domingo, 7 de novembro de 2010

Santander apaga marca Real

Agências terão um nome até fim do mês. Novos cartões chegam para clientes até março

POR LUCIENE BRAGA
São Paulo - O banco Santander anunciou ontem que vai acabar com a marca Real, da instituição comprada em 2007, até o fim do mês. Seis agências em cinco estados mudaram suas fachadas simbolicamente ontem e agora seguem o padrão do grupo. No Rio, uma unidade na Barra da Tijuca foi escolhida. O presidente mundial da instituição financeira, Emílio Botín, participou da cerimônia.

As trocas nos números de contas e agências estão previstas para o primeiro trimestre de 2011, mas não serão obrigatórias. Até março, clientes do banco Real vão manter as informações de identificação da conta e poderão acessar o mesmo site (www.bancoreal.com.br), que terá a marca Santander.

Segundo o presidente do Santander Brasil, Fábio Barbosa, cartões e talões de cheque com a marca banco Real continuarão a ser aceitos. O Disque Real, SAC e Ouvidoria seguem com os mesmos telefones. “Os clientes poderão usar qualquer ponto de atendimento de ambos os bancos para realizar a maioria das operações”, explicou ele. Operações de crédito serão exclusivas na agência onde a conta foi aberta. Mas os empréstimos via caixa automático podem ser feitos em qualquer unidade dentro do País.

José Paiva, vice-presidente de Varejo do Santander, informou que os novos números não serão impostos ao cliente. “Ele poderá continuar com todos os dados do Real, porque teremos uma plataforma tecnológica que permite isso. Para o cliente, nada muda. Nós é que vamos enxergá-lo com o número que será gerado nos padrões Santander”, explicou. O Banco Central não define prazo para concluir a migração.

Para clientes do Real que viajarem ao exterior, ainda não é possível efetuar saques no Santander, mas eles poderão movimentar a conta na rede ATM de caixas eletrônicos.
Brasil ganha elogios e investimentos
Cerimônia, o presidente mundial do Santander, Emílio Botín, elogiou o Brasil, que hoje representa 25% do resultado geral do grupo no mundo. A Espanha é responsável por 17%. Botín destacou que o banco é o terceiro maior privado no País. “O Brasil deu uma lição na crise mundial. É confiável e respeitado nos fóruns mundiais”, comentou.
Dos 170 mil funcionários do banco no mundo, 52 mil ficam no Brasil. “A aposta do Santander no Brasil se manteve firme nos bons e maus momentos. O banco investiu US$ 27 bilhões na economia brasileira”, afirmou ele.
A meta da instituição é abrir mais 600 agências até 2013. “O cenário é de forte bancarização e desenvolvimento econômico. Se mantiver esse ritmo, em pouco mais de uma década, se tornará a quinta economia do mundo”, acrescentou o executivo. O Santander planeja ainda construir uma unidade de tecnologia em Campinas, no interior de São Paulo.

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