandada pelo jornalista Graco Babeuf. No plano
externo, a França tem que enfrentar a 2a Coligação, tornando o exército fundamental na manutenção da Revolução, aumentando o seu peso político, que se consubstanciou no golpe de 18 Brumário (novembro de 1799), conduzindo Napoleão ao poder e liquidando com o Diretório.

Napoleão Bonaparte
A primeira parte do período napoleônico vai até 1804, sendo chamada de Consulado, pois, nela, Napoleão ocupava o cargo de Primeiro- Cônsul. A crescente centralização do poder em suas mãos, além da fragilidade dos órgãos legislativos, facilitou a transformação do regime de República em Império, em 1804, através da Constituição do Ano II. Durante seu período no poder, Napoleão instituiu uma série de medidas que consolidaram, nos planos econômico e político, os interesses da burguesia francesa: reorganizou o Estado e a justiça, criou o Código Civil (1804), estabelecendo a igualdade dos indivíduos diante da lei, a liberdade de consciência, protegendo a propriedade privada e proibindo os sindicatos operários, restabelecendo a escravidão nas colônias. A França, no período napoleônico, enfrentou uma
série de guerras externas, motivadas pelo medo das monarquias européias com a difusão da Revolução, e também pelas rivalidades econômicas com a Inglaterra. O Bloqueio Continental, decretado em 1806 e 1807, tinha por objetivo assegurar o mercado europeu contra a concorrência dos produtos industrializados
ingleses. Os problemas políticos decorrentes do Bloqueio, assim como a extensão das intervenções militares francesas a regiões tão distantes como Portugal e Rússia, levaram à derrota dos franceses e deram início ao período de Restauração na Europa.

01(UFF) Quanto à Revolução Francesa, é correto afirmar que:

a) definiu-se como um movimento de intelectuais defensores de um modelo político, baseado na centralização estatal.
b) juntamente com a Revolução Americana, contribuiu para os movimentos de independência da América Latina após 1808.
c) no Brasil, influenciou positivamente as reformas pombalinas na segunda metade do século XVIII.
d) não influiu sobre os termos e o vocabulário da política liberal e radical democrata na maior parte do mundo.
e) esgotada pelas divisões internas após a fase do Terror, não teve qualquer influência nos movimentos político sociais posteriores.

02(UNIFICADO) O golpe do 18 de Brumário de 1799, no contexto da Revolução Francesa, derrubou o Diretório, instituiu o sistema do Consulado e elevou Napoleão Bonaparte à liderança política da França revolucionária. Napoleão manteve-se no poder por um período que se estendeu de 1799 até 1815, período esse denominado de Era Napoleônica, durante o qual ocorreu a:

a) retomada do poder político pelos segmentos da nobreza provincial francesa com a promulgação do Império (1804) como a forma política legítima de governo da França do período napoleônico.
b) formação de diversas coligações que uniriam a França revolucionária e a Inglaterra liberal contra os Estados aristocráticos, em defesa das conquistas liberais promovidas no processo da Revolução Francesa.
c) união de segmentos sociais distintos na defesa do governo aristocrático e absolutista de Napoleão, tais como: o campesinato e a nobreza, com o objetivo de evitar uma invasão estrangeira da França revolucionária.
d) interferência direta das Monarquias Absolutas européias na França, através da ação política da Santa Aliança, ao encerrarem o processo revolucionário com seu apoio a ascensão de Napoleão.
e) consolidação interna do ideário burguês da Revolução e a tentativa de sua imposição a diversos países da Europa com a expansão militar promovida por Napoleão.

03(UFF) A Revolução Francesa extinguiu a sociedade de ordens ou estamentos, típica dos Tempos Modernos e que tinha algumas das seguintes características, EXCETO:

a) divisão da sociedade em três ordens ou estamentos: Alto-Clero, Baixo-Clero e Terceiro Estado, constituído, este último, por todos os não nobres.
b) estabelecimento do contorno das ordens do Antigo Regime por meio de um conjunto de normas e costumes denominados privilégios.
c) favorecimento do clero e da nobreza, no sistema aristocrático e hierarquizado do Antigo Regime, principalmente com isenções fiscais e o monopólio dos altos cargos do governo.
d) a fundamentação essencial do Antigo Regime na noção básica de privilégios – leis privadas – que preconizava não serem os homens iguais perante a lei, mas formalmente diferentes por sua condição de nascimento e hierarquia social.
e) constituição do Terceiro Estado por todos aqueles de condição plebéia – como camponeses e artesãos – tendo, entretanto, na burguesia, a sua mais correta expressão.

04 A Revolução Francesa insere-se em um conjunto de profundas transformações históricas, ocorridas na sociedade européia da segunda metade do século XVIII. As etapas do processo revolucionário, entre 1789 a 1799, expressaram os conflitos sociais e os diferentes projetos políticos dos diversos grupos envolvidos na Revolução. Assinale a opção que relaciona corretamente a atuação de um desses grupos com uma etapa do processo revolucionário.

a) A reação armada do clero monarquista (refratário) contra os revolucionários determinou a instituição da Constituição Civil do Clero, em 1790, que garantiu o pagamento de indenizações e a devolução de suas propriedades confiscadas no início da Revolução.
b) A burguesia liberal definiu seu modelo de Estado com a promulgação da Primeira Constituição da França, em 1791, durante a Assembléia Nacional, que instituiu uma monarquia constitucional baseada no sufrágio censitário e na divisão dos poderes do Estado em executivo, legislativo e judiciário.
c) A manutenção prolongada do Período do Terror, instituído pelos monarquistas, determinou a derrota dos segmentos revolucionários liderados pelos “sans-coulottes” frente ao Golpe do 18 Brumário, em 1799, que elevou Napoleão Bonaparte à direção do Comitê de Salvação Pública.
d) Os jacobinos extremistas, formados pela nobreza parisiense e provincial, retornaram ao poder com a convenção Termidoriana, entre 1794 e 1795, anulando diversas conquistas revolucionárias, tais como a Lei do Preço Máximo e a Declaração do Direitos do Homem e do Cidadão.
e) Os camponeses, representados pelo Partido Girondino, formavam uma poderosa facção, cujo apoio popular permitiu que controlassem politicamente a Revolução durante a fase da Convensão Montanhesa, entre 1793 e 1794, na qual aboliram os privilégios feudais e a escravidão nos territórios coloniais franceses.

01(UFRJ)
“As boas leis civis são o maior bem que os homens podem dar e receber, eles são a fonte dos costumes, a proteção da propriedade e a garantia de toda paz pública e particular: se eles não estabelecem o governo, elas o mantêm, elas moderam a autoridade e contribuem para fazê-la respeitada como se ela fosse a própria justiça. Elas atingem cada indivíduo, elas se associam às principais ações de sua vida, elas o seguem por toda parte: elas são freqüentemente a única moral do povo, e elas sempre fazem parte de sua liberdade”. Discurso preliminar ao Projeto do Código Civil. 1801, citado por Groupe de Recherche pour l’enselgnement de I’Histoire et de lê Géographie. Histoire. Hérltsges suropéens. Paris, Hachette, 1981, p.127.

O período Napoleônico (1799-1815) representou a consolidação dos valores da alta burguesia francesa, sintetizados no Código Civil ou Código Napoleônico (1804). Em nome dos ideais revolucionários, a França desenvolveu uma política expansionista, atingindo Portugal, aliado da Inglaterra (que procurava contar esse expansionismo) em 1807. Em decorrência da política napoleônica, a Monarquia Portuguesa
transfere-se para o Brasil em 1808.

a) Analise duas características do Período Napoleônico.
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b) Explique uma medida de caráter político-administrativo tomada pelo Príncipe-Regente D. João, no Brasil, que tenha objetivamente favorecido os grandes proprietários, coloniais.
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02(UFF) A historiografia sobre a Revolução Francesa consagrou como periodização de seus acontecimentos a identificação de etapas em que se distinguem os diferentes momentos do processo revolucionário. Para o historiador francês A. Soboul, a fase é da “revolução ou do compromisso?, e a de 1792/1795, como a da “república burguesa ou da democracia popular?”

a) Cite duas conquistas sociais de cada um dos períodos mencionados. 1789/1792
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1792/1795
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b) Tomando em consideração as tensões sociais e as diferentes expectativas revolucionárias, explique as indagações de Soboul para qualquer um destes períodos: “revolução ou compromisso? (1789/92); ou república burguesa ou democracia popular? (1792/95). (Indicar na resposta o período escolhido).
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03 (UERJ) Com base nas reflexões abaixo, responda à questão:
Os acontecimentos do final do século XVIII deram corpo e alma a uma série de mudanças que possibilitaram o nascimento, embora em ritmos diversos, segundo as regiões, do mundo contemporâneo.
A gestação da Revolução Industrial inglesa, a independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa constituíram-se nos marcos dessa modernidade. As idéias e práticas abalaram os alicerces do
Antigo Regime, ainda que de formas diversas, tanto na maior parte do continente europeu quanto no universo colonial americano.

Por que a Revolução Francesa é considerada um importante marco da crise do Antigo Regime?
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INTRODUÇÃO


Muitas tentativas de mudança na Igreja, durante o século XV, fracassaram. O impacto da reforma protestante, no entanto, acabou por produzir um amplo movimento de reação e reformulação interna na Igreja Católica, cujos principais instrumentos foram: o Tribunal do Santo Ofício e a Companhia de Jesus.

2.     A REFORMA CATÓLICA

O Santo Ofício, antigo tribunal medieval, foi restabelecido como tribunal religioso, ativamente apoiado pela Coroa. Seus julgamentos eram secretos e abrangiam os casos de heresia e outros crimes graves contra a fé católica. Embora nominalmente um tribunal religioso, sua ação teve uma inequívoca dimensão política, visto que o Estado e a Igreja se sustentavam mutuamente; a luta pela unidade da fé católica era essencial à unidade do Império Espanhol e, portanto, vital para o prestígio dos Habsburgos. O desafio protestante e a premente necessidade de renovar deram origem a novas ordens religiosas, das quais
as mais importantes foram: os Barnabitas, os Capuchinhos, as Ursulinas e os Jesuítas. Mas a ordem mais importante foi, sem dúvida, a dos Jesuítas. A ela deve o Papa sua vitória completa no Concílio de Trento. Fundada pelo ex-soldado espanhol, Inácio de Loiola, em 1534, em Paris, foi aprovada e ratificada pelo Papa Paulo III, em 1540. Juntamente com a Inquisição, passou a representar a base de todo o trabalho de Reforma da Igreja Católica e da recuperação do “terreno” ideológico perdido. Cedo começaram a exercer grande influência em muitas atividades sociais e áreas geográficas. Dirigiram-se como missionários à América Espanhola, Brasil, Canadá, China, Japão e Índia, onde promoviam o ensino, a catequese e a pregação. O Concílio de Trento, que se reuniu de 1545 a 1563, reafirmou os dogmas negados pela Reforma, a saber: necessidade das obras e da fé para a salvação, a antiga doutrina dos sacramentos, a sucessão apostólica do clero, a existência do purgatório, a crença nos santos, o celibato clerical, a supremacia papal sobre o clero e a infalibilidade das decisões papais em matéria de moral e dogma. Dessa maneira, o amplo movimento conciliar dos séculos XIV e XV que pretendia submeter o Papado às assembléias do clero, foi completamente derrotado. O Concílio de Trento legislou também quanto à disciplina: proibiu a venda de indulgências, proibiu o enriquecimento de padres e bispos pela ocupação de dois benefícios ao mesmo tempo; determinou a criação de escolas teológicas em cada diocese para superar a ignorância do clero. E estabeleceu o Index “(Index Librorum Proibitorum)”, relação de livros proibidos à leitura, pelo perigo que representavam de difundir as idéias protestantes. A Contra-Reforma, atitude de defesa, propiciou uma renovação interna na Igreja Católica, uma extensão de sua influência política e a criação de uma atitude combativa dos reis católicos, de modo que os problemas políticos do século XVI e XVII assumirão contornos religiosos (caso das guerras religiosas).

01 O Concílio de Trento, uma das medidas da Reforma Católica, cujo objetivo era enfrentar o avanço das idéias protestantes, apresentou uma série de decisões para assegurar a unidade da fé católica. Entre essas decisões, a de:

a) favorecer a interpretação individual da Bíblia, de acordo com seus princípios fundamentais.
b) adotar uma atitude mais liberal com relação aos livros religiosos, o que fez com que diminuísse a censura medieval.
c) criar uma comissão com o intuito de melhorar o relacionamento com os povos não cristãos.
d) estabelecer uma corporação para o Sacro Colégio, pois, dessa forma, todas as nações cristãs estariam aí representadas.
e) estimular a ação das ordens religiosas em vários setores, principalmente no educacional.

02 Como instrumentos da Contra-Reforma por parte da Igreja Católica, destacam-se, EXCETO:

a) a prática da simonia, ou seja, a venda de cargos eclesiásticos.
b) o Index Proibitorium Librorum.
c) a Companhia de Jesus.
d) os Tribunais do Santo Ofício.
e) o Concílio de Trento.

03 Todas as alternativas contêm objetivos da política da Igreja Católica, esboçada durante o Concílio de Trento, EXCETO:
a) A expansão da fé cristã. d) A perseguição às heresias.
b) A moralização do clero. e) O relaxamento do celibato.
c) A reafirmação dos dogmas.

01 A Companhia de Jesus foi instrumento fundamental para a evangelização das colônias americanas.
a) CITE duas estratégias usadas pela Companhia de Jesus para a difusão da fé católica.
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b) IDENTIFIQUE os objetivos da Companhia de Jesus no
Novo Mundo.
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02 Em um dicionário histórico, encontramos a seguinte definição: “Contra-Reforma - O termo abrange tanto a ofensiva ideológica contra o protestantismo quanto os movimentos de Reforma e reorganização da Igreja Católica, a partir de meados do século XVI.DICIONÁRIO DO RENASCIMENTO ITALIANO, Zahar Editores, 1988. Dê as principais características da Contra-Reforma e analise duas delas.
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AULA DO DIA 16 DE MARÇO TURMA 805

O ILUMINISMO
INTRODUÇÃO
O século XV caracterizou-se por inúmeras transformações em todos os níveis da realidade social, transformações estas que demonstram um rompimento total com o passado, com a tradição, principalmente no campo das idéias. O Iluminismo foi o movimento intelectual do século XVIII, que encontrou sua expressão maior na França, propagou idéias que, rapidamente, influenciaram a burguesia, munindo-a ideologicamente e preparando-a para a tomada do poder nas últimas décadas do século. As origens desse movimento podem ser encontradas nos progressos realizados pela Ciência e Filosofia no século XVII, principalmente as idéias desenvolvidas por Descartes (racionalismo) e John Locke (liberalismo político). Os iluministas utilizam o método de Descartes, onde a razão e o espírito crítico predominam. Intensificam seus ataques em duas direções: a primeira contra a monarquia absoluta, e para isso baseiam-se em John Locke e a segunda contra a religião, o ataque se volta contra a Igreja católica, que já vinha sendo contestada desde a Reforma. Em síntese, os filósofos iluministas preparam o clima para a destruição das bases que sustentavam o “Antigo Regime”.

O ILUMINISMO NA FRANÇA
É na França que o “iluminismo” alcança maior expressão, essencialmente pelos problemas em que vivia
a sociedade francesa da época. Os maiores destaques no campo das idéias foram Voltaire, Rousseau e
os “Enciclopedistas” Diderot e D´Alembert, que contribuíram de forma significativa para a destruição das
bases ideológicas do absolutismo, abrindo a trilha para a revolução burguesa. Além dos pensadores iluministas, tivemos também elementos que contestaram a política econômica do estado absolutista, o
mercantilismo. Foram os fisiocratas que propuseram novas soluções para a economia, como veremos de forma mais detalhada, mais adiante. Um dos maiores pensadores da época, sem dúvida, foi Voltaire, panfletário e romancista de talento, preso e exilado várias vezes por seus ataques à nobreza e à administração real. Na Inglaterra, onde esteve exilado, tomou contato com as idéias de Locke e as instituições políticas inglesas. Longe de ser um teórico, foi ardente propagandista das novas idéias, defendendo o direito do indivíduo à liberdade política e de expressão, criticava violentamente a Igreja, por ser instituição vinculada ao Antigo Regime, embora fosse deísta, preconizando uma religião natural, onde Deus estava presente na natureza. Condenava o Absolutismo, porém defendia a necessidade de uma Monarquia centralizada, assessorada por filósofos: era o Despotismo Esclarecido, política reformista levada por diversos soberanos europeus. Já Montesquieu, pertencente à nobreza togada, revolucionou
a Teoria do Estado. De todas as suas obras, com “As cartas Persas”, “O Espírito das Leis” é a que apresenta maior significação por enfeixar um resumo de suas idéias. Para Montesquieu, não existe absolutamente uma forma de governo ideal que servisse para qualquer povo em qualquer época. No “Espírito das Leis” afirmava que cada país tinha um tipo de instituição política de acordo com seu progresso econômico-social. Os fatores geográficos e climáticos influenciavam decisivamente na forma de governo: para os grandes países, o despotismo, para os médios, a monarquia constitucional, para os pequenos, a república. Sua contribuição mais conhecida foi a “doutrina dos três poderes”, baseada em Locke, em que advogava a divisão da autoridade governamental em três setores fundamentais: o executivo, o legislativo e o judiciário, ressaltando a importância do equilíbrio dos três poderes. Jean-Jacques Rousseau foi o mais radical e popular dos filósofos. Suas principais obras foram o “Discurso sobre a Origem e Fundamentos da Desigualdade entre os Homens” e “O Contrato Social”. Na sua primeira obra, ataca violentamente a propriedade privada, atribuindo a mesma responsabilidade da infelicidade dos homens. Mas é no “Contrato social”, a sua mais importante obra, que Rousseau desenvolve o seu conceito de soberania do povo, onde o que importa é o desejo da maioria, expresso pelo sufrágio universal. O Estado deve realizar a vontade da maioria. Afinal, todos têm direitos iguais.

Marquês de Pombal.
01 (UFF) No século XVIII, com o desenvolvimento dos valores iluministas, vários estados europeus realizaram mudanças nas suas relações políticas e culturais. Essas alterações acabaram por se associarem ao fenômeno do “Despotismo Esclarecido”. Um dos seus exemplos foi o governo do Marquês de Pombal em Portugal. A chamada época pombalina, no Brasil, possuiu algumas características marcantes. Dentre elas, uma está contida como opção de resposta. Assinale-a:

a) A época pombalina representou um retrocesso nas questões relativas ao ensino, com o fechamento do Seminário de Olinda.
b) A política de Pombal privilegiou a opção agrícola para a colônia brasileira e por isso, incentivou o uso da mão-deobra imigrante.
c) As medidas pombalinas, no tocante às suas relações com a Igreja Católica, demonstraram a preocupação em manter o domínio da Igreja sobre o Estado.
d) As Reformas Pombalinas propuseram a descentralização na área administrativa.
e) A atuação de Pombal estimulou o fomento agrícola e a criação de Companhias de Comércio.

02 (UNIFICADO) O movimento conhecido com ilustração ou Iluminismo marcou uma revolução intelectual, ocorrida na sociedade européia ao longo do século XVIII. O Iluminismo, em seu âmbito intelectual expressou a:
a) negação do humanismo renascentista baseado no experimentalismo, na Física e na Matemática.
b) aceitação do dogmatismo católico e da escolástica medieval.
c) consolidação do racionalismo como fundamento no conhecimento humano.
d) defesa dos pressupostos políticos e das práticas econômicas do Estado do Antigo Regime.
e) supremacia da idéia de providência divina para a explicação dos fenômenos naturais.

01
“Nenhum homem recebeu da natureza o direito de comandar os outros. A liberdade é um presente do céu, e cada indíviduo da mesma espécie tem o direito de gozar dela logo que goze da razão...
Toda autoridade vem de uma origem, que não é da natureza. O poder que vem do consentimento dos povos supõe necessariamente condições que tornem o seu uso legítimo, útil à sociedade, vantajoso
para a república, e que a fixam e restringem entre limites” Denis Diderot, (1713-1784) “Autoridade Política”, na Enciclopédia

A “Enciclopédia”, cujo primeiro volume foi publicado na França em 1751, é uma obra fundamental, pois organiza as idéias que orientam a rebeldia intelectual do século XVIII, movimento que chega à plenitude com a Revolução Francesa. a) Explique, a partir do texto, uma razão para as críticas políticas formuladas por Diderot.
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b) Apresente uma concepção de caráter político representativa no pensamento iluminista divulgado pela Enciclopédia.
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c) Cite dois movimentos políticos no Brasil que possam ser identificados com as idéias difundidas pelos enciclopedistas.
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g� ; a i Pk @ e ext-autospace:none'>05 As manifestações culturais expressas no Renascimento, ocorrido na Europa entre os séculos XIV e XVI, apresentam as características abaixo, com EXCEÇÃO de uma. Assinale-a:

a) Repúdio aos ideais medievais.
b) Crítica ao pensamento escolástico.
c) Valorização das obras clássicas da cultura greco-romana.
d) Fortalecimento do humanismo e do individualismo.
e) Negação das concepções antropocêntricas e naturalistas.
01 O Renascimento marcou o início da Idade Moderna. Indique e comente duas características fundamentais do Renascimento.
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02 “Renascimento é o nome dado a um movimento cultural italiano e às suas repercussões em outros países. Caracteriza-se pela buscada harmonia e do equilíbrio nas artes e na arquitetura, acrescentando,
aos temas cristãos medievais, outros temas inspirados na mitologia e na vida cotidiana.” DICIONÁRIO DO RENASCIMENTO ITALIANO, Zahar Editores, 1988.

Em que momento da história européia se situa esse movimento e qual a principal fonte de inspiração para os intelectuais e artistas renascentistas?
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03 A revolução cultural renascentista expressa um conjunto de mutações históricas. Esclareça a importância das cidades e dos mecenas para o Renascimento na Itália.
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segunda-feira, 19 de março de 2012

ATENÇÃO ALUNOS DO HELIO RANGEL

TODAS AS AULAS DA SEMANA PASSADA COM RESPECTIVOS EXERCÍCIOS + AQUELES QUE SERÃO LECIONADOS NESTA SEMANA ESTÃO DISPONÍVEIS AQUI. VERIFIQUE OS TEXTOS REFERENTES AS TURMAS DA QUAL VOCÊ FAZ PARTE PARA IMPRIMIR. OBS: AS POSTAGENS MAIS ANTIGAS FICAM ARQUIVADAS, TALVEZ SEJA NECESSÁRIO ABRIR AS POSTAGENS ANTERIORES PARA ENCONTRAR AS QUE DESEJAM. EXEMPLO: TURMAS 905 E 1007 E 1008. OS TEXTOS DOS DIAS 22 E 23 SÃO RESPECTIVAMENTE DA PRÓXIMA QUINTA E SEXTA-FEIRA. BOA LEITURA.

AULA DO DIA 23 DE MARÇO TURMA 2005

AS REVOLUÇÕES BURGUESAS
A REVOLUÇÃO FRANCESA (1789-1815)
INTRUDUÇÃO
A Revolução Francesa constitui um momento marcante das Revoluções Burguesas, por encerrar o
Antigo Regime na França, mas também pela influência direta ou indireta que este movimento realiza na Europa e nos movimentos de independência da América. A Revolução Francesa deve ser entendida como uma revolução burguesa, apesar de o processo revolucionário ter, em seu interior, uma série de “revoluções” (aristocrática, camponesa e popular). Ela expressa uma nova ordem, inspirada nos ideais iluministas, rompendo com a sociedade de ordens ou estamental, que mantinha os privilégios do 1o Estado (clero) e 2o Estado (nobreza), em detrimento da maioria esmagadora da sociedade francesa (burguesia, camponeses e artesãos).

2.2. CAUSAS DA REVOLUÇÃO FRANCESA
A crise do Antigo Regime, na França, ocorreu em três níveis: o econômico, o social e o político. A crise econômica foi em dois planos: no plano estrutural, decorrente do desenvolvimento do capitalismo e do crescimento demográfico, abalando a estrutura feudal; no plano conjuntural, uma série de fatores concorrem para o aprofundamento da crise. Assim ocorreu com a indústria francesa, incapaz de concorrer com a indústria inglesa, após o tratado de Rayneval – 1786, que permitia a entrada dos manufaturados ingleses, com tarifas alfandegárias baixas, em troca de tarifas preferenciais para o vinho francês. Na agricultura, problemas climáticos, como a grande seca de 1788, resultam em péssimas colheitas e, em conseqüência, na elevação dos preços agrícolas e na miséria dos setores populares, agravada pela crise financeira provocada por guerras e gastos desnecessários da corte. No plano social, a crise, advinda de uma sociedade de ordens ou estamental, dividida em três Estados, mantinha os privilégios do clero e da nobreza, 1o e 2o Estados, respectivamente, em detrimento da maioria esmagadora que compunha o 3o Estado, contrapondo-se aos demais comandados pela burguesia. No plano político, o Iluminismo opunha-se ao Absolutismo, propondo a liberdade de expressão, a igualdade jurídica e o fim do dirigismo econômico. Diante da resistência da nobreza (Revolta Aristocrática) e incapaz de realizar as reformas propostas por Turgot, Calonne, Brienne e Necker, Luís XVI convoca, em maio de 1789, os Estados Gerais, que não se reuniam desde 1614. O 3o Estado se proclama em Assembléia Nacional Constituinte. Em 14 de julho de 1789, ocorre a tomada da Bastilha, tem início a Revolução.

(1789-1792)
A tomada da Bastilha e as revoltas camponesas ocorridas por quase todo o país – o “Grande Medo” – expressam a radicalização do processo revolucionário. Logo, a burguesia assume a condução do processo e impõe seus interesses, realizando uma série de mudanças: abolição dos direitos feudais (agosto/1789);

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (agosto/1789);
secularização dos bens do clero;
Constituição Civil do Clero, dividindo o clero em Constitucional (aceitam a constituição) e os Refratários (Rejeitam), ruptura entre a Revolução e a Igreja (1790);
sistema eleitoral censitário;
Monarquia Parlamentar ou Constitucional. A Monarquia Parlamentar não chegou a durar um ano.
A organização de uma contra-revolução interna e externa, com o apoio do Rei e da nobreza, e a invasão estrangeira mobilizam a população, forçando a Assembléia a decretar a deposição e prisão do Rei e a convocar uma nova Assembléia, eleita pelo voto universal masculino.

2.4. ERA DAS ANTECIPAÇÕES (1792-1795)
Corresponde a uma etapa caracterizada pela pressão popular e aprofundamento do processo revolucionário, com predomínio, no início, dos girondinos. Representantes da alta burguesia, diante do perigo da invasão estrangeira, representada pela 1a Coligação (Inglaterra, Áustria, Prússia, Rússia e outros), permitiram a chegada ao poder dos jacobinos, representantes da pequena burguesia e dos “sans-culottes”. Liderados por Robespierre, elaboraram uma nova Constituição (a do Ano I), instituindo a primeira república, etapa denominada de o Terror. Os jacobinos empreenderam as seguintes mudanças:
aboliu-se a escravidão na colônias;
suprimiram-se as indenizações a serem pagas pelos camponeses aos senhores;
lei do preço máximo;
intensificaram-se o seqüestro e venda das grandes propriedades;
redistribuição parcial da propriedade, através da Lei Ventosa;
criação de uma religião revolucionária, o culto ao Ser Supremo;
criação do Tribunal Revolucionário;
criação da lei Prairial, intensificação do terror.
A radicalização empreendida pelos jacobinos cria uma divisão entre os ultra-radicais (hebertistas ou raivosos) e ultramoderados (seguidores de Danton); diante desse quadro, Robespierre e os seus seguidores ficam isolados na Convenção, possibilitando o golpe 9 de Termidor ou reação termidoriana, que permitiu a retomada do poder pela alta burguesia, representada pelos girondinos.

2.5. ERA DAS CONSOLIDAÇÕES (1795-1815)
Finalizando o processo revolucionário, podemos dividir essa última etapa em Diretório (1795-1799), que tinha o poder executivo formado por 5 diretores, baseado no voto censitário, anulando as conquistas do período jacobino. Este período foi registrado por forte instabilidade interna marcada pelas agitações de Realistas, Jacobinos e a Conspiração dos iguais, comandada pelo jornalista Graco Babeuf. No plano
externo, a França tem que enfrentar a 2a Coligação, tornando o exército fundamental na manutenção da Revolução, aumentando o seu peso político, que se consubstanciou no golpe de 18 Brumário (novembro de 1799), conduzindo Napoleão ao poder e liquidando com o Diretório.

Napoleão Bonaparte
A primeira parte do período napoleônico vai até 1804, sendo chamada de Consulado, pois, nela, Napoleão ocupava o cargo de Primeiro- Cônsul. A crescente centralização do poder em suas mãos, além da fragilidade dos órgãos legislativos, facilitou a transformação do regime de República em Império, em 1804, através da Constituição do Ano II. Durante seu período no poder, Napoleão instituiu uma série de medidas que consolidaram, nos planos econômico e político, os interesses da burguesia francesa: reorganizou o Estado e a justiça, criou o Código Civil (1804), estabelecendo a igualdade dos indivíduos diante da lei, a liberdade de consciência, protegendo a propriedade privada e proibindo os sindicatos operários, restabelecendo a escravidão nas colônias. A França, no período napoleônico, enfrentou uma
série de guerras externas, motivadas pelo medo das monarquias européias com a difusão da Revolução, e também pelas rivalidades econômicas com a Inglaterra. O Bloqueio Continental, decretado em 1806 e 1807, tinha por objetivo assegurar o mercado europeu contra a concorrência dos produtos industrializados
ingleses. Os problemas políticos decorrentes do Bloqueio, assim como a extensão das intervenções militares francesas a regiões tão distantes como Portugal e Rússia, levaram à derrota dos franceses e deram início ao período de Restauração na Europa.

01(UFF) Quanto à Revolução Francesa, é correto afirmar que:

a) definiu-se como um movimento de intelectuais defensores de um modelo político, baseado na centralização estatal.
b) juntamente com a Revolução Americana, contribuiu para os movimentos de independência da América Latina após 1808.
c) no Brasil, influenciou positivamente as reformas pombalinas na segunda metade do século XVIII.
d) não influiu sobre os termos e o vocabulário da política liberal e radical democrata na maior parte do mundo.
e) esgotada pelas divisões internas após a fase do Terror, não teve qualquer influência nos movimentos político sociais posteriores.

02(UNIFICADO) O golpe do 18 de Brumário de 1799, no contexto da Revolução Francesa, derrubou o Diretório, instituiu o sistema do Consulado e elevou Napoleão Bonaparte à liderança política da França revolucionária. Napoleão manteve-se no poder por um período que se estendeu de 1799 até 1815, período esse denominado de Era Napoleônica, durante o qual ocorreu a:

a) retomada do poder político pelos segmentos da nobreza provincial francesa com a promulgação do Império (1804) como a forma política legítima de governo da França do período napoleônico.
b) formação de diversas coligações que uniriam a França revolucionária e a Inglaterra liberal contra os Estados aristocráticos, em defesa das conquistas liberais promovidas no processo da Revolução Francesa.
c) união de segmentos sociais distintos na defesa do governo aristocrático e absolutista de Napoleão, tais como: o campesinato e a nobreza, com o objetivo de evitar uma invasão estrangeira da França revolucionária.
d) interferência direta das Monarquias Absolutas européias na França, através da ação política da Santa Aliança, ao encerrarem o processo revolucionário com seu apoio a ascensão de Napoleão.
e) consolidação interna do ideário burguês da Revolução e a tentativa de sua imposição a diversos países da Europa com a expansão militar promovida por Napoleão.

03(UFF) A Revolução Francesa extinguiu a sociedade de ordens ou estamentos, típica dos Tempos Modernos e que tinha algumas das seguintes características, EXCETO:

a) divisão da sociedade em três ordens ou estamentos: Alto-Clero, Baixo-Clero e Terceiro Estado, constituído, este último, por todos os não nobres.
b) estabelecimento do contorno das ordens do Antigo Regime por meio de um conjunto de normas e costumes denominados privilégios.
c) favorecimento do clero e da nobreza, no sistema aristocrático e hierarquizado do Antigo Regime, principalmente com isenções fiscais e o monopólio dos altos cargos do governo.
d) a fundamentação essencial do Antigo Regime na noção básica de privilégios – leis privadas – que preconizava não serem os homens iguais perante a lei, mas formalmente diferentes por sua condição de nascimento e hierarquia social.
e) constituição do Terceiro Estado por todos aqueles de condição plebéia – como camponeses e artesãos – tendo, entretanto, na burguesia, a sua mais correta expressão.

04 A Revolução Francesa insere-se em um conjunto de profundas transformações históricas, ocorridas na sociedade européia da segunda metade do século XVIII. As etapas do processo revolucionário, entre 1789 a 1799, expressaram os conflitos sociais e os diferentes projetos políticos dos diversos grupos envolvidos na Revolução. Assinale a opção que relaciona corretamente a atuação de um desses grupos com uma etapa do processo revolucionário.

a) A reação armada do clero monarquista (refratário) contra os revolucionários determinou a instituição da Constituição Civil do Clero, em 1790, que garantiu o pagamento de indenizações e a devolução de suas propriedades confiscadas no início da Revolução.
b) A burguesia liberal definiu seu modelo de Estado com a promulgação da Primeira Constituição da França, em 1791, durante a Assembléia Nacional, que instituiu uma monarquia constitucional baseada no sufrágio censitário e na divisão dos poderes do Estado em executivo, legislativo e judiciário.
c) A manutenção prolongada do Período do Terror, instituído pelos monarquistas, determinou a derrota dos segmentos revolucionários liderados pelos “sans-coulottes” frente ao Golpe do 18 Brumário, em 1799, que elevou Napoleão Bonaparte à direção do Comitê de Salvação Pública.
d) Os jacobinos extremistas, formados pela nobreza parisiense e provincial, retornaram ao poder com a convenção Termidoriana, entre 1794 e 1795, anulando diversas conquistas revolucionárias, tais como a Lei do Preço Máximo e a Declaração do Direitos do Homem e do Cidadão.
e) Os camponeses, representados pelo Partido Girondino, formavam uma poderosa facção, cujo apoio popular permitiu que controlassem politicamente a Revolução durante a fase da Convensão Montanhesa, entre 1793 e 1794, na qual aboliram os privilégios feudais e a escravidão nos territórios coloniais franceses.

01(UFRJ)
“As boas leis civis são o maior bem que os homens podem dar e receber, eles são a fonte dos costumes, a proteção da propriedade e a garantia de toda paz pública e particular: se eles não estabelecem o governo, elas o mantêm, elas moderam a autoridade e contribuem para fazê-la respeitada como se ela fosse a própria justiça. Elas atingem cada indivíduo, elas se associam às principais ações de sua vida, elas o seguem por toda parte: elas são freqüentemente a única moral do povo, e elas sempre fazem parte de sua liberdade”. Discurso preliminar ao Projeto do Código Civil. 1801, citado por Groupe de Recherche pour l’enselgnement de I’Histoire et de lê Géographie. Histoire. Hérltsges suropéens. Paris, Hachette, 1981, p.127.

O período Napoleônico (1799-1815) representou a consolidação dos valores da alta burguesia francesa, sintetizados no Código Civil ou Código Napoleônico (1804). Em nome dos ideais revolucionários, a França desenvolveu uma política expansionista, atingindo Portugal, aliado da Inglaterra (que procurava contar esse expansionismo) em 1807. Em decorrência da política napoleônica, a Monarquia Portuguesa
transfere-se para o Brasil em 1808.

a) Analise duas características do Período Napoleônico.
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b) Explique uma medida de caráter político-administrativo tomada pelo Príncipe-Regente D. João, no Brasil, que tenha objetivamente favorecido os grandes proprietários, coloniais.
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02(UFF) A historiografia sobre a Revolução Francesa consagrou como periodização de seus acontecimentos a identificação de etapas em que se distinguem os diferentes momentos do processo revolucionário. Para o historiador francês A. Soboul, a fase é da “revolução ou do compromisso?, e a de 1792/1795, como a da “república burguesa ou da democracia popular?”

a) Cite duas conquistas sociais de cada um dos períodos mencionados. 1789/1792
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1792/1795
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b) Tomando em consideração as tensões sociais e as diferentes expectativas revolucionárias, explique as indagações de Soboul para qualquer um destes períodos: “revolução ou compromisso? (1789/92); ou república burguesa ou democracia popular? (1792/95). (Indicar na resposta o período escolhido).
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03 (UERJ) Com base nas reflexões abaixo, responda à questão:
Os acontecimentos do final do século XVIII deram corpo e alma a uma série de mudanças que possibilitaram o nascimento, embora em ritmos diversos, segundo as regiões, do mundo contemporâneo.
A gestação da Revolução Industrial inglesa, a independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa constituíram-se nos marcos dessa modernidade. As idéias e práticas abalaram os alicerces do
Antigo Regime, ainda que de formas diversas, tanto na maior parte do continente europeu quanto no universo colonial americano.

Por que a Revolução Francesa é considerada um importante marco da crise do Antigo Regime?
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INTRODUÇÃO


Muitas tentativas de mudança na Igreja, durante o século XV, fracassaram. O impacto da reforma protestante, no entanto, acabou por produzir um amplo movimento de reação e reformulação interna na Igreja Católica, cujos principais instrumentos foram: o Tribunal do Santo Ofício e a Companhia de Jesus.

2.     A REFORMA CATÓLICA

O Santo Ofício, antigo tribunal medieval, foi restabelecido como tribunal religioso, ativamente apoiado pela Coroa. Seus julgamentos eram secretos e abrangiam os casos de heresia e outros crimes graves contra a fé católica. Embora nominalmente um tribunal religioso, sua ação teve uma inequívoca dimensão política, visto que o Estado e a Igreja se sustentavam mutuamente; a luta pela unidade da fé católica era essencial à unidade do Império Espanhol e, portanto, vital para o prestígio dos Habsburgos. O desafio protestante e a premente necessidade de renovar deram origem a novas ordens religiosas, das quais
as mais importantes foram: os Barnabitas, os Capuchinhos, as Ursulinas e os Jesuítas. Mas a ordem mais importante foi, sem dúvida, a dos Jesuítas. A ela deve o Papa sua vitória completa no Concílio de Trento. Fundada pelo ex-soldado espanhol, Inácio de Loiola, em 1534, em Paris, foi aprovada e ratificada pelo Papa Paulo III, em 1540. Juntamente com a Inquisição, passou a representar a base de todo o trabalho de Reforma da Igreja Católica e da recuperação do “terreno” ideológico perdido. Cedo começaram a exercer grande influência em muitas atividades sociais e áreas geográficas. Dirigiram-se como missionários à América Espanhola, Brasil, Canadá, China, Japão e Índia, onde promoviam o ensino, a catequese e a pregação. O Concílio de Trento, que se reuniu de 1545 a 1563, reafirmou os dogmas negados pela Reforma, a saber: necessidade das obras e da fé para a salvação, a antiga doutrina dos sacramentos, a sucessão apostólica do clero, a existência do purgatório, a crença nos santos, o celibato clerical, a supremacia papal sobre o clero e a infalibilidade das decisões papais em matéria de moral e dogma. Dessa maneira, o amplo movimento conciliar dos séculos XIV e XV que pretendia submeter o Papado às assembléias do clero, foi completamente derrotado. O Concílio de Trento legislou também quanto à disciplina: proibiu a venda de indulgências, proibiu o enriquecimento de padres e bispos pela ocupação de dois benefícios ao mesmo tempo; determinou a criação de escolas teológicas em cada diocese para superar a ignorância do clero. E estabeleceu o Index “(Index Librorum Proibitorum)”, relação de livros proibidos à leitura, pelo perigo que representavam de difundir as idéias protestantes. A Contra-Reforma, atitude de defesa, propiciou uma renovação interna na Igreja Católica, uma extensão de sua influência política e a criação de uma atitude combativa dos reis católicos, de modo que os problemas políticos do século XVI e XVII assumirão contornos religiosos (caso das guerras religiosas).

01 O Concílio de Trento, uma das medidas da Reforma Católica, cujo objetivo era enfrentar o avanço das idéias protestantes, apresentou uma série de decisões para assegurar a unidade da fé católica. Entre essas decisões, a de:

a) favorecer a interpretação individual da Bíblia, de acordo com seus princípios fundamentais.
b) adotar uma atitude mais liberal com relação aos livros religiosos, o que fez com que diminuísse a censura medieval.
c) criar uma comissão com o intuito de melhorar o relacionamento com os povos não cristãos.
d) estabelecer uma corporação para o Sacro Colégio, pois, dessa forma, todas as nações cristãs estariam aí representadas.
e) estimular a ação das ordens religiosas em vários setores, principalmente no educacional.

02 Como instrumentos da Contra-Reforma por parte da Igreja Católica, destacam-se, EXCETO:

a) a prática da simonia, ou seja, a venda de cargos eclesiásticos.
b) o Index Proibitorium Librorum.
c) a Companhia de Jesus.
d) os Tribunais do Santo Ofício.
e) o Concílio de Trento.

03 Todas as alternativas contêm objetivos da política da Igreja Católica, esboçada durante o Concílio de Trento, EXCETO:
a) A expansão da fé cristã. d) A perseguição às heresias.
b) A moralização do clero. e) O relaxamento do celibato.
c) A reafirmação dos dogmas.

01 A Companhia de Jesus foi instrumento fundamental para a evangelização das colônias americanas.
a) CITE duas estratégias usadas pela Companhia de Jesus para a difusão da fé católica.
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b) IDENTIFIQUE os objetivos da Companhia de Jesus no
Novo Mundo.
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02 Em um dicionário histórico, encontramos a seguinte definição: “Contra-Reforma - O termo abrange tanto a ofensiva ideológica contra o protestantismo quanto os movimentos de Reforma e reorganização da Igreja Católica, a partir de meados do século XVI.DICIONÁRIO DO RENASCIMENTO ITALIANO, Zahar Editores, 1988. Dê as principais características da Contra-Reforma e analise duas delas.
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