O ILUMINISMO
INTRODUÇÃO
O século XV caracterizou-se por inúmeras transformações em todos os níveis da realidade social, transformações estas que demonstram um rompimento total com o passado, com a tradição, principalmente no campo das idéias. O Iluminismo foi o movimento intelectual do século XVIII, que encontrou sua expressão maior na França, propagou idéias que, rapidamente, influenciaram a burguesia, munindo-a ideologicamente e preparando-a para a tomada do poder nas últimas décadas do século. As origens desse movimento podem ser encontradas nos progressos realizados pela Ciência e Filosofia no século XVII, principalmente as idéias desenvolvidas por Descartes (racionalismo) e John Locke (liberalismo político). Os iluministas utilizam o método de Descartes, onde a razão e o espírito crítico predominam. Intensificam seus ataques em duas direções: a primeira contra a monarquia absoluta, e para isso baseiam-se em John Locke e a segunda contra a religião, o ataque se volta contra a Igreja católica, que já vinha sendo contestada desde a Reforma. Em síntese, os filósofos iluministas preparam o clima para a destruição das bases que sustentavam o “Antigo Regime”.
O ILUMINISMO NA FRANÇA
É na França que o “iluminismo” alcança maior expressão, essencialmente pelos problemas em que vivia
a sociedade francesa da época. Os maiores destaques no campo das idéias foram Voltaire, Rousseau e
os “Enciclopedistas” Diderot e D´Alembert, que contribuíram de forma significativa para a destruição das
bases ideológicas do absolutismo, abrindo a trilha para a revolução burguesa. Além dos pensadores iluministas, tivemos também elementos que contestaram a política econômica do estado absolutista, o
mercantilismo. Foram os fisiocratas que propuseram novas soluções para a economia, como veremos de forma mais detalhada, mais adiante. Um dos maiores pensadores da época, sem dúvida, foi Voltaire, panfletário e romancista de talento, preso e exilado várias vezes por seus ataques à nobreza e à administração real. Na Inglaterra, onde esteve exilado, tomou contato com as idéias de Locke e as instituições políticas inglesas. Longe de ser um teórico, foi ardente propagandista das novas idéias, defendendo o direito do indivíduo à liberdade política e de expressão, criticava violentamente a Igreja, por ser instituição vinculada ao Antigo Regime, embora fosse deísta, preconizando uma religião natural, onde Deus estava presente na natureza. Condenava o Absolutismo, porém defendia a necessidade de uma Monarquia centralizada, assessorada por filósofos: era o Despotismo Esclarecido, política reformista levada por diversos soberanos europeus. Já Montesquieu, pertencente à nobreza togada, revolucionou
a Teoria do Estado. De todas as suas obras, com “As cartas Persas”, “O Espírito das Leis” é a que apresenta maior significação por enfeixar um resumo de suas idéias. Para Montesquieu, não existe absolutamente uma forma de governo ideal que servisse para qualquer povo em qualquer época. No “Espírito das Leis” afirmava que cada país tinha um tipo de instituição política de acordo com seu progresso econômico-social. Os fatores geográficos e climáticos influenciavam decisivamente na forma de governo: para os grandes países, o despotismo, para os médios, a monarquia constitucional, para os pequenos, a república. Sua contribuição mais conhecida foi a “doutrina dos três poderes”, baseada em Locke, em que advogava a divisão da autoridade governamental em três setores fundamentais: o executivo, o legislativo e o judiciário, ressaltando a importância do equilíbrio dos três poderes. Jean-Jacques Rousseau foi o mais radical e popular dos filósofos. Suas principais obras foram o “Discurso sobre a Origem e Fundamentos da Desigualdade entre os Homens” e “O Contrato Social”. Na sua primeira obra, ataca violentamente a propriedade privada, atribuindo a mesma responsabilidade da infelicidade dos homens. Mas é no “Contrato social”, a sua mais importante obra, que Rousseau desenvolve o seu conceito de soberania do povo, onde o que importa é o desejo da maioria, expresso pelo sufrágio universal. O Estado deve realizar a vontade da maioria. Afinal, todos têm direitos iguais.
Marquês de Pombal.
01 (UFF) No século XVIII, com o desenvolvimento dos valores iluministas, vários estados europeus realizaram mudanças nas suas relações políticas e culturais. Essas alterações acabaram por se associarem ao fenômeno do “Despotismo Esclarecido”. Um dos seus exemplos foi o governo do Marquês de Pombal em Portugal. A chamada época pombalina, no Brasil, possuiu algumas características marcantes. Dentre elas, uma está contida como opção de resposta. Assinale-a:
a) A época pombalina representou um retrocesso nas questões relativas ao ensino, com o fechamento do Seminário de Olinda.
b) A política de Pombal privilegiou a opção agrícola para a colônia brasileira e por isso, incentivou o uso da mão-deobra imigrante.
c) As medidas pombalinas, no tocante às suas relações com a Igreja Católica, demonstraram a preocupação em manter o domínio da Igreja sobre o Estado.
d) As Reformas Pombalinas propuseram a descentralização na área administrativa.
e) A atuação de Pombal estimulou o fomento agrícola e a criação de Companhias de Comércio.
02 (UNIFICADO) O movimento conhecido com ilustração ou Iluminismo marcou uma revolução intelectual, ocorrida na sociedade européia ao longo do século XVIII. O Iluminismo, em seu âmbito intelectual expressou a:
a) negação do humanismo renascentista baseado no experimentalismo, na Física e na Matemática.
b) aceitação do dogmatismo católico e da escolástica medieval.
c) consolidação do racionalismo como fundamento no conhecimento humano.
d) defesa dos pressupostos políticos e das práticas econômicas do Estado do Antigo Regime.
e) supremacia da idéia de providência divina para a explicação dos fenômenos naturais.
01
“Nenhum homem recebeu da natureza o direito de comandar os outros. A liberdade é um presente do céu, e cada indíviduo da mesma espécie tem o direito de gozar dela logo que goze da razão...
Toda autoridade vem de uma origem, que não é da natureza. O poder que vem do consentimento dos povos supõe necessariamente condições que tornem o seu uso legítimo, útil à sociedade, vantajoso
para a república, e que a fixam e restringem entre limites” Denis Diderot, (1713-1784) “Autoridade Política”, na Enciclopédia
A “Enciclopédia”, cujo primeiro volume foi publicado na França em 1751, é uma obra fundamental, pois organiza as idéias que orientam a rebeldia intelectual do século XVIII, movimento que chega à plenitude com a Revolução Francesa. a) Explique, a partir do texto, uma razão para as críticas políticas formuladas por Diderot.
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b) Apresente uma concepção de caráter político representativa no pensamento iluminista divulgado pela Enciclopédia.
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c) Cite dois movimentos políticos no Brasil que possam ser identificados com as idéias difundidas pelos enciclopedistas.
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g� ; a i Pk @ e ext-autospace:none'>05 As manifestações culturais expressas no Renascimento, ocorrido na Europa entre os séculos XIV e XVI, apresentam as características abaixo, com EXCEÇÃO de uma. Assinale-a:a) Repúdio aos ideais medievais.
b) Crítica ao pensamento escolástico.
c) Valorização das obras clássicas da cultura greco-romana.
d) Fortalecimento do humanismo e do individualismo.
e) Negação das concepções antropocêntricas e naturalistas.
01 O Renascimento marcou o início da Idade Moderna. Indique e comente duas características fundamentais do Renascimento.
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02 “Renascimento é o nome dado a um movimento cultural italiano e às suas repercussões em outros países. Caracteriza-se pela buscada harmonia e do equilíbrio nas artes e na arquitetura, acrescentando,
aos temas cristãos medievais, outros temas inspirados na mitologia e na vida cotidiana.” DICIONÁRIO DO RENASCIMENTO ITALIANO, Zahar Editores, 1988.
Em que momento da história européia se situa esse movimento e qual a principal fonte de inspiração para os intelectuais e artistas renascentistas?
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03 A revolução cultural renascentista expressa um conjunto de mutações históricas. Esclareça a importância das cidades e dos mecenas para o Renascimento na Itália.
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