Mais de mil voluntários lotaram o Hemorio: foi um recorde de doações de sangue
Rio - As imagens de desespero, destruição e dor na Região Serrana trouxeram mais do que sofrimento aos que assistem, de longe, às imagens da tragédia. Comovidos, os moradores do Rio deram exemplo de solidariedade: mais de mil pessoas foram ontem doar sangue no Hemorio, que registrou um recorde de voluntários em 66 anos de história. Muitos aproveitaram a hora de almoço.
Estudante doa sangue no Hemorio | Foto: Paulo Alvadia / Ag O Dia
“Acho que na hora que a gente vê um bombeiro entrando na lama e tirando uma vítima viva, a pessoa que doou sangue pode se sentir parte daquele salvamento”, diz Clarisse Lobo, diretora do Hemorio. “Mesmo com o tempo de espera de até três horas as pessoas não estão desistindo da doação porque sabem da importância”, diz.
O saguão de espera do Hemorio ficou tão cheio que voluntários faziam fila do lado de fora da unidade. “Fiquei impressionado com o sofrimento dos moradores e quero ajudar. Eu cheguei aqui às 11h e vou esperar o quanto for necessário”, contou o estudante Felipe Guilherme, 19, que saiu de Olaria para doar sangue no Hemorio. “Meu pai mora em Petrópolis e felizmente estava no Rio quando ocorreu a tragédia”, disse.
O saguão de espera do Hemorio ficou tão cheio que voluntários faziam fila do lado de fora da unidade. “Fiquei impressionado com o sofrimento dos moradores e quero ajudar. Eu cheguei aqui às 11h e vou esperar o quanto for necessário”, contou o estudante Felipe Guilherme, 19, que saiu de Olaria para doar sangue no Hemorio. “Meu pai mora em Petrópolis e felizmente estava no Rio quando ocorreu a tragédia”, disse.
Imagens da tragédia em Teresópolis: município foi o mais atingido pelas chuvas na Região Serrana | Foto: Divulgação
Aos 18 anos, a estudante Monica Carvalho superou o medo e doou sangue pela primeira vez. “Vi tantas pessoas sendo resgatadas que resolvi ajudar de alguma forma. Estou nervosa, mas feliz”, contou Mônica, que chegou às 9h e, às 13h, estava doando. “Quando cheguei vi o Hemorio cheio, fiquei mais motivada a ajudar.”
O sentimento de solidariedade envolveu também os funcionários do Hemorio, que desde a tragédia está fornecendo sangue para a Região Serrana. “Estamos funcionando com a capacidade máxima. Todos os funcionários, inclusive os que estão de férias, estão trabalhando para diminuir o tempo de espera”, disse Clarisse. O Hemorio é na R. Frei Caneca 8, Centro.
Internet, artistas, atletas
A solidariedade mobilizou as redes sociais da web, empresas, artistas, atletas e torcidas de futebol. “Acabei de falar com minha mãe. Assim como fizemos em Santa Catarina, iniciamos uma campanha para os alunos das Apaes que foram atingidas pela chuva no Rio”, escreveu o tenista Gustavo Kuerten, no seu microblog.
O cantor Evandro Mesquita incentivou as doações através da sua página no Twitter. “Ajude a divulgar que o Ginásio Pedrão, em Teresópolis, tá servindo de abrigo e recebendo doações”. A atriz Nívea Stelmann contou que já passou por drama parecido com a das vítimas da Região Serra. “Minha família já passou por isso... perdi um tio soterrado em Petrópolis. Tristeza sem fim.”
O sentimento de solidariedade envolveu também os funcionários do Hemorio, que desde a tragédia está fornecendo sangue para a Região Serrana. “Estamos funcionando com a capacidade máxima. Todos os funcionários, inclusive os que estão de férias, estão trabalhando para diminuir o tempo de espera”, disse Clarisse. O Hemorio é na R. Frei Caneca 8, Centro.
Internet, artistas, atletas
A solidariedade mobilizou as redes sociais da web, empresas, artistas, atletas e torcidas de futebol. “Acabei de falar com minha mãe. Assim como fizemos em Santa Catarina, iniciamos uma campanha para os alunos das Apaes que foram atingidas pela chuva no Rio”, escreveu o tenista Gustavo Kuerten, no seu microblog.
O cantor Evandro Mesquita incentivou as doações através da sua página no Twitter. “Ajude a divulgar que o Ginásio Pedrão, em Teresópolis, tá servindo de abrigo e recebendo doações”. A atriz Nívea Stelmann contou que já passou por drama parecido com a das vítimas da Região Serra. “Minha família já passou por isso... perdi um tio soterrado em Petrópolis. Tristeza sem fim.”
Reportagens de Aurélio Gimenez, Christina Nascimento, Diego Barreto, Fernanda Alves, Flávia Muniz, Francisco Edson Alves, Isabel Boechat, Luarlindo Ernesto, Marcello Victor, Marco Aurélio Reis, Maria Luisa Barros, Maria Mazzei, Pâmela Oliveira, Paula Sarapu, Sheila Machado, Vania Cunha
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