Cientistas descobrem que ao bloquear proteína podem reduzir incidência de melanomas
POR PEDRO DE FIGUEIREDO
Rio - Um estudo publicado nesta quarta-feira na revista Nature traz esperança no tratamento contra o câncer de pele. Uma equipe de pesquisadores do National Cancer Institute of Maryland, nos Estados Unidos, observou que ao se bloquear uma proteína chamada interferon gamma, consegue-se diminuir a multiplicação acelerada de células da pele, e assim, a incidência de câncer nesta região.Melanócito: a célula que em reprodução acelerada causa o melanoma | Foto: Reprodução Internet
Ao se inibir a presença da proteína com remédios, o número de macrófagos é reduzido e a tendência de reprodução acelerada dos melanócitos é menor. Desta forma, consegue-se diminuir as chances de se desenvolver um melanoma, que é a forma mais agressiva e letal de câncer de pele. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que no ano 2000, 200 mil pessoas foram diagnosticas com a doença, das quais 65 mil morreram.
Segundo a professora de bioquímica médica do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Leila Pontes, o estudo é de grande importância, já que o melanoma é um tipo de câncer muito perigoso e letal.
"É um passo importante para a ciência, já que o melanoma é um dos tipos de câncer mais invasivos que existem. Isto ocorre porque as células da pele estão em constante renovação e muito próximas do sistema vascular, o que aumenta as chances de metástase ocasioanda por esse câncer", explicou Leila.
A professora acrescentou que o trabalho terá uma relevância ainda maior em países como o Brasil.
"O estudo terá uma relvância ainda mais significatiav em países tropicais, como o nosso, onde estamos mais expostos aos raios ultravioletas e, por consequência, mais propícios ao surgimento de melanomas", finalizou.
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