Veículos oficiais da PM eram utilizados por paramilitares de Caxias para vigiar suas áreas
POR MARIA MAZZEI
Rio - Carros oficiais da Polícia Militar eram usados pela maior milícia de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense — desarticulada terça-feira pela Polícia Civil e Ministério Público (MP) — para vigiar as áreas dominadas pelo bando. De acordo com denúncia do MP, o segundo-tenente Samuel Felipe Dantas de Farias desempenhava importante papel na quadrilha. Era ele quem, valendo-se do fato de ser oficial, manipulava as ações policiais e o atendimento de ocorrências, desviando viaturas e dando aparência de legalidade ao suposto serviço de ronda.
Conforme denúncia do MP, era Samuel quem repassar as ordens dos chefes — os vereadores Jonas Gonçalves da Silva, o Jonas É Nós, e Sebastião Ferreira da Silva, o Chiquinho Grandão, ambos preso — para os milicianos da região que gerenciava. As determinações incluíam divisões de lucros, assassinatos, ameaças e agressões.
O oficial e mais 12 PMs da ativa foram presos terça-feira durante a Operação Capa Preta. Também foram capturados quatro ex-PMs, um comissário da Polícia Civil, um sargento do Exército, um fuzileiro naval.
O bando é acusado de ter cometido, em três anos, cerca de 50 homicídios no município, todos nos oito bairros que o bando controlava. Entre os crimes, a polícia investiga a morte de um presidente de associação de moradores.
Fonte: Jornal O Dia
Policiais civis vasculharam endereços de suspeitos de integrar milícia | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
O tenente, segundo o MP, “gerenciava as atividades ilícitas que davam o lucro à quadrilha, dando atenção especial à venda de armas de fogo a traficantes do Complexo do Alemão, ao monopólio sobre a mercadorias de cestas básicas, distribuição ilícita de TV a cabo, empréstimos de dinheiro a juros de 30% mensais e exploração do jogo de azar.” A atuação do policial ocorria principalmente nos bairros Pantanal, Vila Rosário e Parque Suécia.Conforme denúncia do MP, era Samuel quem repassar as ordens dos chefes — os vereadores Jonas Gonçalves da Silva, o Jonas É Nós, e Sebastião Ferreira da Silva, o Chiquinho Grandão, ambos preso — para os milicianos da região que gerenciava. As determinações incluíam divisões de lucros, assassinatos, ameaças e agressões.
O oficial e mais 12 PMs da ativa foram presos terça-feira durante a Operação Capa Preta. Também foram capturados quatro ex-PMs, um comissário da Polícia Civil, um sargento do Exército, um fuzileiro naval.
O bando é acusado de ter cometido, em três anos, cerca de 50 homicídios no município, todos nos oito bairros que o bando controlava. Entre os crimes, a polícia investiga a morte de um presidente de associação de moradores.
Fonte: Jornal O Dia
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