terça-feira, 2 de novembro de 2010

Rio recupera nível de emprego que tinha antes da crise

Estado e as empresas privadas geraram 149.247 vagas até setembro
O Estado do Rio de Janeiro superou a crise financeira internacional se levado em consideração os números da economia fluminense no mês de setembro, cerca de dois anos após o início do choque econômico que afetou a economia dos países desenvolvidos.
Entre os meses de janeiro a setembro, o Estado e as empresas privadas geraram 149.247 postos de trabalho, contra 55.316 no mesmo período de 2009. Em 2008, os empregos formais criados no estado atingiram a marca de 142.151. Os dados foram divulgados pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).

No terceiro trimestre (de julho a setembro), as vagas com carteiras assinada somaram 60.656, com mais da metade apenas no setor de serviços (30.655), valor que representa recorde histórico para o segmento fluminense. O comércio gerou 11.400 vagas de emprego e a indústria 10.800.

Nos nove primeiros meses, a indústria geral respondeu pela geração de 30.542 empregos, com 26.047 postos na indústria de transformação. A indústria de transformação é aquela que utiliza determinada matéria-prima em um produto final ou intermediário para outra indústria de transformação.

Por exemplo, as refinarias de petróleo usam o produto como matéria-prima tanto para produtos finais, como o óleo diesel e gasolina, quanto em produtos intermediários como o nafta, que é utilizada pela indústria petroquímica em diversos produtos como, por exemplo, os plásticos.

De acordo com a nota da instituição, o chefe da divisão de estudos econômicos da Firjan, Guilherme Mercês, avalia que a expansão do emprego no Rio de Janeiro acompanhou o ritmo do Brasil – que apesar da crise conseguiu manter os postos de trabalho sem que houvesse forte redução da mão-de-obra – e ressaltou que o Estado tem perspectivas mais positivas do que a média do país. Em relação a 2008, o mercado de trabalho nacional avançou 5,5%.

- O Rio tem uma indústria automobilística forte na região sul e uma demanda aquecida por construção civil. Isso impulsiona a indústria de transformação, sobretudo a metalurgia e a siderurgia. A conjuntura favorável é potencializada pelas obras de infraestrutura para Copa e Olimpíadas e pela perspectiva do pré-sal. A taxa de desemprego do Rio está próximo dos 5%, uma das menores do país.

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