segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Amorim descarta continuar ministro das Relações Exteriores com Dilma Chanceler foi o que mais tempo ficou à frente da diplomacia brasileira

Chanceler foi o que mais tempo ficou à frente da diplomacia brasileira
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Amorim foi considerado o "melhor chanceler" do mundo pela revista Foreign Affairs em 2009; ministro superou Barão do Rio Branco no cargo
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O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou em entrevista publicada nesta segunda-feira (15) que não pretende continuar como chanceler no governo da presidente eleita Dilma Rousseff, que assumirá o cargo no dia 1º de janeiro. - Considero minha missão cumprida(...) Precisamos de gente mais nova. Eu já estou velho, tenho 68 anos, vivi muito.
O chefe da diplomacia brasileira fez as declarações em uma entrevista publicada pelo jornal Folha de S. Paulo. Amorim é o ministro que por mais tempo esteve à frente do Palácio do Itamaraty, sede do ministério. E chegou a superar o Barão do Rio Branco, considerado o pai da diplomacia brasileira.
Diplomata de carreira, Amorim foi ministro das Relações Exteriores entre 1993 e 1994, durante o governo de Itamar Franco, e entre 2003 e a atualidade, nos dois mandatos consecutivos de Luiz Inácio Lula da Silva.
Amorim foi considerado o melhor chanceler do mundo
O ministro lembrou que em 2009 recebeu a distinção de "melhor chanceler do mundo" pela revista Foreign Affairs e afirmou que não pode aspirar a maiores reconhecimentos.
- É melhor sair no ápice do que esperar acontecer alguma coisa.
Perguntado sobre o que seria o ápice, declarou: "Você lê qualquer jornal internacional, mesmo os que são contra algum aspecto da política externa brasileira, e todos dizem que a importância do Brasil no mundo cresceu". O ministro atribuiu o "êxito" da política externa brasileira à "personalidade" de Lula e à "visão inovadora" da diplomacia do país, que nestes últimos oito anos passou a ser "altiva e ativa".
Além disso, Amorim defendeu a política de estreitar relações com países africanos, árabes e asiáticos, com os quais o Brasil não mantinha laços.

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