domingo, 31 de julho de 2011

Nestor Vidal é eleito prefeito de Magé

Rio - O candidato Nestor Vidal (PMDB) foi eleito prefeito de Magé, na Baixada Fluminense, após as eleições realizadas neste domingo (31). Ele disputou o cargo com outros cinco concorrentes. O resultado foi anunciado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), após a apuração de 95,42% das urnas. De acordo com o TRE, Nestor Vidal obteve 68,62% dos votos válidos e seu principal adversário, Werner Saraiva, 23,82% dos votos.

Foto: Carlo Wrede/ Agência O Dia
Depois da cassação dos candidatos eleitos em 2008, a prefeita Núbia Cozzolino (PMDB) e o vice Rozan Gomes da Silva (PSL), o município realizou uma nova votação por causa da . Eles perderam o mandato por abuso de poder político, econômico e utilização indevida de meios de comunicação.

A votação para a escolha do novo prefeito de Magé foi encerrada às 17 horas. Houve denúncias de suspeita de boca de urna. O prefeito Anderson Cozzolino, que é irmão da prefeita cassada, foi flagrado duas vezes  no Colégio estadual José Veríssimo. a maior zona eleitoral da cidade.

O desembargador Zveiter determinou a saída de Cozzolino após ser informado que aquela seria a quarta vez que o político havia retornado ao local de votação. "Tudo está ocorrendo dentro do previsto e os eventos isolados estão sendo imediatamente checados e reprimidos", avaliou o presidente do TRE-RJ.

Detenções
Pela manhã, três pessoas foram detidas. O chefe da Guarda Municipal de Magé, Renato Abreu, conhecido como Renatinho PM, foi preso por boca de urna e levado para o 34º BPM. Também por boca de urna, um eleitor que estava no bairro de Surui foi detido e levado para o Forum de Vila Inhomirim. Já em Santo Aleixo, houve a apreensão de um carro de som em funcionamento. Por determinação do juiz Orlando Feitosa, o motorista também foi encaminhado ao Forum, onde foi ouvido. Nestes dois últimos casos, os envolvidos já assinaram termo de compromisso e foram liberados.

Parentes pedem condenação de coronel por morte na ditadura

Rio - Colegas e parentes de Luiz Eduardo Merlino lembraram neste sábado, em São Paulo, os 40 anos de seu assassinato. Durante um debate, que discutiu o legado de Merlino para a política brasileira, os que homenagearam o militante de esquerda também pediram a condenação do acusado por sua morte, o coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra.

Merlino foi jornalista e membro do Partido Operário Comunista (POC) e da Quarta Internacional. Ele foi preso em 15 de julho de 1971 e levado para a sede do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), no centro de São Paulo. Naquela época, o DOI-Codi era comandado por Ustra.

Preso no DOI-Codi, Merlino foi torturado e morreu. A família dele recebeu a notícia da morte no dia 19 de julho. Mais de 40 anos depois, eles reivindicam em um processo judicial que o coronel Ustra seja declarado assassino de Merlino.

"A Lei de Anistia não permite que ele seja acusado criminalmente. Então, nós queremos que Ustra seja, pelo menos, oficialmente reconhecido como um assassino", afirmou Angela Mendes de Almeida, historiadora e ex-companheira de Merlino.

Na última quarta-feira, seis testemunhas de acusação contra Ustra foram ouvidas pela juíza Claudia Lima, da 20ª Vara Cível de São Paulo. Todas ratificaram que Ustra agiu para que Merlino morresse.

Eles disseram que a tortura pela qual o militante foi submetido causou ferimentos graves e gangrena nas pernas. Disseram que, mesmo após a tortura, ele ainda poderia ter sobrevivido caso tivesse as pernas amputadas. Entretanto, segundo eles, Ustra determinou que nada fosse feito já visando à morte de Merlino.

Testemunhas de defesa de Ustra ainda serão ouvidas pela Justiça. Só depois disso, a decisão sobre a responsabilidade do coronel pela morte será anunciada.

Para o militante da Quarta Internacional João Machado, contudo, o evento de hoje pressiona a Justiça para que a sentença saia o quanto antes. "É um sinal de pressão", afirmou Machado. "Agora, vamos ver o que a Justiça dirá. Nem sempre a Justiça é justa."

Na quarta-feira, após os depoimentos de acusação, o advogado de Ustra, Paulo Alves Esteves, reiterou que seu cliente afirma jamais ter participado de qualquer ato de agressão ou de violência contra qualquer pessoa. Segundo o advogado, Ustra disse que "nunca determinou nada contra ninguém".

Lula: Dilma só não será candidata em 2014 se não quiser

No Rio, ex-presidente ‘lança’ sucessora para as eleições de 2014. Em Brasília, rouba a cena da visita de Cristina Kirchner

Rio e Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou mais um dia fazendo as vezes de chefe de Estado ontem. No Rio, fez palestra para militares na Escola Superior de Guerra (ESG), onde falou dos avanços do País durante seus dois mandatos e deu sua opinião sobre o futuro do País, traçando metas que o governo atual deveria cumprir. Mais tarde, foi a Brasília, onde participou da inauguração da nova sede da embaixada da Argentina ao lado de sua sucessora, Dilma Rousseff, e da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner e quebrou o protocolo fazendo discurso.
No Rio, ao responder a pergunta de sempre — se seria candidato a presidente em 2014 — ‘lançou’ Dilma: “O Brasil tem uma candidata em 2014 chamada Dilma. Ela é presidente do País, vai fazer um governo extraordinário. E só há uma hipótese de ela não ser candidata. É ela não querer.”
Em Brasília, onde Dilma e Cristina discutiram economia mundial, Lula disse, em discurso improvisado, que as duas iriam “mudar um pouco a política mundial”.
Ontem, mais um funcionário dos Transportes pediu exoneração, o que eleva para 21 o número de pessoas que deixaram os cargos em meio a denúncias de corrupção. O ministro Paulo Sérgio Passos admitiu que as mudanças feitas na pasta afetarão o andamento de obras da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Concurso premia curtas produzidos por alunos da área de comunicação

Rio - O velho ditado "uma câmera na mão e uma ideia na cabeça" nunca esteve tão na moda. Alunos e ex-alunos dos cursos de graduação e pós-graduação de Cinema, Comunicação, Design, Mídias Digitais, Artes Visuais, Novas Mídias, Belas Artes e Produção Cultural e ainda estudantes de cursos técnicos e livres de Cinema, do Rio já podem se inscrever para a 4ª edição do Curta Criativo, concurso de curtas-metragens promovido pelo Sistema Firjan, através do Sesi Cultura.

Os interessados têm até o dia 20 de setembro para realizar a inscrição através da internet, pelo endereço www.firjan.org.br/sesicultural, e enviar seu curta pelo correio para a Rua Professor Ortiz Monteiro, 276 – bloco C – Cobertura 14, Laranjeiras - Rio de Janeiro – RJ - CEP 22245-100.

O objetivo do concurso é identificar novos talentos da indústria cinematográfica, fomentando a produção audiovisual do Rio. Os prêmios, que incluem pagamento em dinheiro ao primeiro e segundo colocados (R$ 10 mil e R$ 8 mil, respectivamente) em cada categoria – Animação, Ficção, Documentário, permitem que os novos profissionais continuem o processo de desenvolvimento.

Na premiação estão incluídos estágios em produtoras, exibição do curta em festivais e bônus para aluguel de equipamentos. Os candidatos devem produzir um curta-metragem de até cinco minutos, com tema livre. Nesta edição, Lucy Barreto, uma das mais importantes produtoras brasileiras, presidirá o júri. Mais informações sobre o concurso podem ser obtidas pelo 0800-0231231 ou pelo site do Sistema FIRJAN (www.firjan.org.br/sesicultural), Facebook (www.facebook.com/sesiculturalrio) e Twitter (@sesiculturalrio).

Evento tira dúvidas sobre intercâmbio estudantil

studantil

Rio - Alunos que se interessam por intercâmbio estudantil poderão tirar suas dúvidas neste fim de semana, no Rio. Agências como Australia Brasil, Canada Travel e Nova Zelandia Brasil promoverão uma série de palestras no próximo dia 30, na Barra da Tijuca.

O evento tem como objetivo discutir as melhores opções de cursos, financiamentos e trabalho no exterior, entre outras dúvidas de interessados em programas de intercâmbio.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelos sites www.australiabrasil.com.br, www.novazelandiabrasil.com.br, www.canadatravel.com.br  ou pelo telefone (21) 2512.7022. As vagas são limitadas. 

Confira a programação:
10h – Austrália
14h – Canadá
15h – Nova Zelândia   

USP sobe 8 posições em ranking de universidades e lidera entre latinas

Rio - A Universidade de São Paulo (USP) é a 43ª universidade melhor colocada de acordo com o ranking divulgado pela Webometrics Ranking Web of World Universities, que avalia a visibilidade na internet das instituições de ensino superior. Na última publicação, em janeiro deste ano, a instituição aparecia na 51ª colocação. A USP é a instituição brasileira mais bem colocada no ranking geral e lidera entre as melhores na América Latina. Veja aqui o ranking mundial.
O top 10 é formado por instituições americanas. As três primeiras colocadas são a Massachusetts Institute of Technology, Harvard University e Stanford University, que permanecem na mesma colocação da última divulgação. A primeira universidade europeia no levantamento é Cambridge, localizada na Inglaterra.
O ranking América Latina é liderado pelas universidades brasileiras. Entre as dez primeiras colocadas, sete são instituições do Brasil. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na 150ª posição, Universidade Estadual de Campinas, na 158ª colocação, seguidas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e Universidade Federal de Minas Gerais. Veja aqui o ranking América Latina.
Desde 2004, o ranking é divulgado duas vezes por ano - em janeiro e julho - e cobre mais de 20 mil instituições de ensino superior de todo o mundo. O relatório leva em conta o desempenho global e a visibilidade das instituições na web, incluindo indicadores de pesquisa e qualidade de estudantes e professores, levando em conta seu compromisso com o ensino, os resultados das pesquisas e suas relações com outros setores da sociedade
O Webometrics Ranking Web of World Universities é promovido pelo Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC, na sigla em espanhol) da Espanha. Estatísticas relacionadas ao número de visitantes em páginas da internet pertencentes a universidades são consideradas. Outro aspecto é o número de publicações em citações bibliográficas dentro do banco de dados Google Scholar, que tem boa cobertura dos repositórios institucionais das universidades em todo o mundo.
A ideia do ranking é motivar as instituições e pesquisadores a estarem presentes na web, divulgando com precisão suas atividades. Além disso, de acordo com a organização do ranking, se o desempenho da universidade na web estiver abaixo da posição esperada em função da excelência acadêmica, deveria haver um esforço maior por parte da universidade na divulgação das publicações no âmbito online.
Outras informações podem ser obtidas no site www.webometrics.info.

Brasileiro ganha ouro inédito em campeonato mundial de Física

Rio - Um estudante brasileiro conquistou, pela primeira vez, medalha de ouro em um Olimpíada Internacional de Física. A conquista também é a primeira de um país ibero-americano na competição, que desta vez ocorreu em Bangcoc, na Tailândia.

Gustavo Haddad Braga, aluno de um colégio em São Paulo, foi responsável pelo feito inédito. Ivan Tadeu (também do Colégio Objetivo de São Paulo), Lucas Hernandes (Colégio Etapa de São Paulo) e os cearenses José Guilherme Alves (Colégio Ari de Sá) e Ricardo Duarte Lima (Colégio Farias Brito) ficaram com o bronze.

A Olimpíada Internacional de Física é uma competição anual voltada a estudantes de todo o mundo que estejam cursando o equivalente ao ensino médio brasileiro. Os brasileiros concorreram com 394 alunos de 84 nacionalidades.

"Apenas 8% dos alunos do torneio recebem a medalha de ouro. Isso significa que o Gustavo faz parte de um grupo seleto, onde estão os melhores alunos do mundo na área da física, para o mesmo nível que o dele", disse Euclydes Marega Júnior, professor do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador-geral da Olimpíada Brasileira de Física (OBF), à Agência FAPESP.

EMPREGO DECENTE - Bancários aprovam 5% de aumento real mais a recomposição da inflação

A 13ª Conferência Nacional dos Bancários terminou na tarde deste domingo, dia 31, em São Paulo, e aprovou a minuta de reivindicações da categoria para a campanha salarial 2011. Os bancários aprovaram aumento real de 5% mais a recomposição da inflação do ano, que totalizará um índice de, aproximadamente, 12,8%. O índice total dependerá da variação inflacionária, calculada a partir do INPC até a data-base da categoria (1º de setembro). Este índice vale para todas as verbas salariais. A categoria defende também um tíquete-refeição e um auxílio-alimentação no valor de um Salário-mínimo (R$545).
 PLR

A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) defendida é de três salários mais uma verba fixa de R$4.500. A categoria defende também o piso salarial a partir do salário-mínimo calculado pelo Dieese, que hoje é de cerca de R$ 2.297.
“O aumento real é uma conquista histórica da qual não abrimos mão. Já a recomposição da inflação é uma obrigação dos patrões. Ambos são fundamentais para recuperação do poder de compra da categoria. Vamos construir uma ampla mobilização nacional para conquistarmos um acordo coletivo justo”, disse o presidente do Sindicato Almir Aguiar.
A partir desta semana, será publicado no site do Sindicato (www.bancariosrio.org.br) a íntegra da minuta.

Proposta de mídia

Durante a Plenária final, o secretário de Imprensa da Contraf-CUT Ademir Wiederkehr, apresentou a proposta de mídia da campanha salarial, que também é resultado de um amplo e democrático debate nacional. “Realizamos cinco reuniões com sindicalistas e profissionais de imprensa de todo o país e o que foi discutido nestes encontros foram levados para os sindicatos para definirmos esta campanha de mídia, pautada pelo mote da CUT para este ano, que a defesa do trabalho decente”, disse.

Contra a precarização do trabalho

Em relação ao emprego, a categoria vai intensificar a luta pela ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que inibe a demissão imotivada. O item considerado mais importante em relação ao emprego é o combate às terceirizações, especialmente na forma dos correspondentes bancários, criados pelos bancos para reduzir custos e aumentar os lucros e considerada uma ameaça real a própria existência da categoria . Os bancários definiram que será criada uma estratégia para dialogar com a sociedade a necessidade de universalização dos serviços bancários. “Não basta afirmar que somos contra o correspondente bancário. É preciso criar um amplo debate com a população para comprovar que o correspondente, além de precarizar o trabalho, não oferece segurança para ninguém e nem qualidade de atendimento. Temo s que mostrar as pessoas que todo cidadão tem o direito a um atendimento digno numa agência bancária”, avalia Almir.

Sistema financeiro

A Conferência aprovou a realização de uma Conferência Nacional sobre o Sistema Financeiro, nos moldes do que foi feito em relação à comunicação social. Para os sindicalistas, esta é a melhor forma de envolver a sociedade neste debate. Os bancários querem a democratização do Conselho Monetário Nacional (CMN), com a presença de representantes da sociedade, inclusive do movimento sindical.
O diretor da Contraf-CUT Miguel Pereira lembra que os bancos estaduais cumpriam o papel de garantir unidades bancárias no interior do país. “Os banqueiros alegam que criar agências em determinadas regiões mais distantes dá prejuízo, mas as instituições financeiras são concessões públicas. Os bancos precisam cumprir com sua responsabilidade social e garantir o atendimento bancário em todas as regiões do país”, disse.

Saúde e condições de trabalho

A Conferência aprovou também a luta pelo fim das metas abusivas e contra o assédio moral, para resguardar a saúde dos bancários e garantir melhores condições de trabalho. Foi mantido o aditivo à Convenção Coletiva que criou, em 2010, o programa de combate ao assédio moral, em acordo com a Fenaban, como parte da estratégia para por fim a pressão e a violência psicológica no trabalho.
Os quase 700 participantes da 13ª Conferência Nacional fizeram um minuto de silêncio pela morte de um bancário do Itaú Unibanco que morreu trabalhando no caixa. “A pressão e a violência psicológica sobre os bancários, em especial no Itaú, chegaram a tal nível que os funcionários estão não só adoecendo, mas também perdendo a vida”, disse a diretora do Sindicato Vera Luiza.
Foram aprovadas ainda três moções. Uma delas trata da luta pela garantia no emprego e pelo adicional noturno para todos os funcionários do setor de compensação dos bancos e duas referem-se ao repúdio dos bancários à retaliação dos bancos em relação aos trabalhadores sindicalistas, inclusive com demissões.

Igualdade de oportunidades

Os sindicalistas discutiram ainda a igualdade de oportunidades. O tema esteve presente em todos os grupos de trabalho da Conferência Nacional. Foram tratadas questões como acessibilidade, promoção da igualdade de oportunidades para todos, contratação, inclusão e capacitação de pessoas com deficiência e combate a toda a forma de discriminação, como ocorre em relação à raça e o gênero.

Segurança

Em relação á segurança, ficou definido como uma das prioridades a luta pela melhoria da assistência médica e psicológica aos bancários vítimas de assaltos nas agências.
Para o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, as discussões no grupo de trabalho foram altamente qualificadas e serviram para atualizar a pauta de reivindicações. "A falta de segurança nos bancos é um tema que os bancários têm discutido há anos. Esse problema já deveria ter sido resolvido faz tempo, se não fosse o descaso dos bancos", comenta.

A categoria também vai reivindicar que as instituições financeiras instalem mais equipamentos de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões. Outra preocupação dos bancários é em relação aos crimes das chamadas "saidinha de banco". Os bancários aprovam a ideia da instalação de divisórias entre os caixas, inclusive os eletrônicos, para que os saques em dinheiro sejam feitos com privacidade e, acima de tudo, mais investimentos dos bancos em equipamentos de segurança.

“É preciso garantir a segurança das pessoas, bancários e clientes, e não apenas do patrimônio físico e do dinheiro dos bancos”, ressalta o diretor do Sindicato do Rio Marcelo Rodrigues.

sábado, 30 de julho de 2011

SEGUE NOTA MAIS COMPLETA SOBRE A CONCLUSÃO DA AQUISIÇÃO DA GAS BRASILIANO Petrobras concluiu compra da Gas Brasiliano Distribuidora por US$ 271 milhões

A Petrobras Gás S.A. (Gaspetro) concluiu, nesta sexta-feira (29/07), a aquisição da concessionária de distribuição de gás natural da região noroeste do Estado de São Paulo, Gas Brasiliano Distribuidora (GBD), até então controlada pela italiana ENI International B.V.

O valor da operação atingiu aproximadamente US$ 271 milhões após os ajustes referentes à variação do capital de giro, conforme previsto no contrato de compra e venda de ações assinado pela Gaspetro e pela ENI. Esse valor ainda estará sujeito a um ajuste referente ao capital de giro existente na data 31/07/2011.

A GBD possui a exclusividade no serviço de distribuição de gás natural na região noroeste do Estado de São Paulo, em uma área que cobre 375 municípios e atende à demanda industrial, comercial, residencial e veicular dessa região. Em 2010, a rede de distribuição da companhia alcançou 755 km e o volume de vendas foi aproximadamente de 650 mil m³/dia. Os investimentos previstos no plano de negócios da GBD, e aprovados pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP) na última revisão tarifária da companhia, deverão atingir pelo menos R$ 106,2 milhões no quinquênio 2010-2014. Este investimento visa à expansão da malha de distribuição e ampliação do mercado para 1,2 milhão de m³/dia até 2014. O contrato de concessão da GBD teve início em dezembro de 1999 com duração de 30 anos, podendo ser estendido por mais 20 anos.

Para a Petrobras, esta aquisição irá posicionar a empresa na atividade de distribuição no maior mercado brasileiro, próximo à entrada do gás fornecido pela Bolívia, transportado pelo GASBOL, e às reservas de gás da região Sudeste, inclusive do pré-sal.

Conforme divulgado ao mercado em comunicado no dia 27 de maio de 2010, a Petrobras, através de sua subsidiária Petrobras Gás S.A., assinou com a ENI International B.V., contrato de aquisição da totalidade das ações da GBD. A conclusão da transação estava condicionada à aprovação dos órgãos reguladores relevantes no Brasil. Com o consentimento da ARSESP, em 19 de abril de 2011, e a assinatura do termo aditivo ao contrato de concessão da GBD, em 18 de julho de 2011, todas as condições precedentes foram satisfeitas e o fechamento da operação , conforme previsto no contrato, foi realizado nesta data. A operação já havia recebido a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em 15 de dezembro de 2010.

Poço de Extensão de Guará confirma continuidade da acumulação

A Petrobras concluiu a perfuração do segundo poço de extensão da área de Guará, o 3-SPS-82A (3-BRSA-923A-SPS), localizado no pré-sal da Bacia de Santos.

O poço, informalmente conhecido como Guará Sul, foi perfurado a 5,7 km ao sul do poço pioneiro descobridor (1-SPS-55).  Em profundidade de água de 2.156 metros, o Guará Sul está localizado a 315 km do litoral do estado de São Paulo. Incluindo o pioneiro, este é o terceiro poço concluído na área de Guará.

Análises preliminares comprovaram as boas condições de reservatório e sua continuidade lateral. O monitoramento das pressões comparadas às do poço descobridor, atualmente em teste de longa duração (TLD), constatou a comunicação hidráulica do reservatório entre os dois poços. Esse cenário indica uma boa perspectiva de produção para essa acumulação.

Teste a cabo nos reservatórios do pré-sal demonstrou a presença de petróleo leve de cerca de 27º API. Testes de formação ainda serão feitos para avaliar a produtividade do reservatório.

A Petrobras é operadora do consórcio para exploração do bloco BM-S-09 (45%), em parceria com a BG Group (30%) e a Repsol Sinopec Brasil (25%). O consórcio dará continuidade às atividades previstas no Plano de Avaliação de Guará.

Clique aqui para visualizar o mapa.

Petrobras completes the acquisition of Gas Brasiliano Distribuidora for $271 million

Petrobras Gás S.A. (Gaspetro) completed the acquisition of Gas Brasiliano Distribuidora (GBD), a natural gas distribution utility operating in the northwestern region of the state of São Paulo. The operation was concluded this Friday, July 29. Previously, the utility was controlled by Italy's ENI International B.V.

The transaction was worth approximately $271 million after adjustments for working capital variations provided for under the share purchase agreement signed by Gaspetro and ENI. The final amount is still subject to adjustments related to working capital existing on July 31, 2011.

GBD holds an exclusive concession for natural gas distribution activities in the northwestern state of São Paulo, in an area encompassing 375 municipalities. It supplies the region's industrial, commercial, residential and transportation needs.  In 2010, the company's distribution network added up to 755 km, and it traded some 650 thousand cubic meters of gas per day. The investments foreseen under GBD's business plan, as approved by the State of São Paulo Sanitation and Energy Regulation Agency (ARSESP) in the company's latest tariff review, are expected to reach at least R$106.2 million in the five-year period ranging from 2010 to 2014. They are expected to be used to expand the distribution network and to grow the company's sales to 1.2 million cubic meters per day by 2014. GBD's 30-year concession agreement began in December 1999, and may be extended for 20 years.

This acquisition will position Petrobras in the distribution segment in the largest Brazilian natural gas market, which is located near the entrance of the gas supplied by Bolivia and transported over the GASBOL, and close to the gas reserves in Southeastern Brazil, including those coming from the pre-salt area.

As announced in a statement to the market issued on May 27, 2010, Petrobras, through its subsidiary Petrobras Gás S.A., signed an agreement to acquire the totality of the shares of GBD with ENI International B.V. The transaction was subject to approval by the relevant regulatory bodies in Brazil. With the consent of ARSESP, granted on April 19, 2011, and the signing of the addendum to GBD's concession agreement, on July 18, 2011, all conditions precedent were met, and the transaction, as provided for in the agreement, was closed today. The operation had already been approved by the Administrative Council for Economic Defense (CADE) on December 15, 2010.

Presidente da Petrobras divulga Plano de Negócios 2011 - 2015 em Londres e Nova York

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, concederá coletiva de imprensa na segunda-feira (01/08), em Londres, às 12h (8h em Brasília), sobre o Plano de Negócios 2011-2015. Também participam do evento o Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Almir Barbassa, e o Gerente Executivo de Relações com Investidores, Theodore Helms.

Na terça-feira (02/08), o presidente da Petrobras e os executivos apresentarão o Plano de Negócios 2011 - 2015 em Nova York, às 12h (13h em Brasília).

Serviço
Evento: Apresentação Plano de Negócios da Petrobras 2011-2015 em Londres
Data: segunda-feira, 1º de agosto de 2011
Local: Claridge's Hotel
Brook Street
Mayfair
London W1K 4HR
Horário: às 12h (8h em Brasília)

Evento: Apresentação Plano de Negócios da Petrobras 2011-2015 em Nova York
Data: terça-feira, 2 de agosto de 2011
Local: The New York Palace
455 Madison Avenue
New York, NY 10022
Horário: às 12h (13h em Brasília)

ITAÚ UNIBANCO - Sindicato envia carta a Setúbal em protesto contra demissões

Leia abaixo a carta que a diretoria do Sindicato enviou ao presidente do Itaú Unibanco,
Roberto Setúbal, em protesto contra a política de demissões em massa no banco. Na última
terça-feira (12), seis funcionários foram demitidos no prédio da Rio Branco, 123. Na
mesma data, os bancários do Rio realizaram novo protesto em frente à unidade. Desde
janeiro, já são mais de quatro mil trabalhadores dispensados. No Rio, a média é de um
bancário demitido a cada duas horas. Mais detalhes da manifestação na página 4.
Exmo. Sr.
A “lição de casa” que Vossa Senhoria prometeu aos acionistas do Itaú Unibanco, ou seja, os cortes
de custos concentrados na redução do quadro de pessoal é a mais viva expressão do saudosismo que a
elite brasileira nutre pela escravidão.
A prática cultural da mentira e da desfaçatez faz de pessoas como Vossa Senhoria os personagens
mais presunçosos dessa elite. Nas demissões de hoje, o triste bordão do passado: “Empregado precisa
de salário para quê?”
Seus porta-vozes alegam que estão revendo negócios, processos e gastos, para buscar mais
eficiência, mas que não querem demitir. Dizem também que vão criar novas vagas. Vê-se que aqui,
sim, os executivos estão fazendo a “lição de casa” – também mentir. As demissões seguem um curso
quase torrencial, todos os dias, em todas as praças.
A fusão Itaú Unibanco pressupõe uma estratégia de expansão. Também nesse caso é preciso levar
em conta a importância do binômio emprego e renda, uma lição que o presidente Lula ensinou ao
mundo na crise financeira de 2008. A lógica de tratar os trabalhadores como “laranjas”, peças
descartáveis, só é possível porque o Congresso Nacional ainda não votou a nova adesão do Brasil à
Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que inibe as demissões imotivadas,
injustificáveis, especialmente considerando a lucratividade do Itaú Unibanco – R$3,35 bilhões no
primeiro trimestre deste ano; e R$13,3 bilhões, ao longo de 2010.
Queremos expressar toda a nossa repulsa à iniciativa demissionária de Vossa Senhoria e exigir
respeito aos trabalhadores, que constroem a riqueza do império dos Setúbal/Salles. Sua política de
recursos humanos, cruel e destruidora, contradiz por completo os princípios de sustentabilidade, em
que se baseou o prêmio recentemente auferido pelo Itaú Unibanco.
Demitir, tornando mais agudos os problemas administrativos que o banco enfrenta depois da fusão,
é, sobretudo, um desrespeito à clientela, demonstrando despreocupação da empresa em relação à
qualidade dos serviços que oferece.
Quanto aos bancários, além de conviverem há tempos com a pressão por metas absurdas,
convivem, agora, com a imagem tenebrosa do desemprego criada pelo presidente da empresa.
Mas saiba Vossa Senhoria que os trabalhadores do Itaú Unibanco darão uma resposta à altura.
A diretoria
Sindicato dos Bancários do Rio

Mauro Santayana - O titanic e o mar de icebergs

Por Mauro Santayana , é colunista político do Jornal do Brasil, diário de que foi correspondente na Europa.

O ministro das Finanças da Itália, Giulio Tremonti, advertiu que “a Europa pode afundar, como o Titanic”. Desde a crise norte-americana que os observadores anunciam o desastre. Entre as várias causas está a ilusão de que é possível unificar a Europa, a partir da economia. Enquanto todos os países se encontravam mais ou menos na mesma situação, foi possível estabelecer a Comunidade do Carvão e do Aço e, pouco a pouco, criar os mecanismos de integração.
O Tratado de Roma foi assinado por países que se encontravam mais ou menos na mesma situação: Alemanha, França, Itália, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo. Ao ampliar-se a comunidade, com a adesão de países periféricos, começaram a surgir os problemas de convivência. Os que chegavam, chegavam com mais necessidades. Os estadistas europeus atuaram com grande sensibilidade, acossados pela memória das guerras continentais, principalmente a de 1914 a 1918 e a de 1939 a 1945.
A criação do euro, em 1998 (entrando em circulação em 1º de janeiro do ano seguinte) culminou o processo de integração, mas ficaram, e astutamente, fora da moeda única a Inglaterra e outros países. Ora, tratava-se de uma sociedade em que havia ricos e havia pobres. Não era possível que, em um passe de mágica, países de economia relativamente débil — como Espanha e Portugal, que ao integrar-se ainda não se haviam recuperado das ditaduras de direita — pudessem andar no mesmo passo.
Os países ricos os favoreceram com financiamentos, alguns, como para certas obras de infraestrutura, a fundo perdido. Mas todas essas medidas não eliminavam as dificuldades da adoção de uma moeda única em economias tão desiguais. Embora a União Europeia pudesse aconselhar determinadas providências de ordem tributária e de política social, a autonomia política impedia, e é bom que assim seja, uma ação comum ditada pelos mais fortes.
A situação vinha sendo administrada, bem ou mal, até que a queda do Muro de Berlim estimulou os centros mundiais do poder financeiro a deixarem os seus cuidados retóricos e decretarem, com insolência, a prevalência do mercado contra o estado. Com a cumplicidade dos governantes (e, no capítulo, estivemos muito mal), caíram as fronteiras alfandegárias, desnacionalizou-se a indústria dos países periféricos e se privatizaram as empresas públicas.
Os centros de decisão se transferiram dos gabinetes presidenciais e dos parlamentos para os encontros, discretos uns e ostensivos outros, dos grandes financistas que controlam o dinheiro do mundo. Ocorre que ética e lógica caminham juntas, como filhas da razão. Quando uma se ausenta, a outra desaparece. A voracidade do capital, ao violar a ética, perde a lógica. Foi assim que o mercado dos derivativos se tornou o buraco negro das finanças mundiais: criou-se um capital fictício, que alimentou os grandes especuladores e levou milhões à miséria.
Os governos, sem embargo da clareza do problema, em lugar de deixarem que os banqueiros paguem pelos excessos de suas ambições, tratam de salvá-los, em nome da estabilidade. Como alguém tem que pagar a conta, pagam os de sempre, isto é, os pobres e os não ricos. Pagam com a redução dos serviços sociais, de saúde, educação e segurança, e pagam com o desemprego.
A alguns ministros italianos de Berlusconi faltam credenciais da honra, mas a metáfora do Titanic é válida. Ocorre que a Europa não tem pela frente um só iceberg. Ela navega em mar pejado dessas montanhas de gelo. Os Estados Unidos estão encalhados no saguão do Capitólio, à espera que o nível de endividamento se eleve, para sua salvação; a China começa a desconfiar de que seu extraordinário crescimento lhe trará pesadas dificuldades no convívio internacional: seus fabulosos créditos no mundo podem esfarinhar-se na catástrofe que se espera. Todos os países passam pela mesma inquietude. A saída é fácil, se houver a decisão política de tirar a moeda das mãos dos banqueiros e, com isso, expulsá-los do poder ilegítimo que exercem no mundo.

Carlos Cordeiro - Pela verdadeira universalização dos serviços bancários

Por Carlos Cordeiro , presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)
Crédito: Jailton Garcia
Jailton Garcia











O jornal Brasil Econômico publicou na edição desta terça-feira, 26 de julho, artigo do presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. Intitulado "Pela verdadeira universalização dos serviços bancários", o texto denuncia a política de exclusão bancária através dos correspondentes e defende a inclusão bancária para todos os brasileiros.

Para Carlos Cordeiro, "ao contrário da propaganda do sistema financeiro de que está aumentando a bancarização com a abertura indiscriminada de correspondentes, o que de fato está acontecendo é a elitização dos serviços e a expulsão das agências das camadas mais pobres da população - além de ser uma estratégia para reduzir custos".

Leia abaixo a íntegra do artigo:

Pela verdadeira universalização dos serviços bancários

Carlos Cordeiro*

Nos últimos oito anos, 48,7 milhões de brasileiros ascenderam socialmente para as classes A, B e C, ampliando o mercado de consumo em quase uma Espanha, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas.

Esse crescimento econômico extraordinário já coloca o Brasil como a 7ª economia mundial, a caminho de conquistar o 5º lugar talvez ainda nesta década. No entanto, a despeito dessa inédita inclusão social na nossa história, o país ainda pontua no vergonhoso ranking das dez economias mais desiguais do planeta.

O Brasil caminha na direção certa, mas precisa acelerar o processo de desenvolvimento, o que inclui manter o ritmo de crescimento econômico alto e sustentável, desconcentração da riqueza, geração de mais e melhores empregos, fim da miséria, crescente inclusão e universalização de direitos e de cidadania.

Um desses direitos é o de ter acesso ao crédito e a dispor de conta em banco, sem discriminação de qualquer espécie - o que não está sendo assegurado aos brasileiros. Dados do Banco Central revelam que, dos 5.587 municípios brasileiros, 1.973 (35,3%) não possuem sequer uma agência ou posto de atendimento bancário, e que 49% da população brasileira não possui nenhum tipo de atendimento em instituições financeiras. No Nordeste, apenas 36% têm conta em banco.

Embora sejam concessões públicas, os bancos não estão cumprindo seu papel. Em vez de ampliar o número de agências, para melhorar o atendimento à população em boas condições de segurança, estão empurrando sua responsabilidade para terceiros, com a abertura indiscriminada de correspondentes bancários (supermercados, lojas, lotéricas, drogarias etc.). Em dezembro de 2010, já havia 165.228 correspondentes no país, contra 19.813 agências bancárias.

Ao contrário da propaganda do sistema financeiro de que está aumentando a bancarização com a abertura indiscriminada de correspondentes, o que de fato está acontecendo é a elitização dos serviços e a expulsão das agências das camadas mais pobres da população - além de ser uma estratégia para reduzir custos.

Para justificar a edição das resoluções 3.954 e 3.959 de fevereiro e março deste ano, respectivamente, que ampliam a liberdade de os bancos abrirem correspondentes bancários, o Banco Central argumentou que elas visam a inclusão social. Não é verdade. A metade dos correspondentes está concentrada no Sudeste, sendo que 25% somente no Estado de São Paulo, a região mais bancarizada do país. O BC está atendendo os interesses dos bancos e não os da sociedade.

Mais: esses correspondentes frequentemente funcionam ao lado ou em frente às agências. É para lá que os bancos estão empurrando a clientela de baixa renda, reservando as agências tradicionais para os correntistas mais abastados e criando os pontos de atendimento mais exclusivos para a elite da elite. E se nas agências bancárias a violência já é grande, com três mortes em média por mês, nos correspondentes bancários a falta de segurança é ainda maior.

Estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que os correspondentes representam para as instituições financeiras 25% da folha salarial dos bancários. É mais uma forma de os bancos aumentarem os lucros reduzindo custos e precarizando as relações de trabalho.

Isso não é inclusão. É uma segmentação que aumenta a exclusão social. Bancarizar é incluir quem está à margem do sistema, garantindo que tenham conta em banco e, assim, levar crédito à sociedade, promovendo desenvolvimento econômico e social, que deveria ser o verdadeiro papel dos bancos.

*Carlos Cordeiro é presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)


Fonte: Contraf-CUT

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CONFERÊNCIA AO VIVO - Trabalho da imprensa é elogiado por participantes da Conferência Nacional

O trabalho feito pela Rede de Comunicação dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e que conta com a participação de jornalistas e profissionais de imprensa dos sindicatos e federações de todo o Brasil foi amplamente elogiado pelos sindicalistas e delegados da Conferência Nacional. O secretário-geral da Contraf, Marcel Barros, chegou a pedir à platéia que aplaudisse o esforço dos profissionais da mídia sindical. “Graças ao trabalho dos profissionais de imprensa temos hoje a transmissão, ao vivo da conferência para todo o país e para o mundo”, disse referindo-se ao uso da webtv como forma de aprimorar a cobertura do evento.

Importância da comunicação

A diretora da Secretaria de Imprensa do Sindicato do Rio, Vera Luíza, destacou a importância do uso das novas tecnologias em favor da mobilização dos trabalhadores. “As classes dominantes sempre se apropriaram dos novos meios de comunicação de massa para preservar a hegemonia política. Mais do que nunca, é fundamental que o movimento sindical também aproveite estes instrumentos tecnológicos em favor da classe trabalhadora”, afirma.

O diretor de imprensa da Contraf-CUT Ademir Wiederkehr também destacou a importância da utilização dos novos meios de comunicação. “Cada vez mais os sindicatos investem em comunicação e se conscientizam do papel fundamental das novas mídias nas lutas da categoria e da classe trabalhadora. É importante que outras categorias também invistam mais neste setor fundamental que é a comunicação social, um dos principais instrumentos de lutas dos trabalhadores”, avalia.

O presidente do Sindicato do Rio Almir Aguiar também elogiou o trabalho dos profissionais de imprensa. “Verifiquei, muitas vezes, no momento em que nós delegados estávamos no intervalo do almoço ou entre os debates, a sala de imprensa continuava cheia de jornalistas trabalhando para que os bancários possam ter, em tempo real, a cobertura jornalística da Conferência Nacional para todos os bancários, inclusive com imagens ao vivo, através da webtv”, ressalta.

Campanha Salarial 2011 13ª - Conferência Nacional dos Bancários


Os debates da 13ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada nesta sexta-feira (29), em São Paulo, começaram com o tema Igualdade de Oportunidades. Em função de um imprevisto, o jurista e professor da Universidade de São Paulo (USP), Dalmo de Abreu Dallari não compareceu ao evento, o que levou a organização da Conferência a suspender o painel sobre saúde e condições de trabalho.

O professor de economia da Universidade Federal de São Carlos, doutor pelo Institut de Hautes Estudes de L' Amereque Latine, de Paris, Pedro Chadarevian, apresentou sua teoria econômica da discriminação. Ele disse que seu trabalho acadêmico foca a questão racial, mas disse que há elementos concretos que comprovam a discriminação de gênero. “A discussão de gênero envolve questões de caráter moral, familiar e é um tema mais subjetivo, que permite à psicologia, um estudo mais preciso. Já a discriminação racial no Brasil possui razões históricas, que facilitam a pesquisa no campo econômico”, disse. Ele acrescenta que o racismo no país vai além da d iscriminação individual, mas que o Brasil possui historicamente mecanismos discriminatórios. “A hierarquização no trabalho não é resultado do que os setores conservadores chamam de ‘meritocracia’, mas mecanismos ideológicos que criam barreiras às minorias, na qual são levadas em consideração a raça e o gênero dos indivíduos”, destaca.

Raízes coloniais

Chadarevian cita um exemplo claro da discriminação de gênero. “Hoje há mais mulheres do que homens no ensino superior, mas isto não se traduz em progresso profissional e melhores salários”, afirma. Chadarevian apresentou dados que comprovam a discriminação no mercado de trabalho: Os brancos ganham, na média, duas vezes mais do que os negros e ocupam as funções de mais prestígio. Na base da pirâmide social está a maior parte dos não-brancos, que ocupam trabalhos manuais e de baixa remuneração ou são moradores de rua. “Eles são as maiores vítimas da violência no país”, critica. O especialista acrescenta que estas distorções estão nas raízes coloniais do Brasil, que se caracteriza ainda hoje pela concentração fundiária. “A abolição tardia, a política imigratória que trouxe europeus para setores industriais e a retórica oficial ajudam a explicar o problema”, ressalta. Ele explica que, após a escravidão oficial, houve uma migração seletiva para o mercado de trabalho, na qual os brancos sempre tiveram prioridade.

Avanços e críticas

O economista admite avanços a partir do governo Lula, mas critica o que chama de “ausência da reforma agrária, “estado de bem-estar incompleto” e “programas de ações afirmativas tardias”. Em sua opinião, a presença maior de negros nas classes emergentes tem muito mais haver com o crescimento econômico do que com as ações governamentais afirmativas, como a política de cotas, que ele defende. “Historicamente, em momentos de crise, diminui a presença de negros no mercado de trabalho e nos momentos de expansão econômica é comum que haja uma redução das desigualdades sociais, nas quais os não-brancos são os maiores beneficiados”, disse. Ele criticou ainda a lógica neoliberal que criminaliza os movimentos sociais e destacou a importância das ações sindicais. “Há dados comprovando que nas categorias onde o nível de sindicalização é maior, h á uma redução nas desigualdades sociais e nas diferenças salariais”, conclui.

ABERTURA SOLENE- Presidente da Contraf-CUT convoca bancários a lutarem por emprego decente

Durante a abertura solene da Conferência Nacional, na noite desta sexta-feira (29), o presidente da Contraf-CUT Carlos Cordeiro fez duras críticas às demissões no setor bancário e acusou a alta rotatividade nos bancos de uma violência contra o trabalhador. “Estivemos no México e na Argentina com companheiros do HSBC e vimos problemas comuns da categoria que acontecem também no Brasil, como metas abusivas, pressão e demissões. Na Argentina, os sindicalistas denunciaram que, de um total de seis mil bancários, o banco dispensou 11 funcionários em 2010. Somente em Curitiba, onde o HSBC possui também cerca de seis trabalhadores, a empresa demitiu 800 bancários. Este fenômeno da alta rotatividade é praticado exclusivamente no Brasil”, denuncia. O sindicalista lembrou ainda que 38 mil bancários foram demitidos no país no ano passado. “Os novos contratos entram nos bancos ganhando 54% menos do que recebiam os funcionários antigos demitidos”, critica. Ao final, ele conclamou a categoria a fortalecer a unidade e lutar por emprego decente, com estabilidade, segurança nas agências, condições de trabalho e de saúde e melhor remuneração, inclusive para os trabalhadores aposentados. “Vamos iniciar a campanha com forte mobilização e greve contra o discurso patronal que defende um índice de reajuste baseado em previsões futuras da inflação e não em relação às perdas do período”, conclui.
Salário não gera inflação
O presidente nacional da CUT também criticou a volta do discurso de que “salário gera inflação”. O sindicalista disse que a categoria bancária é uma referência para toda a classe trabalhadora. “Desta conferência surgirá, mais uma vez, uma campanha salarial brilhante. Os bancários têm um papel fundamental contra o discurso neoliberal. A luta de classes continua e a campanha nacional dos bancários é a maior prova disto”, afirma.

A presidente reeleita do Sindicato de São Paulo, Juvandia Moreira, anfitriã do encontro, lembrou que os bancos faturaram muito nos últimos anos e podem perfeitamente atender as reivindicações dos bancários. “Nos últimos 15 anos as instituições financeiras foram o setor que mais lucrou no Brasil”, disse. Ela criticou também a concentração no setor financeiro nacional. “Os seis mais poderosos bancos do país concentram os maiores ativos do sistema financeiro”, critica. Juvandia destacou ainda que a campanha precisa dialogar também com a sociedade.

SISTEMA FINANCEIRO - Professor da UFRJ critica cartel e defende regulamentação do sistema financeiro

O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Fernando Cardim, criticou o atual modelo do sistema financeiro nacional, baseado em conglomerados e numa concorrência oligopolista. Ele defendeu a regulação do setor e a democratização do crédito. “A crise mundial mostrou os males do oligopólio formado pelo setor financeiro. Os bancos priorizam o crédito pessoal consignado, a juros altíssimos e sem qualquer risco para as instituições financeiras em detrimento do crédito para o setor produtivo e para o desenvolvimento econômico e social do país. Mesmo em momentos de turbulências e crises mundiais, os bancos recebem o socorro do Banco Central”, disse. Ele lembra que não há concorrência no setor bancário e defendeu reformas profundas e maior competitividade. “O contexto obriga os bancários a ter nesta campanha salarial não apenas uma preocupação corporativa, mas enquanto cidadãos” acrescenta.

No Brasil, os dez maiores bancos detêm cerca de 66% dos ativos do sistema financeiro nacional.

Papel dos bancos públicos

Fernando Cardim destacou a importância do debate sobre o papel social dos bancos públicos. “Vimos durante a crise internacional, chamada pelo presidente Lula de marolinha, a importância da ampliação do crédito feita pelos bancos públicos. Mas esta ação tem sido feita apenas em momentos especiais, quando deveria ser uma prática comum dos bancos atenderem as demandas sociais”, ressalta. Ele questionou o aspecto mais mercadológico do Banco do Brasil. “A Caixa Econômica Federal e o BNDES são instrumentos naturais das ações do governo, mas o Banco do Brasil hoje possui acionistas privados e sua responsabilidade social está limitada a regras de mercados que protegem esses acionistas minoritários”, afirma.
Reinvestimentos

O economista apontou como proposta a chamada “securitização” do setor bancário, uma forma
de garantir liquidez dos ativos para que os investidores assumam os riscos de seus investimentos e o crescimento econômico e social não seja comprometido. “Nos EUA, uma lei criada na época do governo Jimmy Carter obriga os bancos a reinvestirem seus ganhos nas mesmas comunidades e regiões onde eles captaram os recursos”, destaca. Ele disse ainda que é necessário a regulação do sistema financeiro para obrigar bancos e investidores a criarem contrapartidas sociais.
Cardim mostrou uma certa reserva em relação a proposta de estatização do setor financeiro. “É preciso saber que estatização é esta. Não adianta o controle estatal se não houver o controle público e social do estado. A regulamentação financeira, inclusive dos bancos públicos, é que é o debate fundamental”, conclui.

terça-feira, 26 de julho de 2011

AS ÚLTIMAS DO BLOG DO GAROTINHO

26/07/2011 19:29
Reprodução do Estadão online
Reprodução do Estadão online


Como podem ver acima, o Ministério Público de São Paulo decidiu abrir investigação sobre o apartamento em que mora o ex-ministro Antônio Palocci, avaliado em R$ 4 milhões. O MP – SP suspeita de lavagem de dinheiro.

Enquanto isso aqui no Rio, o MP não quer saber da mansão de Cabral; do apartamento de Adriana Ancelmo; da cobertura duplex de Sérgio Côrtes, das “vacas premiadas” do clã Picciani; da fazenda de Uberaba, de Paulo Maria Mole, só pra citar alguns casos. Quanta diferença!


26/07/2011 17:09
Só falta mesmo botarem um anúncio como esse, na montagem do Deco
Só falta mesmo botarem um anúncio como esse, na montagem do Deco


Construir casas para quem precisa, isso Cabral não faz. Mas negócios imobiliários, com desapropriações e compra e venda de prédios, nisso o governo Cabral é muito bom. Vide os negócios imobiliários feitos pelo secretário da Casa Civil, Régis Fichtner beneficiando o banqueiro Daniel Dantas, ou a desapropriação que Pezão assinou da casa da família de sua mulher, em Barra do Piraí, fora muitos outros.

Agora o governo Cabral está contratando uma empresa para fazer um levantamento da situação de quase 5.000 imóveis que pertencem ao Estado. O objetivo é fazer um feirão milionário com o patrimônio do Estado, que obviamente vai beneficiar o mesmo grupo de sempre já conhecido como Amigos dos Amigos de Cabral. Podem imaginar o que vem por aí!


26/07/2011 16:22
Reproduções de manchete do Globo online; e do twitter de Gilberto Kassab
Reproduções de manchete do Globo online; e do twitter de Gilberto Kassab


O PSD mal deu os primeiros passos já está mostrando a sua cara. Começou mal, segundo várias denúncias publicadas na imprensa, para conseguir o número de assinaturas para a sua fundação usou nomes de pessoas mortas em alguns estados, além do cadastro da prefeitura de São Paulo comandada por Gilberto Kassab, o pai do novo partido. A mãe oculta, muitos dizem, que é José Serra.

Mas já deu para perceber também a postura elitista e completamente fora de sintonia com a realidade das ruas. Como que um morador de rua pode estar de astral elevado? Deve ser aquela história do “tá ruim, mas tá bom”. Kassab, o líder nacional do PSD escolheu como líder do partido no Estado do Rio, outro igual, Índio da Costa, os dois são bem nascidos, estudaram nos melhores colégios, tiveram boa vida e não têm nenhum compromisso com a população pobre. É um partido da elite. E de fundadores fantasmas, que morreram antes de surgir a idéia de criar o PSD.


26/07/2011 14:36
Reprodução de O Globo
Reprodução de O Globo


Está aí mais uma jogada com o dinheiro público, dos Amigos dos Amigos de Cabral. Como todos sabem Rock in Rio, Artplan (Roberto Medina), Sérgio Cabral, Eduardo Paes e TV Globo têm tudo a ver. Por conta disso, o jornal O Globo enaltece: “A primeira inauguração olímpica” se referindo ao futuro “Parque dos Atletas” para as Olimpíadas de 2016. O que vai ser inaugurado é a Cidade do Rock. A prefeitura gastou R$ 44 milhões e fez a obra correndo para atender o Rock in Rio. Nem teria lógica concluir em 2011, uma área para os atletas olímpicos que só vai ser usada daqui a 5 anos. Tudo não passa de uma jogada para esconder uma negociata. O futuro “Parque dos Atletas” construído com o nosso dinheiro ficará à disposição de Roberto Medina até 2015. Só depois é que vai virar área olímpica. Até lá será um espaço para eventos comerciais da família Medina.

O pior é que um evento que vai movimentar milhões e milhões, com ingressos caríssimos ainda tem patrocínio da prefeitura de Paes e do governo Cabral. É uma farra com o dinheiro público. As Organizações Globo que estão associadas ao Rock in Rio, é claro, fazem o seu papel de tentar convencer os seus leitores que a conclusão do “Parque dos Atletas” é maravilhosa. Claro, para eles, Medina, Cabral, Paes e companhia.

O pior é que nem está garantido se depois das Olimpíadas, esse parque será franqueado á população ou se será concedido a Medina ou outra empresa. Mas duvido que o MP se interesse em investigar esse absurdo, afinal em nome da Copa e das Olimpíadas, está valendo tudo no Rio de Janeiro.


26/07/2011 12:01
Vejam a "seleção" que se juntou contra Rosinha que tem como "craques" como Eduardo Cunha, Jorge Picciani e Arnaldo Vianna. Que timaço!
Vejam a "seleção" que se juntou contra Rosinha que tem como "craques" como Eduardo Cunha, Jorge Picciani e Arnaldo Vianna. Que timaço!


Nossos adversários estão desesperados com o belo governo que Rosinha vem fazendo à frente da prefeitura de Campos. Sua aprovação é recorde, e a prova de que estão desesperados foi a reunião realizada ontem, sob o comando de Jorge Picciani, como podem ver na foto acima, com as presenças também dos deputados do PMDB, Eduardo Cunha, Adrian e Edson Albertassi, além do deputado do PSC, partido-satélite, Felipe Pereira. O PMDB prometeu toda a ajuda possível à frente que reúne os maiores corruptos de Campos para tentar derrotar Rosinha. Aliás, a jornalista Berenice Seara também retrata na sua coluna de hoje, o desespero da turma que assaltou Campos ao se juntar com a turma que assalta o Estado.


Reprodução do jornal Extra
Reprodução do jornal Extra



Mas as Organizações Globo já entraram no esquema. Conforme divulgado há poucos dias, pesquisas qualitativas feitas no estado mostram que eu teria uma influência nas próximas eleições muito maior que o governador Sérgio Cabral. Isso está levando os corruptos do PMDB e os globais à loucura.

Percebam que após o desgaste de Sérgio Cabral, alertei na semana passada, que recomeçaram as notinhas maldosas e os editoriais contra mim na imprensa do Rio. Ontem, Rosinha recebeu de seu secretário de Comunicação, Mauro Silva o e-mail que lerão abaixo. Uma verdadeira brincadeira de mau gosto da revista Época.


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Tentam associar uma viagem de meu filho com recursos próprios à Argentina, paga com seu cartão em duas parcelas, em companhia de um colega que tem uma empresa de pequenos reparos com as viagens de Cabral com Fernando Cavendish, no avião de Eike Batista. A revista das Organizações Globo chega ao cinismo de insinuar que Rosinha estaria contratando artistas para fazerem gravações num CD para promoção pessoal dela. Mentira deslavada. O CD é beneficente e a maioria dos cantores são nossos amigos, já divulguei isso no meu programa da Rádio Manchete há muito tempo. Os recursos da venda irão para obras sociais de Campos.

É claro que esta matéria foi vendida à revista por gente ligada ao Palácio Guanabara e mal informada por sinal, porque até o nome do amigo de Wladimir está errado. Quando quiserem fazer as coisas façam direito!

Como nós não temos nada a esconder reproduzo abaixo, as perguntas do repórter e as respostas que enviamos, para que não paire nenhuma dúvida e para que todos possam conferir posteriormente o que a revista Época irá publicar.

Sou jornalista da Revista ÉPOCA, Sucursal do Rio. Faço uma matéria sobre dois assuntos. O primeiro é o acidente de trânsito com o filho da prefeita Rosinha Matheus, Wladimir Matheus, há cerca de um mês.
Wladimir dirigia um carro da empresa GAP Serviços que presta serviço para prefeitura. Gostaria de saber:
1) Não houve conflito de interesses entre o público e o privado já que o filho da prefeita usava um carro de uma empresa contratada pela prefeitura?
2) Qual o valor do contrato entre a prefeitura e GAP para o serviço de ambulância?
3) Wladimir também viajou recentemente para Argentina com o empresário Fábio Tauil, também prestador de serviços da prefeitura. Não houve novamente conflito de interesses?


RESPOSTA DE WLADIMIR
Se eu soubesse que o carro era da empresa, não teria usado. Sim, considero que há um conflito de interesse, por outro lado, sou amigo de Johannes há vários anos e não sabia que o carro pertencia à empresa que presta serviços à prefeitura, porque se soubesse, não teria usado. Quanto ao valor do contrato da empresa com a prefeitura, não sei responder, cabe a prefeitura informar.
Viajei sim, mas com recursos próprios, em avião de carreira, que por sinal não pertence a empresário nenhum, mas sim a empresa Aerolineas Argentina. Comprei um pacote e dividi em duas vezes no meu cartão de crédito, como milhares de brasileiros podem fazer. Sou amigo de Tauil há mais de dez anos e sei que ele tem uma vida modesta e possui uma empresa de pequenos reparos.


A prefeitura anunciou que vai gravar um CD de músicas com artistas como Emilio Santiago, Elymar Santos, Alcione, Joanna e Frank Aguiar. Esses artistas foram, em contrapartida, contratados para shows na cidade sem licitação. A prefeita chegou a gravar com Joanna uma música durante um desses shows.
1) Não há conflito de interesses entre o público e o privado, até porque o CD deve ser usado numa eventual campanha de reeleição?


RESPOSTA DE ROSINHA
O secretário de Comunicação Mauro Silva disse que a Prefeitura não vai gravar nenhum CD. O que está em andamento é um projeto pessoal da Rosinha Garotinho para a produção de um CD beneficente, que contará com a participação de alguns artistas e amigos. A renda será revertida para entidades sociais de Campos. Mauro Silva disse ainda que Rosinha nunca gravou música durante show da cantora Joana. O secretário ressalta que não vê nenhum conflito entre interesse público e privado, já que o CD não vai ser usado em nenhuma eventual campanha de reeleição e muito menos há recursos públicos envolvidos no projeto. Observa ainda que artistas são contratados em qualquer lugar do Brasil pelos critérios de inexigibilidade, de acordo com a Lei 8.666. Nenhum artista foi contratado com a obrigação de participar da gravação do referido CD beneficente e isso pode ser confirmado com qualquer um deles.


26/07/2011 09:52
Reprodução do Radar online, da Veja
Reprodução do Radar online, da Veja


É lamentável essa notícia. Mostra bem que não há limites para a turma da Copa e das Olimpíadas (Cabral, Paes, Ricardo Teixeira, Globo). Daqui pra frente podem se preparar que vamos assistir de tudo. Onde é que já se viu fechar um aeroporto por mais de uma hora para não atrapalhar a transmissão da TV Globo, do sorteio das eliminatórias da Copa de 2014. É mais um absurdo. Só quero fazer algumas perguntas.

Por que escolheram a Marina da Glória, ao lado do Santos Dumont, que por sinal está arrendada a Eike Batista, que vai se beneficiar com obras que estão sendo feitas pela prefeitura para melhorar o local sem gastar um centavo?

Se queriam fazer na Marina da Glória por que não colocaram isolamento acústico, afinal, não custa lembrar que Cabral e Paes deram R$ 30 milhões para patrocinar o evento que é organizado pela GEO Eventos, das Organizações Globo? O que foi feito com esse dinheiro?

Só no Brasil se fecha um aeroporto para atender uma emissora de televisão. Isso é coisa de Terceiro Mundo.


Em tempo (19h): Acabo de ler que o Santos Dumont vai ficar fechado por quatro horas.


26/07/2011 09:36
Reprodução de O Globo online
Reprodução de O Globo online


Para que não paire dúvida sobre a minha posição por parte de algum leitor, não sou contra as mudanças no Ministério dos Transportes, o que me oponho é à forma como foram conduzidas, expondo e execrando o PR como um todo; tentando preservar os petistas com cargo de direção, mas envolvidos igualmente nas acusações que vieram à tona; e ignorando os problemas e denúncias de outros ministérios, do PT e de outros partidos.

Essa notícia que está hoje em todos os jornais, de que a presidente Dilma vai adotar a Lei da Ficha Limpa para os próximos indicados do Ministério dos Transportes vai repercutir muito bem na sociedade. Ela vai receber aplausos certamente de vários colunistas políticos. Mas para receber os meus aplausos e os daqueles que têm consciência política e acompanham o noticiário, usar a Lei da Ficha Limpa no Ministério dos Transportes não basta. Isso tem que ser para todos os ministérios, inclusive os do PT. Ou só vai valer para o Ministério dos Transportes?

É bom ficar claro, que embora os marqueteiros do Palácio do Planalto estejam usando o episódio dos Transportes, para criar a imagem de que a presidente Dilma não tolera qualquer desvio, é implacável, e não passa a mão na cabeça de ninguém, como Lula fazia, não partiu dela ou do governo a iniciativa de combater os desvios do ministério. O governo só agiu depois que as denúncias foram estampadas pela imprensa, e mesmo assim no início, a presidente Dilma falava em “colocar babás” (as ministras Gleisi Hoffman e Ideli Salvatti) para marcar em cima o ministério. Além do mais é difícil acreditar que a presidente Dilma, como “Mãe do PAC” no governo Lula, a toda poderosa ministra da Casa Civil nunca tenha ouvido falar de irregularidades nos contratos do DNIT.

Também é bom lembrar que a postura do governo com relação às denúncias contra o então ministro Antônio Palocci não foram de quem não tem nada a esconder. Usaram a tropa de choque no Congresso para evitar que o ministro prestasse esclarecimentos ou fosse questionado. Fizeram o mesmo com relação à ministra Ideli Salvatti e o caso do Dossiê dos Aloprados.

A grande verdade é que a presidente Dilma colocou uma armadilha no meio do caminho do seu governo. Não há governo que não tenha escândalos e o PT é quem tem mais ministros e cargos de importância na gestão atual, seguido do PMDB. Pela lei das probabilidades políticas, logo, logo, a imprensa vai denunciar mais algum escândalo e não vai demorar a atingir petistas ou peemedebistas. Quando isso acontecer, a presidente Dilma estará moralmente obrigada a seguir os mesmos parâmetros usados no ministério dos Transportes ou cairá no descrédito. Talvez a presidente Dilma não tenha percebido, mas armou uma bomba-relógio que pode explodir a qualquer momento e fazer muitos estragos políticos no seu governo.


25/07/2011 21:37
O chef francês Claude Troisgros; ao lado reprodução da revista O Globo
O chef francês Claude Troisgros; ao lado reprodução da revista O Globo


Não, eu não estou delirando. Quem está tendo delírios é Cabral e seu secretário de Educação, o economista do mercado imobiliário, Wilson Rizolia. Até reproduzi o trecho da reportagem da revista O Globo, deste domingo, para verem que não estou inventando. Cabral contratou chefes de cozinha renomados para mudar o cardápio da merenda das escolas estaduais. Só pode estar de gozação. A reclamação é geral sobre a merenda, a toda hora é macarrão com ovo e vão gastar dinheiro com consultoria de cozinheiros famosos.

Agora vejam a loucura, o chefe francês Claude Troisgros sugere uma invenção para o almoço das crianças, arroz com abóbora e picadinho de bananada (não é banana, é bananada mesmo). Estou imaginando aquele prato arrumadinho, com o arroz em forminha e decorado com alguma folhagem, e naquelas porções da cozinha francesa, que a criança vai ter que entrar 3 vezes na fila para ficar satisfeita. Será que eles sabem que tem criança que a única refeição completa que faz todos os dias é na escola? Se querem mudar o cardápio primeiro têm que garantir o fornecimento dos produtos da merenda, e depois tem que chamar é nutricionista.


25/07/2011 18:43
Agência Nacional de Propina, título da reportagem da Época com graves denúncias que envolvem o PC do B
Agência Nacional de Propina, título da reportagem da Época com graves denúncias que envolvem o PC do B


O PC do B (Partido Comunista do Brasil) tem recebido um forte apoio do governo Dilma. Apesar do pequeno número de deputados, o partido tem o Ministério dos Esportes, com Orlando Silva, a ANP (Agência Nacional do Petróleo), com Haroldo Lima, além de outros cargos influentes no primeiro, segundo e terceiro escalões do governo federal. Será que o mesmo rigor que a presidente Dilma usou até agora com Palocci, e com o Ministério dos Transportes vai valer também para o PC do B? A denúncia de corrupção divulgada pela revista Época é gravíssima. Abaixo vocês poderão ver o começo da encrenca e basta clicar no link para lerem o resumo feito pelo jornalista Josias de Souza, em seu blog, na Folha online.


Reprodução do Blog do Josias de Souza
Reprodução do Blog do Josias de Souza


Clique aqui para ler na íntegra


25/07/2011 17:17
Reprodução do Blog do Garotinho
Reprodução do Blog do Garotinho


No dia 29 de junho, o MP decidiu tomar uma providência sobre a viagem de Cabral a Porto Seguro e suas relações com os empresários Eike Batista (que generosamente emprestou o avião) e Fernando Cavendish, da Delta, o anfitrião. Mas como mostra a reprodução do meu blog acima, não foi aberta nenhuma investigação. O MP – RJ limitou-se a enviar apenas um pedido de informações, que conforme a Folha de S.Paulo mostrou, Cabral responde se quiser. Até falei que o MP continuava muito generoso com Cabral.

Bem, esta semana completa-se um mês do envio do pedido de informações a Cabral e não se falou mais nisso. Se Cabral respondeu ninguém sabe. A única coisa que se sabe é que nenhuma outra providência foi tomada. De qualquer forma isso significa que o MP ficou satisfeito com a resposta ou a falta de resposta de Cabral. E vamos seguir a nossa vida.


25/07/2011 16:06
Piscinão de Ramos: abandono total
Piscinão de Ramos: abandono total


O Piscinão de Ramos, inaugurado em setembro de 2001, no meu governo, é uma das iniciativas das quais muito me orgulho. Foi a sensação do verão carioca naquele ano, e virou sucesso nacional, na novela O Clone, como aquela personagem engraçada, a Odete (Mara Manzan), que adorava o Piscinão e dizia “cada mergulho é um flash”. Virou a grande opção de lazer da Zona Norte e até de muitos moradores da Baixada. Dezenas de milhares de pessoas, famílias inteiras, aproveitavam não apenas o piscinão, como as quadras esportivas, as áreas de lazer, os shows e atividades recreativas da Lona Cultural. Abaixo, reproduzo fotos do Piscinão, dos bons tempos, que em nada lembram o abandono atual.

Os culpados pelo abandono do Piscinão de Ramos, que hoje, a água está imunda, não é trocada, cheia de lixo, vive às moscas, e tudo está quebrado, têm nome e sobrenome: Sérgio Cabral e Eduardo Paes. Cabral foi o primeiro a abandonar o Pisicinão, porque era obra do meu governo. Repassou para Eduardo Paes que deixou tudo ficar no estado em que está. Paes se preocupa muito em fazer shows na Zona Sul, em Rock in Rio, que é pra poucos, mas para a Zona Norte, é abandono total.


O Piscinão de Ramos, no verão 2001 / 2002
O Piscinão de Ramos, no verão 2001 / 2002



Em tempo: Amanhã vou mostrar para vocês como Cabral jogou no lixo milhões e abandonou os Restaurantes Populares; as Farmácias Populares; os Hotéis Populares, que tiraram muita gente da rua; as Clínicas de Tratamento de Dependentes Químicos, que não recebem mais pacientes.


25/07/2011 13:35
Reprodução da revista Veja
Reprodução da revista Veja


Como a VEJA mostra esta semana, Fernando Gabeira não caiu no conto de Eduardo Paes. Aliás, o que mais tenho ouvido no meio político são histórias de propostas de cargos ligados às Olimpíadas, que Paes está oferecendo a todo mundo, para tentar não ter adversários nas próximas eleições. Ele quer repetir o que Cabral fez, que cooptou quase todo mundo, mas esquece que o momento político é outro e não terá as mesmas facilidades, por mais que o “trem da alegria” seja grande e com mordomias.


25/07/2011 12:28
Reprodução da revista VEJA
Reprodução da revista VEJA



Muitos leitores mais recentes do blog, que são de outros estados, estranham às vezes que eu sempre falo da perseguição que sofro da mídia. Alguns já perceberam e até têm feito comentários de que já notaram o comportamento da imprensa em relação a mim. Como puderam ler acima, mostro para ilustrar um trecho de uma reportagem da VEJA, da semana passada, sobre o deputado Gabriel Chalita (PMDB – SP). Mas ele não vem ao caso aqui. Prestem atenção no que diz o texto da VEJA: “Ele (Chalita) se tornou o terceiro deputado mais votado do Brasil, no ano passado, logo atrás do palhaço Tiririca”. Ora, se Tiririca foi o primeiro e Chalita o terceiro, logo, tem no meio o segundo colocado, que não por acaso sou eu, que tive 700 mil votos e fui o vice-campeão, digamos assim. A VEJA não gosta de mim, todos lembram aquela capa que entrou para os anais do jornalismo marrom, onde me colocaram até chifres, e publicaram um monte de mentiras. Depois de anos de batalha, no ano passado, finalmente se fez justiça e a VEJA foi condenada. Viram agora como funciona? É como se eu não existisse, mas como disse Zagalo, eles estão sendo obrigados a me engolir.


25/07/2011 11:22
Reprodução de O Globo
Reprodução de O Globo


Vejam se eu não estava certo quando dizia que o objetivo das mudanças no ministério dos Transportes não era combater a corrupção e sim, atingir o deputado Valdemar Costa Neto (PR), para forçá-lo a renunciar e com isso automaticamente tirar o julgamento dos réus do Mensalão e passar para a primeira instância atrasando tudo e deixando para depois das eleições de 2012? Como podem ver pela matéria de O Globo, Dilma não vai mexer nos ministérios do PMDB, como informa o líder do partido, o deputado Eduardo Henrique Alves (RN). Segundo a matéria, Dilma também vê problemas no ministério do Trabalho, ocupado com Carlos Lupi (PDT) e no das Cidades, que tem como titular Mário Negromonte (PP), mas não quer se desgastar agora.

Quem leu o artigo que escrevi ontem “A presidente Dilma e as bandeiras do PT” lembra que eu falei justamente do combate à corrupção, como a principal bandeira abandonada por Lula e pelos petistas quando chegaram ao poder. Sem dúvida a presidente Dilma erra ao tomar a decisão de moralizar o ministério dos Transportes e deixar os outros como estão, mesmo sabendo de problemas em vários deles. Deixa claro para a população, que a sua prioridade não é combater a corrupção, e sim, o interesse político do PT.


25/07/2011 10:50
Enquanto Rosinha comemora aprovação, adversários buscam apoio de Cabral, Picciani e Paulo Melo, como mostra a coluna Informe do Dia
Enquanto Rosinha comemora aprovação, adversários buscam apoio de Cabral, Picciani e Paulo Melo, como mostra a coluna Informe do Dia


Como podem ver parece que a turma de Cabral e do PMDB considera a eleição de Campos como prioridade, até acima da cidade do Rio de Janeiro. Cabral, Picciani e Paulo Maria Mole estão oferecendo mundos e fundos à oposição campista. E não tenham dúvida de que vão descarregar caminhões de dinheiro contra Rosinha. Como mostra a nota do Informe do Dia, o PMDB pretende apoiar todos os candidatos de oposição a Rosinha. Já viram uma coisa dessas?

Mas não se preocupem que como mostrei no sábado, e reproduzo de novo abaixo, na semana passada, o Instituto Precisão divulgou pesquisa sobre o cenário eleitoral de Campos. Rosinha tem 58% e os quatro candidatos citados pela coluna somados têm 30%. Ou seja, Rosinha tem praticamente o dobro que a soma de seus opositores.

Além disso, na avaliação do seu desempenho Rosinha foi aprovada por 73% da população, com 19% de ótimo e 39% de bom.

Quanto à prefeita de São João da Barra, Carla Machado (PMDB) que diz que pode se lançar candidata em Campos, está sendo escorraçada pelo povo de sua cidade, entre outras coisas pelas desapropriações que está fazendo junto com o governo Cabral, expulsando produtores rurais, para Eike Batista poder implantar o Complexo do Açu. Se acha que vai conseguir enrolar o povo de Campos que tente a sorte.


Rosinha disparada na preferência do povo de Campos e com uma aprovação de 73%
Rosinha disparada na preferência do povo de Campos e com uma aprovação de 73%



24/07/2011 15:37
Reprodução da Revista O Globo
Reprodução da Revista O Globo


Depois de publicar, na sexta-feira, o artigo A Reinvenção do Rio, onde se auto-intitula reinventor da cidade, agora Eduardo Paes, num daqueles arroubos que misturam arrogância e deslumbramento com cinismo e deboche, se atribui nota 10 como prefeito. Aliás, se o ISP, de Cabral que contabiliza os índices da criminalidade fizesse uma pesquisa sobre a popularidade de Paes talvez desse até nota 11, porque ali, Beltrame faz mágica com os números. Não dá pra levar Paes a sério!


24/07/2011 13:24
Reprodução de manchete e subtítulos de O Globo
Reprodução de manchete e subtítulos de O Globo


O jornal O Globo mostra hoje, mais uma matéria sobre a negociata da terceirização dos carros da PM. Mostrando que a PM poderia comprar 1.200 carros novos só com o que já pagou à empresa Julio Simões. E estamos falando do primeiro contrato, não do novo ganho por uma subsidiária da Julio Simões (possui 95,5% das ações da empresa ganhadora) para o aluguel de carros da Renault, que por coincidência Eike Batista está negociando para ter uma participação na montadora francesa.

Tudo o que está na matéria eu denunciei desde 2008, há mais de dois anos. Até o fato de que na Bahia, um contrato semelhante da Julio Simões com a PM foi denunciado pelo MP de lá.

Mas engraçado que nem tentaram ouvir o “mágico da pacificação” José Mariano Beltrame que é o “pai” do contrato, embora na empresa Julio Simões seja chamado de “paizão”.

A novidade é que a 7ª Promotoria de Defesa da Cidadania do MP – RJ, segundo O Globo, abriu inquérito “para apurar indícios de superfaturamento no negócio”. Podiam aproveitar para abrir inquérito semelhante sobre as ambulâncias da TOESA, na Defesa Civil, por que que até agora só a Defensoria Pública da União é que está agindo.

Bem, se o inquérito do MP vai dar em alguma coisa, temos que esperar. Só o tempo nos dirá, mas eu estou igual a Tomé, na Bíblia, quero ver para crer.


24/07/2011 11:38
Cabral, com Maradona e a presidente Cristina Kirchner, em foto reproduzida da reportagem da revista Veja (edição desta semana)
Cabral, com Maradona e a presidente Cristina Kirchner, em foto reproduzida da reportagem da revista Veja (edição desta semana)


Como mostra esta semana, a revista VEJA, o esquema montado por Cabral com o empresário Ronaldo de Carvalho, através da Metalúrgica Valença, a fábrica que não fabrica nada, está dando frutos e chegou à Argentina. Na edição desta semana, uma reportagem mostra mais algumas novidades.

Cabral mentiu e não foi Eike Batista quem bancou as UPPs como foi dito. Foi o governo do Estado que bancou tudo.

Além dos R$ 4 milhões emprestados pelo governo Cabral a Ronald de Carvalho para implantar a fábrica que não fabrica nada, ainda recebeu uma generosa isenção fiscal de R$ 45 milhões. E tenho informações que a isenção fiscal depois foi ampliada, é maior que esse número.

E um detalhe que não vem na matéria, a viagem de Cabral à Argentina aconteceu justamente quando o Rio sofreu uma derrota histórica no Congresso e nos tomaram os royalties. Cabral estava preocupado era com os negócios com os amigos.


Reprodução da revista Veja
Reprodução da revista Veja