quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Alencar: ‘Se eu morrer agora, está bom’

BRASIL - POLÍTICA

Ex-vice-presidente sai do hospital pela primeira vez em três meses para receber medalha

Brasília - Depois de deixar o hospital para receber ontem à tarde, na sede da prefeitura paulistana, a medalha 25 de Janeiro, com a presença da presidenta Dilma Rousseff, o ex-vice-presidente José Alencar ganhou permissão do médico Roberto Kalil Filho para dormir em sua casa, em São Paulo.

Participaram também da homenagem a Alencar — que foi parte da festa dos 457 anos de São Paulo — o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab; o governador Geraldo Alckmin; e o cardeal arcebispo do estado, dom Odilo Scherer.
Em seu discurso de agradecimento, José Alencar disse que está lutando contra a morte, mas manteve o bom humor.

“Se eu morrer agora, é um privilégio. Se eu morrer agora, está bom demais”, disse, lembrando que há muita gente rezando por ele. Em seguida, fez piada:
“O Lula me lembrou agora: o discurso deve ser como vestido de mulher. Nem tão curto que nos escandalize, nem tão longo que nos entristeça.”

Dilma, que chorou ao entregar a medalha ao homenageado, elogiou a atuação de Alencar como vice-presidente e afirmou: “Ele dá um exemplo de dignidade. Ele é um brasileiro que todo o povo aprendeu a admirar”.

Foi a primeira vez que o ex-vice-presidente deixou o Hospital Sírio-Libanês, onde está internado há três meses em seu tratamento contra o câncer.

Na primeira visita da presidenta a São Paulo, desde que assumiu o governo, o prefeito Gilberto Kassab, do DEM, cometeu uma gafe ao se referir a ela como “querida vice-presidente”, cargo de Michel Temer (PMDB), também presente na cerimônia.
Energia está na pauta da reunião com Obama
A reunião de Barack Obama, presidente dos EUA, com Dilma Rousseff, em março, em Brasília, terá na pauta temas como os programas de transferência de renda, energia, pré-sal, comércio exterior, direitos humanos e mudanças climáticas.
Os americanos sinalizaram o interesse de articular parcerias em relação a projetos do pré-sal e ações de cooperação para os países pobres, como o Haiti.

Assessores de Obama disseram que os investidores americanos estão preocupados com a perda de espaço para a China no Brasil.

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