No Brasil, os dez maiores bancos detêm cerca de 66% dos ativos do sistema financeiro nacional.
Papel dos bancos públicos
Fernando Cardim destacou a importância do debate sobre o papel social dos bancos públicos. “Vimos durante a crise internacional, chamada pelo presidente Lula de marolinha, a importância da ampliação do crédito feita pelos bancos públicos. Mas esta ação tem sido feita apenas em momentos especiais, quando deveria ser uma prática comum dos bancos atenderem as demandas sociais”, ressalta. Ele questionou o aspecto mais mercadológico do Banco do Brasil. “A Caixa Econômica Federal e o BNDES são instrumentos naturais das ações do governo, mas o Banco do Brasil hoje possui acionistas privados e sua responsabilidade social está limitada a regras de mercados que protegem esses acionistas minoritários”, afirma.
Reinvestimentos
O economista apontou como proposta a chamada “securitização” do setor bancário, uma forma de garantir liquidez dos ativos para que os investidores assumam os riscos de seus investimentos e o crescimento econômico e social não seja comprometido. “Nos EUA, uma lei criada na época do governo Jimmy Carter obriga os bancos a reinvestirem seus ganhos nas mesmas comunidades e regiões onde eles captaram os recursos”, destaca. Ele disse ainda que é necessário a regulação do sistema financeiro para obrigar bancos e investidores a criarem contrapartidas sociais.
Cardim mostrou uma certa reserva em relação a proposta de estatização do setor financeiro. “É preciso saber que estatização é esta. Não adianta o controle estatal se não houver o controle público e social do estado. A regulamentação financeira, inclusive dos bancos públicos, é que é o debate fundamental”, conclui.
O economista apontou como proposta a chamada “securitização” do setor bancário, uma forma de garantir liquidez dos ativos para que os investidores assumam os riscos de seus investimentos e o crescimento econômico e social não seja comprometido. “Nos EUA, uma lei criada na época do governo Jimmy Carter obriga os bancos a reinvestirem seus ganhos nas mesmas comunidades e regiões onde eles captaram os recursos”, destaca. Ele disse ainda que é necessário a regulação do sistema financeiro para obrigar bancos e investidores a criarem contrapartidas sociais.
Cardim mostrou uma certa reserva em relação a proposta de estatização do setor financeiro. “É preciso saber que estatização é esta. Não adianta o controle estatal se não houver o controle público e social do estado. A regulamentação financeira, inclusive dos bancos públicos, é que é o debate fundamental”, conclui.
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