POR RAFAEL PAIVA
Rio - Trocadilhos à parte, a ida para o Guangzhou Evergrande é um negócio da China para Darío Conca, que passará a ser o terceiro jogador mais bem pago do planeta. O argentino receberá R$ 3 milhões de luvas para assinar por dois anos e meio com o clube do Oriente e mais salários de R$ 2 milhões — R$ 23,5 milhões por ano. Bem acima dos R$ 700 mil mensais pagos pelo Fluminense. O camisa 11 só perderia para Cristiano Ronaldo, do Real Madrid (R$ 27,1 milhões), e Lionel Messi, do Barcelona (R$ 23,7 milhões).
A proposta chinesa é de 12 milhões de dólares (R$ 18,7 milhões) pelos direitos econômicos do jogador. Cabe ao Fluminense 40% deste montante (R$ 7,9 milhões). A Unimed tem direito a outros 40% e a Traffic, a 20%. Parte do dinheiro arrecadado pelo clube será destinado à construção de um CT, que deve sair do papel até o início do ano que vem.
“Não havia nada que pudéssemos fazer. O valor da transferência era alto e irrecusável. Sentimos muito por ter que abrir mão dele”, comentou Sandro Lima, vice-presidente de futebol do Fluminense.
De olho nos dólares, Conca foi ontem a São Paulo fazer exames médicos e assinar contrato com o Guangzhou. A rescisão com o Tricolor também foi assinada ontem e ele deve ser confirmado pelo time chinês até segunda-feira.
A pedido do atleta, a diretoria resolveu não atrapalhar a saída de Conca, como confirmou Sandro Lima na noite de quinta-feira. “Em respeito ao ídolo que ele é, não dificultamos a sua saída”, declarou.
O próprio Abel Braga, que havia pedido para que a cúpula tricolor tentasse manter o argentino, se rendeu ao caminhão de dinheiro oferecido pelo clube chinês, que conta também com os brasileiros Renato Cajá, Paulão e Muriqui.
“Já tinha acontecido um primeiro contato há 15, 20 dias. De primeira, chamamos o Conca e ele falou que não iria. E o representante disse que iria insistir, faria de tudo para levá-lo. Chegou a nova proposta, que é absurda. O coloca entre os 10 mais bem pagos do mundo. Será uma oportunidade única para ele”, afirmou Abel.
A saída de Conca impediu que gravasse mais uma marca na história do time das Laranjeiras. Com 210 jogos com a camisa tricolor, ele estava a dois de igualar o paraguaio Romerito como o estrangeiro que mais atuou pelo Tricolor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário