terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Brasil tem 14 milhões de analfabetos acima dos 15 anos

Rio - Um relatório divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que, apesar da redução do número absoluto de analfabetos, 14 milhões de pessoas acima de 15 anos não sabem ler ou escrever em todo o país. Em termos relativos, a taxa de analfabetismo caiu cerca de 1,8 ponto percentual, passando de 11,5% para 9,7%.


As regiões Norte e Nordeste registraram as maiores quedas, mas ainda foi insuficiente, segundo o Ipea, para diminuir significativamente as desigualdades inter-regionais. O analfabetismo no Nordeste entre pessoas de 15 anos ou mais é cerca de 3,4 vezes maior que o Sul.

15 a 64 anos

A redução nesta faixa etária foi mais acentuada, diminuindo de 9,1% para 7,3%, o que corresponde a uma queda de quase 21%. Em números absolutos, o número de analfabetos caiu em 14%, ou seja, cerca de 1,5 milhão de pessoas deixaram esta condição.

O acesso aos programas de alfabetização de jovens e adultos na faixa de 15 a 64 anos foi maior, se comparados à de idosos, e a redução do analfabetismo entre esta faixa etária foi favorecida pelo ingresso de jovens alfabetizados e pela saída de pessoas analfabetas com mais de 60 anos. Essa redução ocorreu de forma mais equilibrada entre as regiões brasileiras.

65 anos ou mais

A taxa de analfabetismo entre idosos reduziu de 34,4% para 30,8%. Entretanto, houve um aumento em números absolutos de 490 mil analfabetos. Tal crescimento se deve à mudança de faixa etária de pessoas analfabetas que se encontravam, em 2004, com idade entre 60 e 64 anos.

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