segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Rodoviários do Rio fazem paralisação nesta terça

Hélio Almeida | Rio+ | 31/01/2011 18h48
Parte dos ônibus no município do Rio irá parar de circular a partir da meia-noite desta terça-feira. De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus da Cidade do Rio (Sintraturb-Rio), foi realizada uma assembleia no início da noite desta segunda para decidir os rumos da paralisação. A categoria reivindica melhores salários. A paralisação é feita pela dissidência do Sindicato dos Rodoviários.

A frota do município do Rio irá parar no prazo de um dia. Se entrarem em greve, 30% dos ônibus circulam, mas por tempo indeterminado. De acordo com a Secretaria municipal de Transportes, o município do Rio conta com cerca de 900 linhas de ônibus em circulação, com média diária de 3,4 milhões de passageiros.
Sindicato dos Rodoviários, que não apoia a paralisação, negou haver qualquer alteração nas atividades do setor, e afirmou que as informações fazem parte de um boato. Para este outro sindicato, uma assembleia está marcada para o dia 18 de fevereiro.

Sem aumento de salário há dez anos

De acordo com rodoviário Márcio Samary, em entrevista ao SRZD, a categoria do município está há mais de dez anos sem aumento salarial. Segundo Samary, os motoristas recebem R$ 1.337, mais o vale-refeição de R$ 64 mensais, em que R$ 12 são descontados. A reivindicação dos rodoviários do sindicato é o aumento para R$ 1.731,90, mais vale-refeição de R$ 15 diários, além de plano de saúde.

Márcio Samary informou que a categoria pretende se desvincular do sindicato, alegando que o grupo se tornou patronal. "Temos mais de 2 mil sindicalizados. Ao todo, temos 13 mil assinaturas para provar que estamos representando a categoria. Se não tiver negociação (com as empresas) iremos entrar em greve", afirma.

Motorista acumula função de cobrador

Os rodoviários denunciaram que as empresas criaram a profissão de motorista júnior. Márcio Samary disse que os empresários estão pagando R$ 800 (valor menor que os demais motoristas). Márcio declara que esses profissionais ficam em micro-ônibus e precisam fazer o papel de cobrador.

"Eles inventaram uma profissão onde o motorista dirige e cobra. Ele ganha menos e trabalha mais, e por dois. E os patrões não querem colocar os cobradores novamente. As empresas tiram o trabalho do cobrador, deixando de gerar 8 mil empregos", afirma.

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