sábado, 15 de janeiro de 2011

NOVO SECRETARIO DE EDUCAÇÃO DO RIO, SÓ PENSA....... NAQUILO!!!




O Secretario de Educação do Governo do Estado do Rio de Janeiro, escolhido para comandar a Educação no Estado, é Wilson Risolia Rodrigues, 50 anos, é carioca, economista, com pós-graduação em Engenharia Econômica e Didática para o Ensino Superior, MBA em Finanças, Mestrado em Desenvolvimento Econômico pelo   Istituto di Studi Per Lo Sviluppo Econômico, em Nápoli, na Itália. Trabalhou no Banco Mercantil, Funcef, Grupo Rossi e na Caixa Econômica Federal, onde exerceu diversas funções. Antes de assumir a Secretaria de Estado de Educação, Wilson era diretor-presidente do Rio Previdência.
Como podemos notar pelo vasto currículo do secretario, o mesmo entende de muita coisa. Menos de educação, de gente, de crianças, adolescentes e jovens e adultos que trabalham e tentam estudar a noite.
Prova disso foi a sua primeira frase no ano passado sobre como seria a sua postura a frente da secretaria, e o mesmo mandou na lata “a educação é um produto e deve ser vista como um negócio”. Ele estava falando sério, tanto é que o ano iniciou e o mesmo já fala em metas, bônus, e coisas que existe a um bom tempo no mercado financeiro de onde o mesmo esteve trabalhando em tempos passados. A sua postura economicista, não leva em consideração as peculiaridades das “clientelas” ou simplesmente alunos e alunas ou seres humanos carentes em busca de qualificação. São pessoas que trabalham de dia e estudam a noite, que tem dificuldades para chegar às escolas nos horários, mas que são compreendidas pelos professores e professoras que entendem as suas necessidades e se desdobram para não deixar que os mesmos sintam-se desmotivados e parem de estudar. Este senhor nunca deve ter entrado em uma sala de aula, e observado como se comporta os atuais “clientes”.  São filhos de pais e mães separados, com históricos de violência doméstica, sexuais. São filhos de mães de família, que assumem cada vez mais o papel de provedora da casa e que por isso deixa seus filhos aos cuidados de terceiros. São moradores de áreas com pouco ou quase nenhuma água potável, saneamento básico, iluminação e segurança. Mas, também são aqueles aculturados pelas músicas de duplo sentido, das práticas de uso de mercadorias falsificadas, de tv´s comunitárias (gatonet). Não tem acesso a culturas diferentes, a espaços de aprendizados musicais, teatrais e literários não escolares. São crianças que desistem de se qualificar e ficam anos na mesma série apenas para dar satisfação aos pais e ao conselho tutelar. São estes os mesmo que arrependidos voltam mais tarde para recuperar o tempo perdido e com mais idade estão trabalhando em outras praças, fora de sua cidade ou bairro, ganhando pouco mais de um salário mínimo para sobreviver e a trancos e barrancos buscam melhorar a sua escolaridade. São essas pessoas que chegam atrasados nas aulas, mas comparecem e que precisam sair mais cedo para chegar a sua casa com segurança, e poder descansar e se preparar para mais um dia de trabalho. São estes brasileiros, que não conseguem um encaminhamento na vida, que volta a salas de aula para recuperar o tempo perdido é que vale a pena para cada professor deixar a sua residência, preparar as melhores aulas, trazer um conteúdo bom, mas ao mesmo tempo prazeroso. São para estas pessoas que querem modificar a sua vida, de receber os sim que elas merecem, de voltar a buscar o seu crescimento pessoal, do país, e de sua família é que nos motiva a fazer o melhor. Não tratamos alunos e alunas como mercadorias, pois o capitalismo empresarial, os patrões, e a vida já fazem isso. Ensinamos a estes, o valor do seu trabalho, da sua qualificação, olhamos cada um no olho e tiramos destes o seu melhor. Para se fazer algo edificante, o secretario deveria começar pelas creches, o ensino fundamental de qualidade em tempo integral, ofertas e propostas de inserção destas crianças no mundo da literatura, da música, da informação, criação de jogos educativos, artes marciais, investimento na educação física de qualidade, na alimentação com cardápios e acompanhamento de nutricionistas. Psicólogos, para alunos e alguns pais. Visita de assistentes sociais nas residências para acompanhar a vida de nossas crianças em casa. O tratamento destinado a elas, os conflitos. Além destes fatores, temos uma classe de trabalhadores em educação que vai dos professores, diretores, aos auxiliares de limpeza e conservação, coordenadores de turno etc. Pessoas que fazem mais do que devem. São estes profissionais, mal remunerados, sem auxilio, jogados a própria sorte, que sustentam a sua maneira os índices razoáveis de trabalho e convivência escolar. Esta estrutura podre, ineficaz, hipócrita, não tem como ir adiante, diante de tanta besteira, descaso e falta de seriedade. Mas, fácil é colocar cabrestos eletrônicos nos alunos, professores, manipular os horários através de computadores, criar mais tarefas inúteis aos professores, já assoberbados de trabalho e de deslocamento entre locais diferentes para conseguir manter sua família. A vida mostra que os processos devem ser realizados suavemente e estruturalmente, trazendo para si os responsáveis por estas mudanças, o desejo e a vontade dos mesmos para realização de parcerias saudáveis e verdadeiras. Impor goela abaixo não funciona e deixa marcas profundas. A valorização, o pedido de ajuda de quem entende são fatores primordiais para uma política séria e edificante, que a médio e longo prazo demonstra o seu acerto e a comunidade escolar mais confiante no futuro melhor, e mais forte.                     

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