sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

DAVA PARA EVITAR O PIOR

Governo Sérgio Cabral foi alertado, em 2008, sobre risco de tragédia na Região Serrana
SEMPRE AUSENTE - Sérgio Cabral, em Paris. Quando a tragédia das chuvas começou a se abater sobre a Região Serrana o governador estava, mais uma vez,na Europa
Um estudo encomendado pelo próprio Governo do Estado do Rio de Janeiro já alertava, desde novembro de 2008, sobre o risco de uma tragédia na Região Serrana. Passados mais de dois anos, o governo Sérgio Cabral engavetou o estudo e nada fez para, pelo menos, amenizar os efeitos da tragédia. Segundo o relatório, as cidades que corriam mais riscos eram justamente Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, os municípios mais devastados pelas chuvas e que registram o maior número de mortes.

O estudo apontou a necessidade do mapeamento de áreas de risco e sugeriu medidas como a recuperação da vegetação, principalmente em Nova Friburgo. Os especialistas alertavam ainda que “Petrópolis e Teresópolis poderiam ser atingidas por desastres de grande magnitude”, o que, de fato, aconteceu. 

A Defesa Civil do Estado do Rio também recebeu, horas antes das chuvas que deixaram milhares de mortos na Região Serrana, um boletim  do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) por email alertando sobre a existência de “condições meteorológicas favoráveis à ocorrência de fortes chuvas”, mas falhas de comunicação fizeram com que a população não fosse alertada a tempo dos riscos. Erros, descaso e incompetência do governo estadual custaram caro, inclusive com centenas de vidas ceifadas.

Sérgio Cabral se limita a culpar a natureza e a jogar a responsabilidade unicamente nos prefeitos das cidades atingidas. É hora de viajar menos a Paris e trabalhar mais pelo povo do Rio de Janeiro. E então, governador?

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