quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Operação na Uruguaiana: produtos ilegais apreendidos lotam caminhões

Rio - A Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) informou, nesta quinta-feira, que já apreendeu material pirata ou contrabandeado em quantidade suficiente para lotar três caminhões. Este é o segundo dia de realização da operação 'Ilegal nunca mais' que tem o objetivo de acabar com o comércio ilegal no Camelódromo da Rua Uruguaiana, no Centro do Rio. Um comerciante foi preso em flagrante.
>> FOTOGALERIA: Polícia Civil e homens da Receita em ação no Camelódromo
De acordo com a delegada Valéria Aragão, titular da DRCPIM, a maioria do material apreendido é formado por CDs e DVDs, mas os agentes já recolheram tênis, roupas, óculos e relógios falsificados. A delegada informou também que as quadras B e C já foram vistoriadas e agora será a vez da verificação dos boxes que estão em situação irregular.
O material contrabandeado será levado para o depósito da Receita Federal. Já os falsificados seguem para uma galpão de associações antipirataria de São Paulo e um terceiro carregamento será transportado para um depósito destinado ao estoque de produtos vendidos ilegalmente.

Foto: Eduardo Naddar / Agência O Dia
Policiais civis na Uruguaiana: expectiva de recolhimento de R$ 20 milhões em mercadorias falsas ou contrabandeadas | Foto: Eduardo Naddar / Agência O Dia
Este é o segundo dia da ação que ainda deve ser realizada até a próxima sexta-feira. Durante madrugada, 30 agentes permaneceram no local para impedir que comerciantes voltassem para buscar mercadorias em espaços ainda fechados.

"O que faltava era iniciativa e integração. A Polícia Civil fez contato com a Receita Federal e com as marcas lesadas com a venda de produtos contrabandeados ou piratas e esta operação pôde ser realizada. Para que a vitória contra a pirataria seja completa, é preciso que a população colabore e não compre este tipo de produtos", disse a delegada Valéria Aragão, titular da DRCPIM.
Mas o processo para que o comércio de produtos ilegais seja encerrado ainda vai demandar tempo. De acordo com o secretário municipal de Ordem Pública, Alex Costa, a Prefeitura não pode aplicar multas, pois os boxes da Uruguaiana não têm licença para funcionar.
"A situação hoje é de ilegalidade total. Ninguém tem licença para operar na Uruguaiana. Estamos estudando o que fazer ali, já que o terreno é da Rio Trilhos. Ja conversei com o secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, e com o chefe de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, e vamos ver o que fazer. Mas não há como aplicar multas", disse Alex Costa.
Polícia Civil instala base na Uruguaiana
Nesta quinta-feira, a Polícia Civil instalou uma base avançada da DRCPIM. Até que as instalações definitivas sejam doadas pela Prefeitura, o trabalho será realizado em um furgão localizado na esquina das ruas da Alfândega e Uruguaiana.
"Estamos juntando documentação dos comerciantes legais e que foram cadastrados no ano passado. Vamos também encaminhar para a Prefeitura uma lista com os comerciantes e boxes responsáveis pela venda de produtos ilegais para que sejam tomadas as providências", completou a delegada Valéria Aragão.
A operação iniciada na quarta-feira tem a intenção de acabar não só com o comércio de produtos ilegais, mas também com o esquema de aluguel e até de venda dos 1.508 boxes, o que é proibido. O negócio, montado por um grupo já identificado, foi descoberto em sete meses de investigação.

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