quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Pesquisa traz nova esperança contra câncer de pele

Cientistas descobrem que ao bloquear proteína podem reduzir incidência de melanomas

POR PEDRO DE FIGUEIREDO
Rio - Um estudo publicado nesta quarta-feira na revista Nature traz esperança no tratamento contra o câncer de pele. Uma equipe de pesquisadores do National Cancer Institute of Maryland, nos Estados Unidos, observou que ao se bloquear uma proteína chamada interferon gamma, consegue-se diminuir a multiplicação acelerada de células da pele, e assim, a incidência de câncer nesta região.
Foto: Reprodução Internet
Melanócito: a célula que em reprodução acelerada causa o melanoma | Foto: Reprodução Internet
Para chegar à descoberta, os pesquisadores expuseram camundongos de laboratório à incidência de raios ultravioleta, altamente prejudiciais ao organismo. Como forma de defesa a estes raios, o organismo aumenta a produção de proteínas sinalizadoras como o interferon gamma, e causaria a infiltração de células do sistema imunológico, como os macrófagos. A presença destes na proximidade da pele desencadeia uma reproução acelerada e anormal dos melanócitos: células produtoras da melanina, pigmento de coloração da pele.

Ao se inibir a presença da proteína com remédios, o número de macrófagos é reduzido e a tendência de reprodução acelerada dos melanócitos é menor. Desta forma, consegue-se diminuir as chances de se desenvolver um melanoma, que é a forma mais agressiva e letal de câncer de pele. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que no ano 2000, 200 mil pessoas foram diagnosticas com a doença, das quais 65 mil morreram.

Segundo a professora de bioquímica médica do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Leila Pontes, o estudo é de grande importância, já que o melanoma é um tipo de câncer muito perigoso e letal.

"É um passo importante para a ciência, já que o melanoma é um dos tipos de câncer mais invasivos que existem. Isto ocorre porque as células da pele estão em constante renovação e muito próximas do sistema vascular, o que aumenta as chances de metástase ocasioanda por esse câncer", explicou Leila.

A professora acrescentou que o trabalho terá uma relevância ainda maior em países como o Brasil.

"O estudo terá uma relvância ainda mais significatiav em países tropicais, como o nosso, onde estamos mais expostos aos raios ultravioletas e, por consequência, mais propícios ao surgimento de melanomas", finalizou.

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