terça-feira, 9 de novembro de 2010

Esforço na reta final para curtir as tão sonhadas férias

Por Mônica Vitória

Novembro chegou, o ano está acabando e a palavra “férias” já começa a atiçar os ânimos dos alunos. A não ser, é claro, por uma pequena ameaça que assalta aqueles que não se saíram bem nos outros bimestres: a recuperação! Desesperador para alguns, quase habitual para outros, o período de preparação para a avaliação extra é a última chance para quem não quer repetir de ano. Mas não adianta ficar encucado, pensando “será que vou passar?”. Com esforço e determinação, é perfeitamente possível recuperar muito conteúdo perdido em pouco tempo. O importante é começar desde já!

Paulo Souza, aluno do primeiro ano do Colégio Estadual Moacyr Padilha, tem “experiência” no assunto. Já ficou em recuperação várias vezes e até repetiu de ano. Atualmente está em dependência em duas matérias, e teme ser reprovado de novo. “Tenho notas muito baixas, as aulas são cansativas... Até tentei me esforçar mais este ano, mas sinto muita dificuldade para aprender física, matemática e química”, conta. Como o relacionamento entre alguns professores e a turma não é dos melhores, Paulo admite que evita pedir ajuda quando deveria – o que só agrava o problema.

Mas, mesmo com esse histórico desfavorável, Paulo não perde a esperança. “Aprendi muito com isso. Estou participando de um projeto de reforço na escola, para aqueles que não têm condições financeiras de ter aulas particulares. Temos que estudar bastante, nos esforçar ao máximo porque tudo tem uma solução. Quanto mais tentamos, mas temos chances de passar e tirar boas notas azuis”, aconselha. E nessas horas, qualquer coisa que tire o foco da matéria pode ser fatal. “O mais chato é ter que recuperar algo que, se eu tivesse prestado atenção antes, não precisaria rever. Eu tentei, mas os amigos não deixaram!”, brinca Paulo.

Aluno do Ciep 274 Maria Amélia Daflon Ferro, de São Sebastião do Alto, Geison Luiz também está numa situação delicada, mas ainda não se deixou abater. “Ainda é cedo pra dizer, mas pode ser que fique em matemática. Nunca gostei nem vou gostar de matemática. E como não gosto, acabo estudando menos. Além de a disciplina ser difícil, os jovens hoje não costumam ter sua hora de estudo, e isso acaba prejudicando. Se eu estudasse um pouco mais, conseguiria notas melhores. Mas não estou preocupado com recuperação ainda. Sei que quando quero, consigo”, garante.

Com os números pegando no pé, Geison já passou por uma recuperação, mas conseguiu ser aprovado com tranquilidade na época. Pelo menos nas outras matérias, ele está tentando fazer o que pode. “Não sou muito de me prender a livros e anotações. Estudo o que acho que é necessário para mim. Mas sei que não basta estudar só no último dia. Minha atenção nas aulas é alta, tiro minhas dúvidas, peço que explique de novo, revejo conteúdo em casa, faço as atividades, entre outras coisas”, diz.

Menos animada com uma recuperação, Jaqueline Souza, estudante do Instituto de Educação de Nova Friburgo, afirma que está com preguiça de estudar e perdeu as chances de passar de ano. “Já passei pelo conselho de promoção (avaliação após a recuperação semestral) em dois anos, em matemática e história. Fui aprovada, mas dessa vez ficarei retida”, afirma Jaqueline. A aluna apresenta Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, e por isso, passa por uma avaliação especial. “Mas não quero ser aprovada por essa avaliação; queria ficar como qualquer outro aluno”, completa.

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