Operação da Polícia Civil prende 20 suspeitos na Baixada Fluminense
Renata Stuart/ Do R7 | 21/12/2010 às 13h53Rede Record
Vereador Sebastião Ferreira da Silva, conhecido como “Chiquinho Grandão”, sendo preso
Uma escuta telefônica, interceptada por policiais da Draco/IE (Delegacia de de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais), registrou o momento em que milicianos da Baixada Fluminense negociavam a venda de armas com traficantes do Complexo do Alemão.
Para o delegado Claudio Ferraz a escuta mostra que as milícias e o tráfico são a mesma coisa
- É um marco, porque mostra que a milícia não se contrapõe ao tráfico. Quando percebem uma oportunidade eles se unem.
A escuta telefônica é resultado de seis meses de operação da polícia civil. Nesta terça-feira 20 pessoas foram presas, em Duque Caxias, na Baixada Fluminense.
A operação batizada de “Capa Preta” teve como objetivo desarticular um grupo de milicianos, que atuava na Baixada Fluminense.
Entre os presos estão os vereadores Jonas Gonçalves da Silva, o “Jonas é Nóis”, PM reformado, e Sebastião Ferreira da Silva, conhecido como “Chiquinho Grandão”. Os dois estavam em casa no momento da prisão.
A operação contou com a participação de 200 policiais civis de várias delegacias especializadas.
Ao todo são 34 mandados de prisão e 54 de busca e apreensão, expedidos pela Justiça. Entre os procurados, 13 são policiais militares na ativa e outros cinco, ex-PMs.
Os dois vereadores presos foram indiciados na CPI das milícias, em 2008, mas a partir de uma emenda constitucional, um grupo de deputados retirou do relatório final o nome de Sebastião Ferreira da Silva, conhecido como “Chiquinho Grandão”.
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