quinta-feira, 7 de julho de 2011

Greve dos professores estaduais no Rio completa um mês

Rio - A greve de professores da rede estadual do Rio completa um mês nesta quinta-feira. O Sindicato Estadual de Profissionais de Educação (Sepe) marcou uma nova assembleia para a próxima quarta-feira, para definir os rumos da greve. Ao que tudo indica, a paralisação deve continuar. Os profissionais reivindicam um reajuste emergencial de 26% e o descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos.

Na última quarta-feira os profissionais de educação tiveram uma audiência na na Assembléia  Legislativa (Alerj) com deputados estaduais, para discutir a pauta de reivindicações da categoria. Na ocasião, o líder do governo  na  Alerj, deputado André Correa, afirmou que a antecipação  de uma parcela da incorporação do programa Nova Escola  deveria ser vista como  vitória do movimento.

O parlamentar afirmou ainda que o governo está disposto a apresentar uma política de recuperação salarial para os profissionais da educação para os próximos três anos. Tal recuperação seria independente da incorporação do Nova Escola e da Gratificação do Plano de Metas. Contudo, Corrêa afirmou que o governo ainda não tem condições para apresentar os índices que estariam envolvidos nesta política e solicitou a suspensão do movimento grevista para a instalação de uma efetiva mesa de negociação desta política de recuperação salarial.

A Secretaria de Educação informou que espera o fechamento do balanço da arrecadação estadual no primeiro semestre para estudar a viabilidade das reivindicações. Um novo encontro entre a secretaria e membros do sindicato para discutir as propostas deve acontecer em 15 de julho.

Segundo o Sepe, cerca de 60% dos funcionários aderiram ao movimento e 70% das escolas da baixada Fluminense estão paralisadas. Na capital, a porcentagem é de 50%. No interior, são 30% das escolas que estão sem aula. Já a Secretaria da Educação fala em uma adesão de 1,5% dos 51 mil professores. A Secretaria de Educação, no entanto, afirma que apenas 2% do segmento aderiu à greve e somente seis escolas apresentaram problemas.

A Seeduc ressaltou, em nota divulgada nesta quinta-feira, que em 2011 mais de R$ 1,2 bilhão serão investidos no setor. Segundo a nota, a verba será distribuída por diversos segmentos, entre eles a melhoria salarial dos professores e servidores, passando pela concessão do auxílio-transporte, pagamento de processos pendentes há mais de uma década, qualificação e formação para os docentes e obras em unidades escolares.

A nota informa, ainda, que o impacto estimado no valor do vencimento-base, de junho para julho, será de aproximadamente 9,2%. O salário base do docente de 16 horas semanais, por exemplo, passará de R$ 765,66 (junho/11) para R$ 836,10 (julho/11). Essas medidas beneficiarão cerca de 167 mil servidores da Educação, entre ativos, inativos e pensionistas; e representarão um esforço orçamentário de R$ 711 milhões em 2011.

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