segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A COMUNIÇÃO NA VIDA (CONJUGAL).

Para a este artigo refleti quanto as minhas próprias relações com meus pais, marido, filhos, amigos e pacientes, no o esforço necessário ás vezes que disponho a fim de compreender e ser compreendida.A comunicação é mais abrangente e complexa em nossas vidas do que nos damos conta, ao falarmos emitimos também as nossas preocupações, sentimentos, a visão de nós e do outro.Atrás de uma palavra ou expressão enviamos tantas mensagens, o outro que nos ouve poderá compreende-las influenciado por seus pensamentos e sentimentos. Quando conturbada pode levar um casal a situações pouco confortáveis e até mesmo a separação. Quando as pessoas se unem, namoro, casamento e os diversos arranjos conjugais, ambas possuem características próprias de expressar o que sente e pensam, que absorveram ao longo da vida com suas famílias e outros relacionamentos, já estão treinados e habituados. Ao se relacionarem com seus parceiros no intuito do cultivo do amor e a vida a dois, o amor não serve de tradutor e nem de cola se a comunicação está em déficit. Então se inicia o desencontro, quando um fala o outro não ouve, um simples pedido soa como uma ordem, uma reclamação sugere insatisfação e desqualificação. São inúmeras as situações cotidianas onde a comunicação passa a ser utilizada como uma arma na luta de poder entre o casal levando-os a uma escalada de discussões stressantes e intermináveis, tornando-os tão envolvidos em quem está com a razão, impedindo desta maneira o cultivo do diálogo e do entendimento de significados de cada um, Não observando como o outro a recebe, se refugiam em seus mundos, procurando meios como Tv, atividades domésticas, filhos e até mesmos os amigos “como uma forma de nunca estarem a sós”. Deste modo a relação já esta contaminada pelo não dito e pelas frustrações e mágoas que se acumulou em cada parceiro, neste momento qualquer palavra, gesto, olhar, atitude poderá contribuir para um ciclo vicioso, que se alimenta a cada movimento do casal mantendo-se como uma dança que o casal constrói por anos, até ocorrerem fatos na vida que exija do casal um rearranjo, podendo leva-los ao seu reencontro ou desencontro. Se a comunicação conturbada adoce o relacionamento, os diversos rios que alimentam esta relação, como interesse mútuo, admiração, confiança, fidelidade, perspectiva de futuro, construção da felicidade, interesse sexual, e o amor adoece junto.

Não pretendo insinuar que a paixão não resiste ao desgaste do cotidiano, sugerir que, com o passar do tempo, uma história de amor perde o brilho, falar de tédio e afastamento, de desencanto e ilusões perdidas. Não tem de ser assim!

Fomos embalados pelas histórias de príncipes e princesas que marcaram nossa infância, acreditamos que o casamento é uma garantia de eterna completude e que o encontro amoroso trará a segurança de um afeto incondicional e a excitação do mistério, sem perder jamais o brilho do efêmero. Mas a construção do amor se faz a cada dia. Os perigos se renovam, mudam de aspecto.É preciso estar alerta, para não se deixar seduzir pelas armadilhas da comunicação; é necessário ser forte e valente, para não ser tragado pelas areias movediças da mesmice. Sobretudo, é preciso ser sábio para reconhecer esses inimigos – que se escondem atrás de máscaras inocentes, como as contínuas concessões ao tédio, “ os pequenos descuidos para com o outro”. O diálogo é rico na manutenção do vínculo amoroso proporciona o respeito mútuo das características de cada um, o fortalecimento de suas afinidades, ele deve ser um alimento que se come junto para a continuidade e qualidade da relação.


Margarete Ap. Volpi Arantes.
Psicoterapeuta Familiar e Casal
Psicóloga pela Unesp-Bauru.
Pós-Graduada pela Puc-SP.
18 Anos de atuação Profissional.
Consultório: Rua. Bertioga, 46 – Pça. Da Árvore –SP
Fone: 5589-3358/5583-3374
Rua. Silvia,416 (paulista)
Fone: 3262-1447

Depressão: Amante causadora de muitas separações

Dr. Luís Carlos Calil

Depressão é uma doença muito comum em todas as sociedades. Tem aumentado sua freqüência em populações mais jovens. É a segunda causa de morte (por suicídio), superada apenas por acidentes entre os jovens americanos.

Ocorre em todas as idades, sua incidência atinge cerca de 6% da população, e cerca de 20% das pessoas irão apresentar ao menos um episódio depressivo ao longo da vida. Pode se apresentar de várias maneiras, aí é que começa a complicação.

A definição de depressão pela Organização Mundial de Saúde (OMS), através da Classificação Internacional de Doenças (CID - 10), implica que devam estar presentes em graus variados de intensidade, nos episódios típicos, humor deprimido, perda de interesse e prazer nas atividades, energia diminuída levando a uma fadiga aumentada e atividade diminuída.

Podem ocorrer idéias suicidas, e pessoas deprimidas suicidam trinta vezes mais que a população geral.

Hoje sabe-se que a depressão é acompanhada por alterações em substâncias no Sistema Nervoso Central, os neurotransmissores, principalmente a noradrenalina e a serotonina. É também vista como uma condição crônica em muitos casos necessitando tratamento prolongado.

Cerca de dois terços dos deprimidos não procuram ajuda médica, tentam se tratar com receitas caseiras, uso de vitaminas, busca religiosa e outros recursos.

Contudo a depressão não se limita a alterações neurobiológicas. É antes uma experiência de profunda dor, que mobiliza os sentimento mais primitivos tanto no deprimido como nas pessoas com quem convive.

Ocorre que entre os deprimidos observa-se comportamentos que visam reduzir o mal estar, e alguns destes comportamentos é que definimos como "Amante" causadora de separações.

A pessoa deprimida está com os piores sentimentos em relação a si mesma, com idéias de culpa, de inutilidade, redução da auto-confiança e auto-estima. É compreensível que alguém neste estado queira se livrar dele, da maneira que puder. Que sinta inveja de quem não está deprimido, e que fique mais amarga e hostil na convivência.

Muitas vezes o deprimido apresenta redução do desejo sexual, se o parceiro não compreende, pode acusar o outro de estar com amante. Outras vezes o deprimido pode ao contrário apresentar comportamento promíscuo, buscando relações sexuais descabidas na tentativa heróica de aliviar sua angústia. Pode fazer uso de bebidas alcoólicas e drogas com a mesma finalidade. O bem estar é passageiro, o sentimento de culpa e irritabilidade aumentam, o desempenho no trabalho fica mais comprometido. Se neste momento de intensa fragilidade houver perda de emprego, conflitos ou separações conjugais, o risco de suicídio se potencializa.

Não é hora de julgar comportamentos, é momento de compreensão - o deprimido está fazendo o que pode para sobreviver, não que seja o melhor, mas é o melhor que pode fazer.

Esta pessoa que já se sente só, ficará realmente desamparada, e na companhia dos piores sentimentos que pode experimentar.

Quando duas pessoas se unem, fala-se em comunhão de bens; que estarão unidos na saúde e na doença, na alegria e na tristeza. Quanto à comunhão de bens e união na saúde e alegria, não há grandes problemas, contudo quando surgem os males, as doenças, as tristezas, o que era antes meu bem pra cá, meu bem pra lá, muitas vezes culmina em separação e acaba com meus bens pra cá, e seus bens pra lá - suas doenças e seus males também.

Ninguém diria a uma pessoa com a perna fraturada, para ela andar fazer passeios para a perna melhorar. É comum familiares, amigos e às vezes médicos tentarem ajudar como podem. Dizem a pessoas deprimidas para esquecer os problemas, ou que não tem problemas para se deprimir, que existem pessoas em pior situação e não se entregam, ou sugerem férias e passeios. A tolice é tão grande como quando o deprimido usa drogas ou sexo para melhorar seu mal.

Partilhar e entender esta experiência de dor não é tarefa fácil e não depende só de boa vontade. Depende de condição interna para acolher até onde possível essa angústia, e encaminhar o companheiro que padece desse mal a quem de competência para tratamento adequado.

A metade dos deprimidos que procuram ajuda médica procuram clínicos, em função de seu mal estar físico e certo preconceito quanto a procurar psiquiatras. Após vários exames clínicos normais, e infelizmente algumas prescrições de "calmantes", que mais agravam a depressão, cerca de 5 % dos deprimidos chegam ao psiquiatra. Se o tratamento for bem conduzido com uso de medicamentos, e algumas vezes auxílio de psicoterapia, 80% dos casos respondem ao tratamento. Ainda existem casos refratários a todos os tratamentos existentes.

Dedico este texto a todas as pessoas que experimentam ou experimentaram a dor da depressão, tão difícil de ser expressa. Dedico também a seus familiares e companheiros, na esperança de que possam compreender melhor e respeitar essa dor, talvez a mais humana das dores.

Dr. Luís Carlos Calil
Professor da Disciplina de Psiquiatria Clínica da FMTM - Especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria

Alcoolismo: Vício, Delírio e Morte

Um motorista embriagado, mesmo que se sinta lúcido, terá seus reflexos psicomotores desorganizados, por isso é um suicida e um criminoso em potencial, ainda que involuntário. O modo como o álcool afeta o comportamento humano varia de indivíduo para indivíduo. Mas pode-se saber as diferentes taxas de concentração de álcool no sangue e os efeitos que ela causa.

* No Brasil as leis de trânsito (resolução 476 de 1974) consideram dirigir em estado de embriaguez, quando o nível de álcool no sangue (alcoolemia) for igual ou superior a 0,8g/l ou o nívelde ar exalado (no bafômetro) for 0,00038g/l.

*A porcentagem de álcool encontrada nas bebidas mais comuns são:

cerveja (baixo teor) 0,2 a 2
cerveja (médio teor) 2 a 4,2
cerveja (alto teor) 4,2 a 7
vinho de mesa 10 a 13
champanhe 10 a 13
licores 18 a 24
compostos 12 a 20
whisky 36 a 24
conhaque 36 a 24
bagaceira 38 a 24
brandy 32 a 40
rum 40 a 41
vodka 40 a 41
gin 40 a 47
tequila 40 a 46
pina colada 24 a 22
pinga 40 a 24 ou mais


Uma dose aproximadamente de 1 ml/kg de etanol absoluto (92 a 99% etanol) geralmente resulta em níveis no sangue de 100 a 120mg/dl. Uma concentração no sangue entre 120 a 300mg/dl já determina sinais e sintomas.

* Veja na tabela abaixo a comparação de sintomas apresentados por bebedores esporádicos e etilistas crônicos de acordo com a variação das concentrações sangüíneas de etanol:

Concentraçãode etanol (mg/dl) Bebedores esporádicos Bebedores crônicos
60 euforia sem efeitos observados
72 gregário e falante normalmente sem efeito
100 sem coordenação; legalmente intoxicado sinais mínimos
122 - 120 descontrole episódico, comportamento liberado euforia agradável ou início de incoordenação
200 - 220 perda do estado de alerta, letargia necessidade de esforço para manter controle emocional e motor
300 - 320 topor ou coma sonolência e letargia
mais de 200 alguns morrerão coma


* A tabela abaixo relaciona os níveis de etanol sangüíneo e sinais e sintomas de intoxicação:

Nível de etanol sangüíneo Nível de intoxicação
20mg/dl leve: diminuição da inibição, leve incoordenação
100mg/dl leve-moderação: diminuição das reações, alteração das habilidades sensoriais, inabilitado para dirigir
120mg/dl intoxicação legal: alteração da personalidade, mudança de comportamento
200mg/dl intoxicação moderada: náusea, vômito, confusão mental, andar cambaleante
300mg/dl intoxicação moderada - severa: fala arrastada, diminuição sensorial, distúrbios visuais
400mg/dl severa: hipotermia, hipoglicemia, perda do controle muscular, perda da memória, convulsões
700mg/dl potencialmente letal: inconsciência, diminuição dos reflexos, falência respiratória, morte


Portanto, não há nenhuma vantagem em beber e dirigir: isso não prova a habilidade de ninguém, pode apenas comprovar a ignorância sobre os efeitos do álcool no organismo. Como os centros cerebrais do julgamento lógico são os primeiros a serem afetados pelas bebidas, uma pessoa que bebe quase sempre pensa estar agindo mais sobriamente do que na realidade está.

A Famosa Ressaca

A palavra ressaca é usada para descrever diferentes efeitos posteriores da ingestão de bebidas alcoólicas. O mais comum deles é a dor de cabeça. A maioria das dores de cabeça de ressaca é talvez causada pelo abuso de fumo que geralmente acompanha as noitadas alegres e pelo fato de que os locais em que se bebe são freqüentemente pouco ventilados e cheios de fumaça.

O segundo componente de uma ressaca é o enjôo, o estômago embrulhado. Sua causa é a irritação do revestimento do estômago provocada pelo álcool. Esse efeito pode reduzido se a pessoa come durante ou antes de começar a beber. Os alimentos apenas diluem as bebidas, tornando-as menos irritantes para o estômago, como também atrasam a absorção do álcool na corrente sangüínea.

Mas, quase sempre, uma ressaca é uma combinação de dor de cabeça, náuseas, tontura, letargia (sono profundo) e sensação de estar boiando a uns 12 centímetros do solo. A maioria desses sintomas resulta da desidratação.

O corpo torna-se desidratado depois de uma bebedeira porque o álcool é diurético: estimula os rins a filtrarem a água do sangue. Assim, uma pessoa que bebe elimina mais água na urina do que a quantidade que ingere. Se uma pessoa toma 3 litros de cerveja durante uma noite, ela urina mais de 3 litros de água. Na manhã seguinte seu corpo estará desidratado e o engrossamento do fluido sangüíneo terá ampliado a concentração de vários sais minerais.

Para preveni-los o melhor meio é tomar um litro de água antes de ir para a cama, tomar um remédio para dor de cabeça - de preferência numa forma solúvel para não irritar o estômago. Também ajuda a ingestão de vitamina C, de sucos de tomate ou limonadas, de ostras com limão, etc..

As Conseqüências Drásticas do Alcoolismo

Os principais sintomas do alcoolismo são a deterioração psicológica e física do viciado. À medida que a deterioração psicológica avança, o indivíduo vai perdendo sua capacidade mental, torna-se descuidado e impontual e não pode concentrar-se suficientemente para terminar um trabalho que não gosta de fazer.

A deterioração física freqüentemente começa por tornar gordo e flácido o alcoólatra, mas, nos últimos estágios da doença, ele pode perder peso rapidamente, devido à subnutrição e são efeitos do álcool no fígado. Quanto mais álcool é ingerido, mais irritado se torna o revestimento do estômago e dos intestinos, as células do fígado morrem e são substituídas por um tecido fibroso (cirrose hepática), e a nutrição inadequada pode afetar os músculos cardíacos e os nervos dos braços e pernas. Além disso, como sua resistência orgânica é enfraquecida pelo álcool, os alcoólatras tendem à pneumonia e à tuberculose e a qualquer outro tipo de infecção.

Talvez o mais conhecido dos sintomas do alcoolismo seja o delirium tremens - uma série de alterações agudas e subagudas que ocorrem nos alcoólatras crônicos. Começa com agitação e insônia e se desenvolve em delírio depois de um ou dois dias. Seus sinais mais terríveis são as alucinações que freqüentemente tomam a forma de animais, dos quais a vítima tenta fugir.

O único tratamento realmente efetivo para o alcoolismo é fazer com que o viciado deixe de beber. Os métodos clínicos incluem drogas que, quando ingeridas, provocam no viciado aversão ao álcool. Mas o sucesso dos tratamentos depende muito da decisão do alcoólatra em deixar o vício. Unicamente uma questão de força de vontade que médicos clínicos e psiquiatras podem ajudar.

Lúcia Helena Salvetti De Cicco
Editora Chefe

* Informações fornecidas pelo Centro de Controle de Intoxicações da
Unicamp

A arte de Envelhecer

A arte de Envelhecer

Viva, viva, viva o momento presente.
Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje.
Observe-se o bastante para não se enganar sobre si mesmo.
Corrija as sua falhas com diligência e coragem.
Ria de si mesmo.
Seja equânime e justo.
Seja Verdadeiro e cuidadoso com as pessoas.
Dê sem pensar em retorno, nunca.
Prepare-se para ser o professor em vez do aluno.
Tenha compaixão pelo sofrimento alheio.
Sempre tente ajudar.
Sua linguagem agora é a paciência.
Mesmo que não queira, ela nasce numa determinada idade...
Limpe o Seu carma e o de sua família praticando boas ações
e dedicando o mérito para o benefício de todos os seres;
Assim você estará preparando o seu futuro,
sua velhice, sua madurez.
Prepare-se para morrer um dia,
pergunte-se o que vai responder quando for indagado:
"-O que você tem para nos mostrar da sua vida?"
Porque você será indagado, seja ateu ou devoto.
Você dará vários nomes a isso. Essa energia:
Buda, Cristo, Deus, Energia, Vida, Mente, Psique, Eu mesmo.
Mas ela estará lá, dentro/fora de você,
como sempre esteve e estará.
Observe a natureza, o tao.
Tudo nasce, tudo morre, tudo tem um ciclo.
Viva os seus ciclos com paixão, sem medo.

É a sua vida!!!

Saiba mais sobre a Diabetes

Saiba mais sobre a Diabetes

Dra. Jane Feldman


Saber como descobrir qual é o problema quando uma pessoa portadora de diabetes sente-se mal e como saná-lo, talvez seja o sonho de muitos diabéticos. No entanto, a complexidade dessa máquina fantástica que é o nosso corpo e o pequeno conhecimento técnico sobre seu funcionamento, que a maioria das pessoas tem, dificulta bastante a sua realização. O que pensar então quando se trata da manipulação de alimentos, exercícios físicos e medicamentos.

Na era da globalização, o diabético necessita receber informações científicas seguras, objetivas e atualizadas sobre sua doença, para que possa fazer frente às dificuldades inerentes ao diabetes.

De acordo com dados do próprio Ministério da Saúde, aproximadamente 7,6% da população brasileira entre 35 e 69 anos de idade devem ser portadores de diabetes. Isso eqüivale a cerca de 11 milhões de pessoas, sendo que a boa parte dessas pessoas ignora sua condição e portanto não recebe qualquer tipo de cuidado.

Embora se associe o diabetes ao idoso e ao obeso, ele é a principal causa de doenças crônicas na infância. O diabetes é uma síndrome caracterizada pela presença de níveis elevados de glicose no sangue. A maior parte dos alimentos ingeridos sofre a ação de diversos sucos digestivos, que os quebram em moléculas mais simples, geralmente açúcares. A glicose é um açúcar proveniente da dieta. Uma vez ingerido, é absorvido pelo intestino, passando à circulação sangüínea, onde fica disponível para as células. Toda vez que um indivíduo ingere hidratos de carbono, dos quais a glicose é um dos mais importantes, a glicemia (glicose sanguínea) sobe . As células b das ilhotas de Langerhans, localizadas no pâncreas, que é uma grande glândula localizada atrás do estômago, ao detectarem pequenos aumentos de glicemia, secretam insulina, que faz com que essa glicose seja utilizada pelas células. A glicose é o principal combustível utilizado pelas células para produzir energia e crescimento. Quando a quantidade de insulina não é adequada, a maior parte das células não consegue utilizar a glicose, que permanece no sangue, atingindo níveis excessivamente altos e extremamente prejudiciais à saúde.

Essa glicose que não foi utilizada e ficou no sangue, é eliminada em parte pela urina, carregando consigo grande quantidade de água. Isso faz com que a pessoa urine muito (poliúria), perdendo água. Essa perda de água provoca a sensação de boca seca e muita sede (polidípsia). Se o indivíduo não conseguir compensar a perda de água ingerindo mais água, pode ficar desidratado. A insulina permite que o corpo armazene glicose sob a forma de gorduras e proteínas, principalmente proteínas musculares. Importantes enzimas participam deste processo e são dependentes da insulina. Na deficiência severa de ação de insulina, ocorre a quebra de gordura e proteínas armazenadas, levando à sensação de fraqueza e muita fome (polifagia), além de perda de peso. A quebra de gorduras pode levar a uma produção excessiva de ácidos e cetonas que, em quantidades excessivas, levam a uma situação clínica bastante grave, chamada de ceto-acidose diabética, que requer imediata atenção médica. Esse quadro manifesta-se através de uma mudança no padrão respiratório: a respiração torna-se rápida e profunda e o hálito tem um cheiro de acetona. Essas são, portanto, as principais manifestações clínicas do diabetes.

Valores normais de glicemia (níveis de glicose no sangue) são aqueles que oscilam entre 80 e 110 mg/dl. Quando os níveis de glicemia ultrapassam os 180 mg/dl, aparece glicose na urina (glicosúria).

Existem indivíduos, principalmente obesos, que têm quantidades normais de insulina, às vezes até maiores do que a de indivíduos não diabéticos, só que essa insulina não funciona adequadamente. Essa situação é conhecida como resistência periférica à ação da insulina.

A prevalência de diabetes vem aumentando progressivamente na população em geral, mais significativamente nas faixas etárias acima dos 60 anos. Dentre as possíveis causas desse aumento são citadas o aumento da urbanização e industrialização, sedentarismo, incidência de obesidade, expectativa de vida e maior sobrevida da própria população de diabéticos.

A etiologia do diabetes é complexa, entrando em jogo fatores genéticos e ambientais, como viroses e os citados acima.

De uma maneira simplista, podemos dividir o diabetes em tipo I ou insulino-dependente e tipo II ou insulino-independente. O diabetes tipo I ocorre geralmente em indivíduos jovens e magros e tem um início tempestuoso. Antigamente era conhecida como diabetes juvenil. Nessa forma, ocorre uma destruição das células b do pâncreas, destruição essa ainda não muito bem compreendida e que acarreta a insuficiência total da secreção de insulina. Em sua etiopatogenia participam, com certeza, fatores genéticos, imunológicos (auto anticorpos anti-insulina, anti-ilhotas e anti GAD) e ambientais. Modernas técnicas genéticas vêm sendo desenvolvidas com o intuito de identificar parentes de diabéticos tipo I predispostos à doença e com isso tentar minimizar seu risco.

Já o diabetes tipo II, muito mais freqüente, tem um início insidioso, ocorrendo em pessoas mais idosas e em geral obesas. Muitas vezes o indivíduo é portador de diabetes durante anos sem percebê-lo. Esses indivíduos produzem insulina, podendo ter uma diminuída reserva da mesma ou, como ocorre em obesos, existe uma resistência à ação periférica da insulina.

Além dessas duas formas mais comuns de diabetes, existe ainda o diabetes gestacional e o diabetes associado a outras patologias, como algumas síndromes ou o uso de altas doses de glicocorticóides.

O diabetes gestacional surge durante a gestação e freqüentemente desaparece ao término da mesma. As mulheres que tiveram diabetes gestacional tem grande risco de desenvolver diabetes no futuro. Muitas dessas pacientes conseguem manter-se compensadas apenas com dieta e exercícios. No entanto, algumas podem requerer o uso de insulina. O uso de hipoglicemiantes orais é contra-indicado durante a gestação, devido aos riscos para o feto.

Mais raramente, o diabetes pode ser manifestação de outras patologias, como por exemplo a doença de Cushing e a acromegalia.

Dra. Jane feldman
Endocrinologista - São Paulo/SP

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

CICLO DE PALESTRAS.

MARIGHELLA VIVE
UMA HOMENAGEM A ESTE GRANDE BRASILEIRO.
DEBATES E LANÇAMENTO DE LIVROS.

DIAS 11, 12 E 13 DE NOVEMBRO.

LOCAL: ASSOCIAÇÃO SHOLEM ALEICHEM (ASA) RUA São Clemente, 155 – BOTAFOGO -(próximo à estação do metrô BOTAFOGO) - RIO DE JANEIRO.
HORÁRIO: DAS 19h00min até 21h00min h.

INSCRIÇÕES GRATUITAS PELO EMAIL: cemobafluminense@terra.com.br

Ou na ASA, duas horas antes da abertura (dia 11/11 das 17h00min até 18h45minh). VAGAS LIMITADAS.

PROGRAMAÇÃO
11/11/09 - Quarta-feira – ESTADO, AUTORITARISMO E VIOLÊNCIA
JOÃO BATISTA DAMASCENO (MEMBRO DA ASSOCIAÇÃO JUIZES PARA A DEMOCRACIA).

12/11/09 – Quinta-feira – O ATO INSTITUCIONAL Nº 5 e a REPRESSÃO - Professor RUBIN S. LEÃO DE AQUINO (AUTOR DE LIVROS DE HISTÓRIA).

13/11/09 – Sexta-feira – “CARLOS, A FACE OCULTA DE MARIGHELLA” - EDSON TEIXEIRA – PROFESSOR E ESCRITOR e “MARIGHELLA E A ALN”
CARLOS EUGÊNIO PAZ – ESCRITOR, MILITANTE E DIRIGENTE DA ALN.



VENHA E PARTICIPE!

Para se inscrever envie: Nome, endereço, profissão, endereço de e-mail. E aguarde a confirmação da sua inscrição.

Visite nosso site: www.cemobafluminense.com.br

Apoio: Associação Sholem Aleichem.

CURSO GRÁTIS E DE QUALIDADE