terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Piloto do Globocop tem depoimento adiado

O helicóptero foi atingido por três tiros de fuzil nesta segunda-feira

Rio - O depoimento do piloto do Globocop, Antonio Ramos, marcado para esta terça-feira, foi adiado para quinta-feira. Segundo informações, o depoimento foi desmarcado à pedido da emissora. O helicóptero — modelo Eurocopter AS350 B2 — foi atingido por três tiros de fuzil, por volta de 7h30, desta segunda-feira. A repórter Karina Borges, o operador de sistemas Roberto Mello Reis e o piloto Antonio Ramos não se feriram.
>> FOTOGALERIA: Operação da Polícia Civil no Complexo de São Carlos

Em nota, a CGCOM informou apenas que “um dos projéteis atingiu o assoalho, o segundo, a região central, e o terceiro, a cauda da aeronave”. O que rompeu o assoalho atingiu um cabo do sistema de controle do rotor de cauda, afetando a dirigibilidade do Globocop e obrigando o piloto a realizar um pouso de emergência.
Foto: Arte / O Dia
Arte: O Dia
Foto: Arte / O Dia
Arte: O Dia
A Aeronáutica informou que equipe de peritos da Força Aérea Brasileira (FAB) esteve no aeroporto, mas não realizou perícia nem abriu investigação, o que ficará para a Polícia Civil.
Piloto da Record ajuda colega e o chama de herói
Há 12 anos acompanhando operações policiais no Rio, o piloto da TV Record Ricardo Malaguti, de 32 anos, tinha acabado de decolar e se dirigia para a região do Estácio quando avistou o Globocop já seguindo para Jacarepaguá, na Zona Oeste.

Assim que ele ouviu o comunicado da torre de comando do aeroporto, informando que o colega estava enfrentando dificuldades e teria de fazer um pouso forçado, ele começou a estabelecer contatos com o piloto Antonio Ramos pelo rádio. Toda a ação foi filmada pela Record.

“Como tinha uma visão melhor da situação, comecei a auxiliá-lo no pouso. Tranquilizei-o, dizendo que não havia fogo nem fumaça na cauda atingida. Como é experiente, ele estava calmo, embora o helicóptero estivesse bastante instável no ar. Ramos, na verdade, foi um herói, pois teve que desligar o motor e puxar o coletivo, uma espécie de freio de mão, até tocar o solo. O Globocop chegou a ‘quicar’”, elogiou Malaguti.

Segundo ele, o Globocop teria feito um trajeto de aproximadamente 18 km em linha reta em 15 minutos. O tempo normal dessa distância seria 10 minutos com a aeronave em condições normais.

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