Cobertura triunfalista ou comunitária? Ambas Por Alberto Dines em 29/11/2010 | |
A mídia deve ser questionada? Sim. Deve ser criticada? Sim. Quando? Sempre. Mas nem sempre as críticas à mídia e os críticos da mídia estão livres de preconceitos, lugares-comuns, distorções. Ou simples mau humor. Na operação policial-militar em curso no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, chamam a atenção dois textos sobre o desempenho dos meios de comunicação que vale a pena examinar como prova da imperiosa necessidade de manter ligado, de ponta a ponta, o processo crítico. O desabafo de Luiz Eduardo Soares, postado em seu blog na quinta-feira (25/11), merece a precedência não apenas porque foi o primeiro a tentar um exame em profundidade da cobertura da liberação da Vila Cruzeiro, mas porque o currículo profissional, a figura e a autoridade moral do autor colocam-no num patamar que poucos têm condição de igualar. Mas trata-se de um desabafo irritado, visivelmente magoado. Não devem lhe faltar razões, mas ao referir-se ao "pastiche midiático" e usar como gancho a edição do Jornal Nacional daquela noite, Soares generaliza, simplifica, desfoca e passa ao largo do esforço de uma legião de profissionais da imprensa – tanto na linha de frente como na retaguarda – enfiados numa guerra para a qual talvez não estivessem tecnicamente preparados mas que, como cidadãos, mantiveram-se afinados e entrosados com a sociedade à qual devem servir. Operadores batidos Para um estudioso do porte de Luiz Eduardo Soares o fim do narcotráfico fluminense era irreversível, porém esta certeza jamais foi insinuada e compartilhada com aqueles que há décadas são humilhados pelo terror no Rio de Janeiro. Para o consagrado autor da série de livros Elite da Tropa que deram suporte aos filmes Tropa de Elite, as facções criminosas da Vila Cruzeiro, Penha e Complexo do Alemão estavam fadadas ao aniquilamento. Esta convicção, no entanto, não transparecia nos comunicados oficiais nem na atitude das autoridades. Na sua incansável tarefa de abastecer a mídia com informações e reflexões, Soares jamais ofereceu a mesma convicção. Jornalistas têm o direito de participar. E mesmo comemorar. Sobretudo quando oferecem evidências e atendem a um sentimento unânime do seu público. Seria hipócrita e insano abdicar de um tom esperançoso ou mesmo triunfalista nesta inédita façanha já que nessas três décadas foram raras as ocasiões para vislumbrar derrotas do imbatível narcoterrorismo. Mas Soares tem razão ao exigir a despolarização do confronto Estado vs. Crime. Há outros beligerantes nesta guerra, talvez ainda mais perigosos do que os bandidos porque atuam protegidos pela lei – as milícias e os esquemas políticos corruptos que as suportam. Mas Soares não pode ignorar uma questão comezinha: a partir do momento em que os operadores do crime parecem batidos e desorientados – como aconteceu nos últimos dias – as milícias e máfias protetoras perdem sua razão de existir. Ou, pelo menos, parte dos argumentos para vender os seus serviços e se legitimarem. Imprecisões, arrogância Curiosamente, a expressão "pastiche midiático" empregada por Soares tem a mesma conotação do título de uma coluna da Folha de S. Paulo publicada dois dias depois e assinada por Fernando de Barros e Silva (sábado, 27/11, pág. 2). "Tropa da mídia" é uma infeliz alusão ao suporte conceitual e factual oferecido pelo mesmo Soares aos dois sucessos de bilheteria. Juntando os fatos do dia às suas opiniões como cinéfilo e temperando-os com o indefectível esnobismo dos quatrocentões paulistanos, o colunista sobe ao Olimpo para proclamar: Coisas de quem é obrigado a escrever quase todos os dias e ainda cuidar da cobertura política de um jornalão nacional que faz tremer todas as esferas do poder. Mas no dia anterior, sexta-feira, cometeu outra bem intencionada profecia ("Propaganda de Guerra"): Nenhuma palavra sobre questões propriamente políticas: foi legítima esta intervenção federal numa unidade da Federação sem os devidos ritos legais? A federalização da luta contra o narcoterrorismo não dá razão ao candidato da oposição nas recentes presidenciais? Luis Eduardo Soares deu nome aos bois: não gostou da edição do Jornal Nacional de 25/11 e o disse com todas as letras. Mas em "Tropa da Mídia", o colunista trata da mídia como se a Folha não fosse parte dela ou não se deixasse levar pelas mesmas imprecisões, leviandades e arrogância dos seus parceiros de corporação. Mercado consumidor Esta Batalha do Rio de Janeiro comprova que na mídia impressa apenas os semanários conseguem ser minimamente nacionais. Os três jornalões padecem da mesma origem paroquial: o Globo é um jornal carioca, popular, com nítida vibração vespertina enquanto a Folha e Estado conservam a mesma afetação dos barões do café e fascinam-se mais com a história dos rapazes de classe média que espancam transeuntes da Avenida Paulista do que com esta vitória do Estado de Direito contra o narcotráfico. Como se a maior consumidora de cocaína do país não fosse a desvairada Paulicéia. *** Em tempo – Para o ombudsman-reserva da Folha, Nelson de Sá, as redes Globo e Record "se engajaram no discurso oficialista" (Folha de S.Paulo, 29/11). A imprensa de Chicago dos anos 1920-30 saudou ou lamentou o desbaratamento das máfias da cidade? Perguntem ao Francis Ford Coppola – ele está na praça. |
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
RIO CONTRA O CRIME
Maiores bancos da Irlanda serão estatizados, projetam analistas
País deve injetar até R$ 27 bilhões para recuperar sistema financeiro
Em troca do socorro governamental, todos os cinco maiores bancos da Irlanda serão total ou parcialmente nacionalizados, com participações que vão de 51% a 100%. A estimativa vem sendo feita por analistas econômicos da agência Fitch e por autoridades do país.
O governo deve injetar até R$ 27 bilhões (12 bilhões de euros) para recuperar o sistema financeiro. Durante a crise econômica de 2008, o país já havia recebido cerca de R$ 105 bilhões (46 bilhões de euros). Todo o oligopólio do sistema financeiro irlandês está incluído.
A crise de 2008 favoreceu o endividamento de alguns países europeus, como a Irlanda, que agora procuram ajuda externa para equilibrar suas finanças. Além da recuperação do setor financeiro, os governos têm reduzido salários e aumentado impostos.
Já detentor de 100% das ações do Anglo Irish Bank desde 2009 - quando a instituição foi nacionalizada em troca de um empréstimo de R$ 68,3 bilhões (30 bilhões de euros), o equivalente a 20% do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas do país) -, o governo de Brian Cowen também deve superar os 90% de ações no Allied Irish Bank (AIB), do qual hoje detém 18% de participação. Além dos dois, o Estado também deve assumir o controle do Bank of Ireland, elevando sua participação acionária dos atuais 34% para mais de 50%.
AIB e Bank of Ireland perderam 80% de seus valores de mercado desde a eclosão da falência do Lehman Brothers, em setembro de 2008. As três instituições dividem o mercado de 4,4 milhões de clientes do país. Dois outros bancos de financiamento imobiliário, o EBS e o Irish Nationwide (INBS), também já são controlados pelo poder público, que detém 51% das ações das duas empresas.
A nacionalização, entretanto, vai custar caro à Irlanda. Só o AIB pode receber até R$ 16 bilhões (7 bilhões de euros) dos R$ 193 bilhões (85 bilhões de euros) em recursos prometidos pela UE (União Europeia) e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
E nem a injeção de recursos é capaz de garantir a seguridade da instituição. Desde janeiro, o banco já perdeu R$ 29,6 bilhões (13 bilhões de euros) em depósitos de seus clientes.
Em troca do socorro governamental, todos os cinco maiores bancos da Irlanda serão total ou parcialmente nacionalizados, com participações que vão de 51% a 100%. A estimativa vem sendo feita por analistas econômicos da agência Fitch e por autoridades do país.
O governo deve injetar até R$ 27 bilhões (12 bilhões de euros) para recuperar o sistema financeiro. Durante a crise econômica de 2008, o país já havia recebido cerca de R$ 105 bilhões (46 bilhões de euros). Todo o oligopólio do sistema financeiro irlandês está incluído.
A crise de 2008 favoreceu o endividamento de alguns países europeus, como a Irlanda, que agora procuram ajuda externa para equilibrar suas finanças. Além da recuperação do setor financeiro, os governos têm reduzido salários e aumentado impostos.
Já detentor de 100% das ações do Anglo Irish Bank desde 2009 - quando a instituição foi nacionalizada em troca de um empréstimo de R$ 68,3 bilhões (30 bilhões de euros), o equivalente a 20% do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas do país) -, o governo de Brian Cowen também deve superar os 90% de ações no Allied Irish Bank (AIB), do qual hoje detém 18% de participação. Além dos dois, o Estado também deve assumir o controle do Bank of Ireland, elevando sua participação acionária dos atuais 34% para mais de 50%.
AIB e Bank of Ireland perderam 80% de seus valores de mercado desde a eclosão da falência do Lehman Brothers, em setembro de 2008. As três instituições dividem o mercado de 4,4 milhões de clientes do país. Dois outros bancos de financiamento imobiliário, o EBS e o Irish Nationwide (INBS), também já são controlados pelo poder público, que detém 51% das ações das duas empresas.
A nacionalização, entretanto, vai custar caro à Irlanda. Só o AIB pode receber até R$ 16 bilhões (7 bilhões de euros) dos R$ 193 bilhões (85 bilhões de euros) em recursos prometidos pela UE (União Europeia) e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
E nem a injeção de recursos é capaz de garantir a seguridade da instituição. Desde janeiro, o banco já perdeu R$ 29,6 bilhões (13 bilhões de euros) em depósitos de seus clientes.
domingo, 28 de novembro de 2010
Piada muito bem bolada...ótima!!!!!!!!!!
Um senador está andando tranqüilamente quando é atropelado e morre.
A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada.
-'Bem-vindo ao Paraíso!'; diz São Pedro
-'Antes que você entre, há um probleminha.
Raramente vemos parlamentares por aqui, sabe, então não sabemos bem o que fazer com você.
-'Não vejo problema, é só me deixar entrar', diz o antigo senador.
-'Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte:
Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade.
-'Não precisa, já resolvi. Qu ero ficar no Paraíso diz o senador.
-'Desculpe, mas temos as nossas regras. '
Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.
A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe.
Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado.
Todos muito felizes em traje social.
Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo.
Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar.
Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas.
Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora.
Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe.
Ele sobe, sobe, sobe e porta se abre outra vez. São Pedro está esperando por ele.
Agora é a vez de visitar o Paraíso.
Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando.
Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.
-' E aí ? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso.
Agora escolha a sua casa eterna.' Ele pensa um minuto e responde:
-'Olha, eu nunca pensei .. O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno.'
Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.
A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo.
Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos.
O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do senador.
-' Não estou entendendo', - gagueja o senador - 'Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados!!!'
O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:
-'Ontem estávamos em campanha. A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada.
-'Bem-vindo ao Paraíso!'; diz São Pedro
-'Antes que você entre, há um probleminha.
Raramente vemos parlamentares por aqui, sabe, então não sabemos bem o que fazer com você.
-'Não vejo problema, é só me deixar entrar', diz o antigo senador.
-'Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte:
Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade.
-'Não precisa, já resolvi. Qu ero ficar no Paraíso diz o senador.
-'Desculpe, mas temos as nossas regras. '
Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.
A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe.
Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado.
Todos muito felizes em traje social.
Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo.
Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar.
Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas.
Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora.
Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe.
Ele sobe, sobe, sobe e porta se abre outra vez. São Pedro está esperando por ele.
Agora é a vez de visitar o Paraíso.
Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando.
Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.
-' E aí ? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso.
Agora escolha a sua casa eterna.' Ele pensa um minuto e responde:
-'Olha, eu nunca pensei .. O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno.'
Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.
A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo.
Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos.
O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do senador.
-' Não estou entendendo', - gagueja o senador - 'Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados!!!'
O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:
Agora, já conseguimos o seu voto...'
Bula do Homem - MAIS HUMOR
UM POUCO DE HUMOR PARA RELAXAR
EU TE CONHEÇO!
>
> Num julgamento em Lins , o Promotor de Justiça chama sua primeira
> testemunha, uma velhinha de idade bem avançada.
>
> Para começar a construir uma linha de argumentação, o Promotor pergunta à velhinha:
>
> -Dona Genoveva, a senhora me conhece, sabe quem sou eu e o que faço?
>
> - Claro que eu o conheço, ! Eu o conheci bebê. Só chorava, e francamente,
> você me decepcionou.. Você mente, você trai sua mulher, você manipula as
> pessoas, você espalha boatos e adora fofocas.. Você acha que é influente e
> respeitado na Cidade, quando na realidade você é apenas um coitado. Nem sabe
> que a filha esta grávida, e pelo que sei, nem ela sabe quem é o pai. Ah, se
> eu o conheço! Claro que conheço!
>
> O Promotor fica petrificado, incapaz de acreditar no que estava ouvindo. Ele fica mudo, olhando para o Juiz e para os jurados. Sem saber o que fazer, ele
> aponta para o advogado de defesa e pergunta à velhinha:
>
> - E o advogado de defesa, a senhora o conhece?
>
> A velhinha responde imediatamente:
>
> - O Robertinho? É Claro que eu o conheço!
> Desde criancinha. Eu cuidava dele para a Marina, a mãe dele, pois sempre que
> o pai dele saia, a mãe ia pra algum outro compromisso. E ele também me
> decepcionou. É preguiçoso, puritano, alcoólatra e sempre quer dar lição de
> moral nos outros sem ter nenhuma para ele. Ele não tem nenhum amigo e ainda
> conseguiu perder quase todos os 4 processos em que atuou. Além de ser traído
> pela mulher com o mecânico... com o mecânico!!!
>
> Neste momento, o Juiz pede que a senhora fique em silêncio, chama o promotor
> e o advogado perto dele, se debruça na bancada e fala baixinho aos dois:
>
> *'Se algum de vocês perguntar a esta velha F.D.P. se ela me conhece,
> vai sair desta sala preso..... Fui claro???*
>
> Num julgamento em Lins , o Promotor de Justiça chama sua primeira
> testemunha, uma velhinha de idade bem avançada.
>
> Para começar a construir uma linha de argumentação, o Promotor pergunta à velhinha:
>
> -Dona Genoveva, a senhora me conhece, sabe quem sou eu e o que faço?
>
> - Claro que eu o conheço, ! Eu o conheci bebê. Só chorava, e francamente,
> você me decepcionou.. Você mente, você trai sua mulher, você manipula as
> pessoas, você espalha boatos e adora fofocas.. Você acha que é influente e
> respeitado na Cidade, quando na realidade você é apenas um coitado. Nem sabe
> que a filha esta grávida, e pelo que sei, nem ela sabe quem é o pai. Ah, se
> eu o conheço! Claro que conheço!
>
> O Promotor fica petrificado, incapaz de acreditar no que estava ouvindo. Ele fica mudo, olhando para o Juiz e para os jurados. Sem saber o que fazer, ele
> aponta para o advogado de defesa e pergunta à velhinha:
>
> - E o advogado de defesa, a senhora o conhece?
>
> A velhinha responde imediatamente:
>
> - O Robertinho? É Claro que eu o conheço!
> Desde criancinha. Eu cuidava dele para a Marina, a mãe dele, pois sempre que
> o pai dele saia, a mãe ia pra algum outro compromisso. E ele também me
> decepcionou. É preguiçoso, puritano, alcoólatra e sempre quer dar lição de
> moral nos outros sem ter nenhuma para ele. Ele não tem nenhum amigo e ainda
> conseguiu perder quase todos os 4 processos em que atuou. Além de ser traído
> pela mulher com o mecânico... com o mecânico!!!
>
> Neste momento, o Juiz pede que a senhora fique em silêncio, chama o promotor
> e o advogado perto dele, se debruça na bancada e fala baixinho aos dois:
>
> *'Se algum de vocês perguntar a esta velha F.D.P. se ela me conhece,
> vai sair desta sala preso..... Fui claro???*
Silvio Santos: a hora da verdade
Sidney Rezende | Sidney Rezende | 10/11/2010 20h43
Depois de tomar conhecimento da quebra do Banco Panamericano, amigos do "SBT" me ligaram para saber minha opinião sobre o futuro empresarial de Silvio Santos. "Explica, por favor, o que está acontecendo, Sidney", disse um deles visivelmente preocupado.É justo que a incerteza paire sobre a cabeça de funcionários, terceirizados, fornecedores, clientes, investidores e o mercado em geral. Eu tentarei dar minha visão sobre o problema.
Comprovadamente o banco forjou uma situação contábil que não possuía. E com sua debilidade expôs ao risco o patrimônio do empresário Silvio Santos. Por que será que grandes empresas de auditoria que trabalharam com os números do grupo não viram o que estava acontecendo com prudente antecedência?
E agora? Para provar que tem saúde financeira para passar este mau momento, Silvio Santos deu como garantia suas 44 empresas.
Não cabe citarmos todas elas, mas só como ilustração, o Grupo SS atua em setores distintos e compõe o conglomerado empresas conhecidas e outras nem tanto: Sistema Brasileiro de Televisão (SBT); SBT Filmes; SBT Music; Banco PanAmericano; Braspag; Liderança Capitalização; Tele Sena; BF Utilidades Domésticas Ltda; Lojas do Baú Crediário; Centro Cultural Grupo Silvio Santos; TV Alphaville; Hotel Jequitimar; SiSAN Empreendimentos Imobiliários; Jequiti Cosméticos; Maricultura NetunoFrutivita - Exportadora de lagostas, camarões e uvas; Perícia Corretora de Seguros; Vale Saúde - Plano de Saúde; AutoPan - Classificados online; PanAmericano Viagens.
Silvio Santos terá que obter lucro em todas as suas empresas, já que não contará mais com o Panamericano, que até já tem novos controladores. E suas empresas é que pagarão o empréstimo ao Fundo Garantidor, ou seja, aos banqueiros.
Se suas empresas forem de fato sadias, e tudo indica que sejam, elas é que cumprirão os compromissos nos próximos 12 anos que perfaçam R$ 2,5 bi. Silvio Santos já é idoso e terá que enfrentar esta pedreira pela frente. Banqueiros não são mansos na hora de cobrar.
Se me permite um exercício de lógica, as empresas terão que ser ágeis, lucrativas, enxutas, modernas e eficientes. Toda gordura terá que ser cortada "ontem".
Em linguagem simplificada, todos os meses o carnê do Fundo Garantidor baterá na porta de Silvio. E para pagar rigorosamente em dia, ele terá que ter dinheiro, que virá da eficiente administração dos executivos da sua organização. A hora será da turma do "Bope Financeiro".
E se não conseguir? Bem, aí eu deixarei que você, leitor, faça o seu exercício de lógica.
Silvio Santos é do bem!
Sidney Rezende | Sidney Rezende | 13/11/2010 00h38
O povo brasileiro é sábio.Para ele, Silvio Santos é apenas Silvio Santos. Ele é popular, querido, respeitado, admirado e reconhecido pelo seu extraordinário talento de persuasão. Um dos mais incríveis homens de comunicação da história.
Silvio Santos se dá ao luxo de não precisar ser chamado de empresário, animador, apresentador, ícone ou o que o valha. Silvio Santos é Silvio Santos. E estamos conversados.
Silvio Santos é um dos mais extraordinários brasileiros do nosso tempo. Ele provou com singeleza macunaímica que o Forest Gump não é americano, é brasileiríssimo. É alguém que convenceu até o sequestrador da filha a mudar de ideia quanto a maldade que pretendia praticar.
Silvio, de camelô, tornou-se um dos mais carismáticos personagens da vida brasileira. Dane-se se erros crassos praticados por colarinhos brancos muito bem remunerados por ele o empurraram para o buraco. Dois bilhões e meio de reais é valor difícil de ser pago. Os bancos vão cravar suas garras no nosso herói. Alguém aí pensou que pudesse ser diferente?
Quando Silvio Santos imaginou que pudesse ser presidente do Brasil, seus concorrentes se aliaram ao atraso, a militares de pijama e à velhacaria da política brasileira. E o impediram de prosseguir na campanha.
Agora, Silvio é um senhor de 80 anos. Ele enterrará sua velhice num emaranhado de números contábeis. Fico triste por ele. Na altura do campeonato, se o "SBT" prosseguir sobre o seu comando, ou se mudar de mãos, pouco importa. Não dá mais tempo para ser como antes.
Silvio Santos será sempre Silvio Santos. Um cara inteligente, cheio de imaginação e que ousou construir um palácio no deserto. Foi lá sem saber que era impossível e fez.
Silvio Santos é exemplo para gerações. Já o tal Fundo Garantidor, ninguém saberá o que isto significa com o passar dos anos.
Silvio Santos, sim, é o cara!
Romenos dizem que o comunismo era melhor o capitalismo
Surpresa: os romenos opinam agora que o comunismo realmente existente era melhor do que o capitalismo realmente existente
James Cross -- Qua, 03 de novembro de 2010 18:14
Tradução para espanhol : Marta Domènech e David López
Fonte: SinPermisoTradução para o português: Sergio Granja
Extraído do Portal da Fundação Lauro Campos (PSOL)
Lembrado por Juntos Somos Fortes
http://redecastorphoto.blogspot.com/2010/11/romenos-dizem-que-o-comunismo-era.html
James Cross -- Qua, 03 de novembro de 2010 18:14
Realizada entre agosto e setembro do presente ano pelo instituto romeno de sondagens de opinião CSOP, a pesquisa mostrava que mais de 49% coincidia em que a vida era melhor sob o governo do falecido líder comunista Nicolae Ceausescu, enquanto que só 23% pensava que a vida hoje é melhor. O resto dava uma resposta neutra ou não sabe/não tem opinião.
As razões oferecidas para a avaliação positiva do período comunista eram principalmente econômicas; 62% mencionaram a disponibilidade de postos de trabalho, 26% as condições de vida dignas e 19% a moradia universalmente garantida.
A pesquisa foi patrocinada pela organização IICMER (Instituto para a Investigação dos Crimes do Comunismo e da Memória do Exílio Romeno), financiada publicamente com o fim de contribuir à labor de "educar" a população sobre os males do comunismo. Entre as decepções mais amargas que os resultados da pesquisa proporcionaram a esta organização se contam respostas à pergunta sobre se os entrevistados ou suas famílias haviam sofrido sob o sistema comunista.
Só 7% dos entrevistados disseram haver sofrido sob o comunismo, com 6% adicionais que, não havendo sofrido dano pessoal, afirmavam que, sim, algum membro de sua família o havia experimentado. Também aqui, as razões oferecidas eram, sobretudo, econômicas: a maioria se referia à escassez que se produziu na década de 1980, quando a Romênia pôs em marcha um programa de austeridade com o fim de reembolsar a dívida externa do país. Uma pequena parte da minoria que havia sofrido durante o período comunista opinava que fora prejudicada ao ser nacionalizadas sua propriedade, e um punhado (6% dos que recordavam más experiências sob o comunismo) dizia que, quando os comunistas estavam no poder, ele ou algum membro de sua família fora detido em algum momento.
Retorcendo discretamente o resultado da pesquisa, o IICMER assinalou que numerosos entrevistados (41% e 42%, respectivamente) estavam de acordo com a afirmação de que o regime comunista era ou criminoso ou ilegítimo. Uma minoria importante (37% e 31%) estava em desacordo de forma explícita com essas afirmações, e o resto se mostrava neutro ou não se pronunciava.
Além disso, ainda que a maioria dos participantes avaliasse positivamente o comunismo - só 27% declarava estar em desacordo com os princípios dele -, a maioria dos que deram uma opinião definida também pensava que as ideias comunistas não chegaram a ser postas em prática da melhor maneira antes da mudança de regime em 1989. 14% dava a resposta inequívoca de que o comunismo era uma boa ideia e de que fora levada à prática da melhor maneira na Romênia.
Assim, pois, uma boa parte dos romenos indecisos sobre se o comunismo foi ou não uma forma legal e legítima de governo e uma grande maioria dos que diziam que o comunismo foi levado à prática de forma incorreta eram, sem embargo, inequívocos quando opinavam que o sistema levado à prática pelo Partido Comunista Romeno, com todos os seus defeitos, oferecia uma vida melhor para as pessoas do que a que oferece o capitalismo de nossos dias.
Logros comunistas
Antes dos comunistas tomarem o poder na Romênia, a maior parte da população era analfabeta e não tinha acesso ao tratamento médico. Unicamente uma minoria da população rural, que era da classe dominante, tinha acesso à saúde ou dispunha de energia elétrica. As taxas de mortalidade infantil se encontravam entre as piores da Europa e a expectativa de vida era inferior a 40 anos devido à inanição e várias doenças. O regime de direita romeno se aliou a Hitler durante a Segunda Guerra Mundial e, no marco dessa aliança capitalista, enviou a maioria da população judia do país aos campos de extermínio nazis.
Alçados ao poder após a vitória soviética contra a Alemanha nazi em 1945, os comunistas romenos, até esse momento um grupo ilegal de luta clandestina contra o governo romeno pró fascista e pró nazis, ascendiam a uns poucos milhares. Apesar disso, lograram mobilizar o entusiasmo das pessoas para reconstruir seu país devastado pela guerra. Acabaram praticamente com o analfabetismo, os serviços de saúde melhoraram e se ampliaram de forma maciça, e - como os entrevistados pelo CSOP revelam - os postos de trabalho, a moradia e os níveis decentes de vida se tornaram acessíveis para todos.
Animado por esses êxitos, o governo comunista dirigido por Nicolae Ceausescu se endividou durante a década de 70 com a compra de equipamentos industriais custosos no Ocidente, a fim de aumentar a taxa de crescimento econômico do país, com a esperança de que os países ocidentais incrementariam suas importações de produtos romenos. Essa estratégia fracassou, e o programa de austeridade implantado então para poder pagar a dívida nacional deu lugar a um ressentimento crescente.
Nicolae Ceausescu e sua esposa Elena foram executados por um pelotão de fuzilamento no dia de Natal de 1989. Sua sentença de morte se ditou depois de um julgamento sumário ordenado pelos novos dirigentes reformistas do país: foram declarados culpados de crimes contra o povo romeno.
Mas, apesar dessa condenação, e ainda que a opinião geral que se reflete nos resultados da enquete CSOP seja que o sistema comunista, tal como se aplicou na Romênia fracassou. Só uma pequena minoria dos consultados na pesquisa (15%) diz que o ex-chefe comunista Nicolae Ceausescu foi um mau líder. A maioria se mostrou neutra ou indecisa a esse respeito e 25% afirma que a liderança de Ceausescu foi boa para o país.
Em sua avaliação dos resultados da enquete, o IICMER observa que os romenos estão muito longe de ser únicos em sua avaliação positiva do comunismo do século passado. Segundo uma enquete realizada em vários países do Centro e do Leste da Europa em 2009 pelo Centro de Investigação estadunidense Pew, a porcentagem de população em países ex-socialistas que considera a vida sob o capitalismo pior do que foi durante o período comunista, é a seguinte:
Polônia: 35%
República Checa: 39%
Eslováquia: 42%
Lituânia: 42%
Rússia: 45%
Bulgária: 62%
Ucrânia: 62%
Hungria: 72%
Particularmente significativo nos resultados da enquete CSOP/IICMER de 2010 na Romênia é que, à medida que adquirem mais experiência na vida sob a "economia de mercado", as pessoas se tornam cada vez mais negativas com respeito ao capitalismo e mais positivas com respeito ao comunismo. Na enquete anterior, realizada em 2006, 53% expressava uma opinião favorável ao comunismo; na de 2010, a porcentagem favorável subía para 61%.
As conclusões da enquete do CSOP não são surpreendentes, se se recorda o sucedido desde que se reintroduziu o capitalismo: uma pobreza crescente, um aumento da taxa de desemprego e da insegurança. O sistema de saúde romeno está atualmente em crise, e os trabalhadores do setor público tiveram seus salários cortados em 25%. 1
Nota:
1Informação técnica sobre esta pesquisa de opinião: 1.133 pessoas maiores de 15 anos foram entrevistados entre 27 de agosto e 2 de setembro de 2010. As entrevistas se realizaram sobre a base de um questionário padronizado, face a face, no local de moradia. Margem de erro: 2,9%.
James Cross é colaborador da revista eletrônica Red Ant Liberation Army News (original em: Romanians say communism was better than capitalism de 24 de outubro de 2010)Tradução para espanhol : Marta Domènech e David López
Fonte: SinPermisoTradução para o português: Sergio Granja
Extraído do Portal da Fundação Lauro Campos (PSOL)
Lembrado por Juntos Somos Fortes
http://redecastorphoto.blogspot.com/2010/11/romenos-dizem-que-o-comunismo-era.html
Moreira Franco, não
Sidney Rezende | Sidney Rezende | 04/11/2010 22h51
A esquerda do Rio de Janeiro está assustada com a possibilidade do ex-governador Moreira Franco tornar-se ministro do governo Dilma Rousseff. Moreira foi o grande beneficiado do escândalo do Proconsult que tentou subtrair votos de Leonel Brizola na eleição de 1982. Então do PDS, apoiado pelo regime militar, Moreira serviu aos interesses de Golbery do Couto e Silva, o mago do Governo Geisel.Moreira foi um dos governadores com o maior índice de rejeição da história da política fluminense. Ele terminou o governo isolado, sozinho, solitário. Ninguém queria ficar ao seu lado.
A escolha para ministro de Dilma será recebida como uma provocação ao povo do Estado do Rio de Janeiro.
É desta forma que a esquerda fluminense está encarando a indicação do PMDB de um dos políticos mais antipáticos da política nacional. Realmente, será a demonstração de que Dilma estará nas mãos do PMDB. E que seu primeiro escalão, definitivamente, será um mau começo.
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A guerra no Rio: traficantes e sociedade
Sidney Rezende | Sidney Rezende | 24/11/2010 19h06
Os ataques violentos no Rio de Janeiro comandados por chefes do tráfico de drogas são uma reação à reocupação dos espaços urbanos, e a devolução destes lugares à sociedade. E, não por acaso, até há pouco tempo, terra de ninguém e ambiente de ação do crime numa das mais importantes cidades do país.O que querem os traficantes? O objetivo deles é forçar um "acordo" com autoridades para tentar uma saída "pacífica" para suas atividades delituosas que contrariam qualquer sociedade civilizada e democrática. No passado, estes "acordos" davam a segurança necessária para o governo fingir que combatia, e o crime e os traficantes fingiam que não estavam desafiando as leis. Balela.
Os traficantes foram desalojados de algumas comunidades após a adoção das UPPs. As tais Unidades Pacificadoras não estão nas comunidades maiores e principais, mas o programa está avançando. E isto não é bom para quem quer vender drogas, ou consumí-las, sem ser importunado.
Outro problema para os barões do pó, maconha e crack: a pressão das milícias que contam com a ajuda voluntariosa e pessoal de policiais. Os milicianos expulsam e se alojam nos seus lugares.
Os traficantes não estão acuados, como já chegou a dizer o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame. E muito menos desesperados, como falou hoje o governador Sérgio Cabral. Eles estão armados até os dentes, tem clientes fiéis e estão entocados ao lado de seus paióis. Tem chefe do tráfico que conta com a assessoria de ex-guerrilheiros angolanos e armeiros que deixaram o exército brasileiro.
O que está acontecendo, então? Os traficantes estão antevendo que se não reagirem minimamente organizados terão que sair das favelas onde nasceram. Quem já sacou que a barra continuará pesando, já pulou fora. Muitos já estão nas regiões dos Lagos e serrana e no interior do estado. Não é tão rentável como na capital, mas garante um capital bom. E outros foram para o nordeste do país, região de franca ascensão de consumo de drogas por brasileiros e turistas estrangeiros. Pedofilia, prostituição e drogas, está bom ou quer mais?
Leia abaixo o relato revelador que me chegou antes dos ataques. É de alguém que presenciou a disposição dos traficantes de ir para o enfrentamento. Um leitor, testemunha ocular, me escreveu o que aconteceu no dia 20 de novembro:
"No último sábado, dia 20, estava no baile funk da Rocinha, na quadra da rua 1, quando o chefe do tráfico de drogas conhecido como 'Nem' chegou com mais de 200 homens armados de fuzis e granadas. Logo notei algo estranho, pois ele nunca entrava no baile com tantos seguranças. Minutos depois o seu braço direito o 'Neto', pegou um microfone e começou a falar: 'agora é oficial. Não existe mais facção, agora é o trafico contra polícia. Não tem essa de UPP nem operação, não vai ter olimpíadas P... nenhuma quem manda no Rio de Janeiro somos nós, vai tomar no C... Sérgio Cabral e Beltrame, agora é união Rocinha e Complexo do alemão'.
Isso mesmo Sidney, inclusive notei que havia outros homens estranhos junto ao 'Nem', ouvi rumores de que se tratavam de 'Pezão', 'Mister M' entre outros."
De agora para diante temos que ficar atentos com boatos e a multiplicação do medo. Sentimento aliado do terrorismo. Até centros populares se sentem desconfortáveis. Hoje mesmo a direção da escola de samba Portela sintetizou no seu comunicado para os sambistas este sentimento de pavor:
"Não haverá ensaio hoje.
Amigo componente,
Em virtude da onda de violência que se espalha pela Cidade, visando o seu bem estar e a sua segurança, evitando desta forma o seu descolamento até Madureira, estamos cancelando o ensaio da comunidade hoje, em nossa quadra.
Ficamos na torcida para que essa situação se resolva o mais breve possível.
Abraço a todos."
Ophir Cavalcante muda o discurso
Sidney Rezende | Sidney Rezende | 27/11/2010 20h34
Durante a semana o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, condenou com veêmencia aqueles que levantaram a suspeita sobre alguns advogados de criminosos que se prestam ao papel de pombo-correio de traficantes. De acordo com Ophir, "o Estado não pode querer transferir a irresponsabilidade, a negligência e a corrupção, presente muitas vezes no Estado, para um determinado segmento ou categoria".E foi além: "Fazer isso é não assumir sua própria responsabilidade. Que o Estado diga: não fiz corretamente o meu dever de garantir a segurança. Atribuir tal responsabilidade a quem quer que seja ou a qualquer categoria sem provas é uma leviandade. Não se pode atribuir um crime a terceiros sem provas ou fatos concretos. Se houver suspeitas fundadas ou prova de que há, efetivamente, advogados atuando como mensageiros do crime, que se apontem os nomes para que a OAB investigue e puna, se for o caso".
Tá certo.
Eis que agora apareceu até gravação das advogadas de Marcinho VP deixando absolutamente transparente que sabiam de toda a ação no Rio de Janeiro praticada por criminosos e nada fizeram para impedí-la. E souberam dos ataques e até que os praticou antes de todeos porque construíram uma relação de intimidade perigosa com Marcinho VP.
O presidente da OAB agora mudou o tom do discurso. Se continuasse com o seu modelo de proteção a colegas ele ficaria sozinho grudado ao seu corporativismo do lado oposto onde hoje está o povo brasileiro.
A Ordem dos Advogados merece um lugar melhor no ano de comemoração dos seus 80 anos.
Traficantes da Rocinha se preparam para o enfrentamento
Sidney Rezende | Sidney Rezende | 27/11/2010 18h47
Os traficantes acreditam que depois da Vila Cruzeiro e Alemão seja a Rocinha a bola da vez. A localidade poderá ser alvo da polícia e das forças da União.Os bandidos da Rocinha abriram um buraco muito largo atravessando toda a extensão da rua do Valão, onde ainda funciona uma das maiores bocas de fumo da Rocinha.
A ideia dos traficantes é impedir a passagem dos carros da polícia.
Advogados associados ao tráfico de drogas
Sidney Rezende | Sidney Rezende | 26/11/2010 22h25
Importante, e até com dimensão histórica pelo momento que vivemos, a decisão da Justiça do Rio de decretar a prisão preventiva dos advogados e, por tabela, da namorada do traficante Marcinho VP. A mensagem para sociedade do juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 1ª Vara Criminal de Bangu, na Zona Oeste da cidade, é clara: não tolerar que advogados façam o serviço sujo de "pombos-correio" de condenados.Os traficantes contam com o beneplácito de pessoas que levam e trazem mensagens e informações preciosas para suas práticas criminosas. Isto é fato. Muitas pessoas morrem por causa desta covardia.
Os advogados que decidem mudar de lado e passam a se associar ao tráfico precisam saber que podem ser presos também.
O corporativismo da OAB, que não aceita nem revistas em advogados, está em xeque.
Prova de confiança no Rio e no Brasil
Sidney Rezende | Sidney Rezende | 26/11/2010 08h50
Boa notícia: "Até o ano de 2015, a Fiat/Brasil aprovou investimento no valor de R$ 10 bilhões. O presidente Cledorvino Belini embarcou ontem, dia 24, daqui do aeroporto Tom Jobim para a Itália para participar da reunião do Conselho com os principais dirigentes da empresa e retornará no próximo dia 3, para o Rio, onde realizará o lançamento do Fiat Bravo com show exclusivo da cantora pop italiana Laura Pausini. A artista virá ao Brasil especialmente para o evento, que contará com as presenças de representantes de mais de 600 concessionárias de todo o Brasil."Vida de traficante
Sidney Rezende | Sidney Rezende | 26/11/2010 08h29
Nesta quinta-feira, o traficante "Nem", da Rocinha, teve agenda livre para malhar na academia RPM Fitness que fica em frente ao Portão Vermelho, no alto do morro. Atualmente ele está se dedicando a esculpir o seu corpo como o de atletas do fisiculturismo.Quando isso acontece, os "soldados do tráfico" ficam do lado de fora em postos de vigilância. A novidade na Rocinha é que "Nem" tem um "novo" homem de confiança. Ele é conhecido no mundo do crime pelo apelido de "Scooby", até bem pouco tempo era o chefe do tráfico de drogas do Morro dos Macacos. Com a chegada da UPP na sua área de atuação, "Scooby" levou o "seu exército" e armamento, como gosta de repetir, para se juntar ao grupo do "Nem". Se fala abertamente na Rocinha que foram três vans lotadas de fuzis, granadas e munição.
Uma curiosidade: "Nem" não consome drogas, somente as revende para os "otários" do asfalto.
Mário Sérgio: 'Vencemos. Trouxemos a paz para a comunidade do Alemão'
Rio - "Vencemos. Trouxemos a paz para a comunidade do Alemão". Com estas palavras, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, comemorou a vitória das forças de segurança sobre traficantes do conjunto de favelas mais perigoso do Rio.
Em uma residência do traficante Alexander Mendes da Silva, o Polegar, três fuzis, armas desmontadas, 15 coletes do Exército e grande quantidade de armas. Policiais da 27ª DP (Vila da Penha) conseguiram prender quatro pessoas na Favela da Grota. Os policiais informaram que não houve resistência ou mesmo barreiras do tráfico no caminho até o local.
Após o sucesso na incursão, o coronel Mário Sérgio pediu cuidado aos policiais, pois mesmo após a tomada do território bandidos e armas ainda podem estar escondidos.
"Apenas retomamos o território, mas agora é que vem a parte mais difícil e cansativa. Temos que revistar todas as casas. Muitos deles (bandidos) ainda devem estar dentro destas comunidades e precisamos ter muito cuidado", disse Mário Sérgio.
Em meio ao intenso confronto, moradores do Alemão gritaram palavras de apoio aos policiais e muitos se arriscavam nas janelas com máquinas fotográficas e panos brancos que representavam pedidos de paz.
Ataques começaram no domingo ao meio-dia
A onda de ataques violentos no Rio e Grande Rio começou no domingo 21 de novembro, por volta do meio-dia, na Linha Vermelha, quando seis bandidos armados com cinco fuzis e uma granada fecharam a pista sentido Centro, altura de Vigário Geral. Os criminosos, em dois carros, levaram pertences de passageiros e queimaram dois veículos, após expulsarem os ocupantes. Para o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, as ações criminosas são uma reação contra a política de ocupação de territórios do tráfico, por meio das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e a transferências de bandidos para presídios federais em outros estados.
Na manhã da segunda-feira, cinco bandidos armados atacaram motoristas no Trevo das Margaridas, próximo à Avenida Brasil, em Irajá, também na Zona Norte. Os criminosos roubaram e incendiaram três veículos. No mesmo dia, criminosos armados com fuzis atiraram em uma cabine da PM na rua Monsenhor Félix, em frente ao Cemitério de Irajá. A PM acredita que o incidente tenha sido provocado pelos mesmos bandidos que haviam incendiado os três carros na mesma manhã. À noite, traficantes incendiaram dois carros na Rodovia Presidente Dutra, na altura da Pavuna. Foi o quinto ataque a motoristas em menos de 48 horas. Na Zona Norte, outra cabine da Polícia Militar foi metralhada.
No dia seguinte, as polícias Militar e Civil se uniram para reforçar o patrulhamento pelas ruas do Rio. O efetivo foi redobrado para controlar os ataques dos bandidos. A operação, que se chamou 'Fecha Quartel', suspendeu todas as folgas dos policiais militares do Rio de Janeiro. Mais de 20 favelas foram invadidas e armas e drogas foram apreendidas. Bandidos foram presos e alguns criminosos mortos em confronto com agentes.
Na quarta-feira 24 de novembro, novos ataques: ônibus, van e carros foram incendiados na Zona Norte do Rio, Baixada Fluminense e Niterói. Sérgio Cabral, governador do Rio, desafiou os bandidos: 'Não há paz falsa. Não negociamos'. Em uma reunião de cúpula da Segurança Pública do Estado, ficou decidido que a Marinha daria apoio logístico às operações de resposta aos ataques de bandidos.
Em mais um dia de veículos incendiados espalhados pela cidade, mais de 450 homens - entre polícias Militar e Civil e fuzileiros da Marinha, com o apoio de blindados de guerra da força naval, tomaram a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Emissoras de tv mostraram, ao vivo, centenas de bandidos armados fugindo para comunidades vizinhas. Cenas históricas que mostraram a atual situação do Rio de Janeiro. Na sexta-feira 26 de novembro, o Exército e a Polícia Federal entraram na batalha.
Militares ocupam o Complexo do Alemão: 'Vencemos. Trouxemos a paz para a comunidade', comemora o comandante geral da PM | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Por volta de 8h, policiais militares, civis e federais com ajuda das Forças Armadas, iniciaram a ocupação do Complexo do Alemão. Muitos tiros foram ouvidos e vinte pessoas acabaram detidas - um deles já tinha mandado de prisão por homicídio. Quatro toneladas de maconha, 16 fuzis, uma metralhadora calibre .30, granadas e munição em grande quantidade foram apreendidos.Em uma residência do traficante Alexander Mendes da Silva, o Polegar, três fuzis, armas desmontadas, 15 coletes do Exército e grande quantidade de armas. Policiais da 27ª DP (Vila da Penha) conseguiram prender quatro pessoas na Favela da Grota. Os policiais informaram que não houve resistência ou mesmo barreiras do tráfico no caminho até o local.
Comboios com centenas de policiais participaram da invasão ao conjunto de favelas do Complexo do Alemão | Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia
Aproximadamente 2,7 mil homens - entre policiais civis e militares, membros das Forças Armadas estão no Alemão como parte do esforço para livrar as 15 comunidades das garras de traficantes. Blindados da Marinha e do Exército, assim como helicópteros da Aeronáutica, da Polícia Civil e caveirões deram apoio às tropas no solo.Após o sucesso na incursão, o coronel Mário Sérgio pediu cuidado aos policiais, pois mesmo após a tomada do território bandidos e armas ainda podem estar escondidos.
"Apenas retomamos o território, mas agora é que vem a parte mais difícil e cansativa. Temos que revistar todas as casas. Muitos deles (bandidos) ainda devem estar dentro destas comunidades e precisamos ter muito cuidado", disse Mário Sérgio.
Em meio ao intenso confronto, moradores do Alemão gritaram palavras de apoio aos policiais e muitos se arriscavam nas janelas com máquinas fotográficas e panos brancos que representavam pedidos de paz.
Ataques começaram no domingo ao meio-dia
A onda de ataques violentos no Rio e Grande Rio começou no domingo 21 de novembro, por volta do meio-dia, na Linha Vermelha, quando seis bandidos armados com cinco fuzis e uma granada fecharam a pista sentido Centro, altura de Vigário Geral. Os criminosos, em dois carros, levaram pertences de passageiros e queimaram dois veículos, após expulsarem os ocupantes. Para o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, as ações criminosas são uma reação contra a política de ocupação de territórios do tráfico, por meio das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e a transferências de bandidos para presídios federais em outros estados.
Na manhã da segunda-feira, cinco bandidos armados atacaram motoristas no Trevo das Margaridas, próximo à Avenida Brasil, em Irajá, também na Zona Norte. Os criminosos roubaram e incendiaram três veículos. No mesmo dia, criminosos armados com fuzis atiraram em uma cabine da PM na rua Monsenhor Félix, em frente ao Cemitério de Irajá. A PM acredita que o incidente tenha sido provocado pelos mesmos bandidos que haviam incendiado os três carros na mesma manhã. À noite, traficantes incendiaram dois carros na Rodovia Presidente Dutra, na altura da Pavuna. Foi o quinto ataque a motoristas em menos de 48 horas. Na Zona Norte, outra cabine da Polícia Militar foi metralhada.
No dia seguinte, as polícias Militar e Civil se uniram para reforçar o patrulhamento pelas ruas do Rio. O efetivo foi redobrado para controlar os ataques dos bandidos. A operação, que se chamou 'Fecha Quartel', suspendeu todas as folgas dos policiais militares do Rio de Janeiro. Mais de 20 favelas foram invadidas e armas e drogas foram apreendidas. Bandidos foram presos e alguns criminosos mortos em confronto com agentes.
Na quarta-feira 24 de novembro, novos ataques: ônibus, van e carros foram incendiados na Zona Norte do Rio, Baixada Fluminense e Niterói. Sérgio Cabral, governador do Rio, desafiou os bandidos: 'Não há paz falsa. Não negociamos'. Em uma reunião de cúpula da Segurança Pública do Estado, ficou decidido que a Marinha daria apoio logístico às operações de resposta aos ataques de bandidos.
Em mais um dia de veículos incendiados espalhados pela cidade, mais de 450 homens - entre polícias Militar e Civil e fuzileiros da Marinha, com o apoio de blindados de guerra da força naval, tomaram a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Emissoras de tv mostraram, ao vivo, centenas de bandidos armados fugindo para comunidades vizinhas. Cenas históricas que mostraram a atual situação do Rio de Janeiro. Na sexta-feira 26 de novembro, o Exército e a Polícia Federal entraram na batalha.
sábado, 27 de novembro de 2010
PACTO DE INFIDELIDADE
Escrito por Nicéas Romeo Zanchett |
A infidelidade pode ser tolerada, e até prevista, em relações que se alimentam da liberdade total. São casamentos em que ser infiel é uma possibilidade previamente pactuada entre os parceiros. Ela é resultante de uma demonstração de sinceridade de um casal que opta pelo relacionamento aberto.No livro "O Silêncio Erótico da Mulher", a autora Dalma Heym, afirma que a infidelidade faz bem e é um bom estímulo para o casamento em crise. Ela garante que o amante é um ótimo remédio para se recuperar a vitalidade perdida e o "eu sexual".A infidelidade feminina está intimamente relacionada com a escensão da mulher na sociedade. Com a luta pelos direitos iguais, muitas mulheres chegaram à conclusão de que trair também é um direito. Entretanto, não há possibilidade de postura liberto no casamento sem um mínimo de segurança psiquica. Isto implica também em independência financeira. Essa conquista do prazer e da individualidade não é nada fácil. Mais parece uma via-crucis pontilhada por medo, remorso, pecado, vergonha, angústia e isolamento.A mulher tem sentimentos diferentes do homem. Em seus relacionamentos sempre valorizam a vinculação amorosa onde a sexualidade acaba sendo um complemento. A grande maioria dos homens iniciam seus relacionamentos pelo sexo e não pela vinculação afetiva. Atualmente existem mulheres mais liberadas que começam a incorporar a sexualidade independente do amor. Na verdade elas estão tentando reproduzir ou imitar o modelo masculino, onde transar por transar é uma forma de afirmar sua liberdade sexual. Mas é preciso considerar que, tanto do lado dos homens como das mulheres, este modelo nunca é benéfico para o casamento.Em pensamento, toda a mulher, algum dia, já foi infiel. Quando uma relação não está boa, sempre surge a possibilidade que leva a mulher a considerar a infidelidade. Mas é necessário avaliar a situação e ver se vale a pena partir para outra forma de viver a sexualidade. Os anos 60, década de "paz e amor", foi uma época de revoluções e todos queriam experimentar as mais diversas formas de vivência sexual. A prática mostrou que tais experiências não tiveram os resultados esperados. O ciúme é inerente ao ser humano e, por isso, sofremos muito ao ver ou saber que nosso parceiro ou parceira tem outra pessoa em sua vida.A infidelidade é mais aceita socialmente quando é do homem. A mulher, ao contrário do homem, tende a se esconder para se proteger. Por outro lado, ela tem mais facilidade de tolerar a infidelidade de seu parceiro. Para a maioria dos homens um fato isolado não invalida o casamento, mas quando isso se torna rotina não há como suportar.É muito difícil administrar um casamento baseado na infidelidade consentida. A necessidade de sentir segurança ao lado de alguém que seja fiel está introjetada no "homo sapiens", no arcaico de ser humano.Um outro fator que deve nortear os sentimentos na hora de trair é a possibilidade de uma eventual transa se tornar uma paixão. Ela aparece subtamente, como uma sombra entre o casal. A paixão é entuziasmo, é sabor de vida e de morte. Além de fascinante é destruidora, como bem descreveu Shakespeare em Romeo & Julieta. O pior dos mundos é quando apenas um dos parceiros se apaixona.No casamento tradicional é muito difícil negociar um espaço para relações amorosas paralelas de ambos os parceiros. A infidelidade acaba em crise e muitas vezes põe fim ao casamento.A infidelidade pode até reativar a vida sexual dos dois, mas não é recomendável porque pode destruir e transformar o amor em ódio. Mesmo com toda a liberdade conquistada pela mulher moderna, ela ainda está aprendendo a ser liberal. Ter coragem, contar a verdade e assumir a "escapulida", é tão conflitante como a vontade de ser infiel.Toda a mulher quer ser desejável e desejar, ser caça e ser caçadora do prazer. Sexo é uma coisa criativa, um talento que se tem de desenvolver para não ver morrer como aconteceu com nossos pais. Em nossos dias, o adultério assume uma dimensão de habeas-corpus. A mulher já não aceita a tirania de ter de abdicar de sua sexualidade para ter tudo. Está esgotado o velho modelo de decência conjugal que subtraia da mulher e dava ao homem a autonomia do prazer e da individualidade.Os homens precisam descer do pedestal que os colocava em primeiro plano e ocupar o seu novo lugar ao lado da mulher que ama. Nicéas Romeo Zanchett - Romeo Leia outros artigos em: http://falandodesexoeartecomromeo.arteblog.com.br |
A Guerra contra o Tráfico numa Sociedade Falida
Escrito por Renato Prata Biar |
Sáb, 27 de Novembro de 2010 18:54 |
Ao acompanhar esse "BBB" da caçada aos traficantes dos morros e favelas, que são a parte do varejo no grande mundo da venda de drogas, e esperarmos de forma esperançosa começar a caçada aos traficantes do asfalto e dos condomínios de luxo, que são a parte do atacado (será que veremos isso um dia?), fica uma inevitável pergunta: será que alguém, que não tenha o seu nível de cinismo extremamente elevado, ainda acredita que estamos vivendo numa era que se intitula de pós-moderna? O espetáculo transmitido ao vivo por praticamente todos os grandes canais de televisão que reprisam ad infinitum as cenas mais violentas - ou seria mais apropriado dizer emocionantes? --, parece não deixar dúvidas de que sequer saímos da Pré-história. É claro que nos dias de hoje nós temos algumas vantagens sobre os nossos queridos ancestrais das cavernas. Por exemplo, as cenas de selvageria que ocorriam na Pré-história terminavam ali mesmo, pois não havia esses recursos tecnológicos para que pudéssemos rever a mesma cena milhares de vezes. Você poderia assistir outras cenas, mas jamais teria o "prazer" e o sadismo de ficar por horas e horas assistindo a mesma coisa. Outra vantagem que toda essa tecnologia nos proporciona é que nos intervalos que a mídia nos empurra entre uma caçada e outra, nós podemos escolher o melhor perfume para o nosso vaso sanitário, o iogurte mais vitaminado e saboroso para o nosso filho, a melhor margarina para o seu delicioso café da manhã com a sua família e, obviamente, aqueles produtos que têm mais a ver com a programação oferecida, como o melhor alarme para o seu carro, o melhor serviço de rastreamento que desliga o seu carro em caso de roubo e também o melhor seguro de vida para você e sua família, pois, vai que... Né? É melhor ter. Sem dúvida que da Pré-história até os dias de hoje nós avançamos em muitas coisas, mas basta um olhar um pouco atento para descobrirmos que ainda não passamos de meros animais, pois nos matamos e nos violentamos sob a pressão de conseguirmos suprir as nossas mais básicas necessidades, como alimento e moradia, apenas para citar esses dois exemplos. Se com todo o avanço tecnológico e com todo o acúmulo de conhecimento efetuado por milhares de anos, nós ainda assistimos e protagonizamos cenas como estas, não resta dúvida de que estamos diante de um modelo completamente falido de sociedade. Um modelo que empurra a maioria das pessoas para uma luta pela sua sobrevivência onde o outro é visto apenas como um adversário, um rival a ser derrotado e eliminado. Que coloca nos ombros de cada um, isoladamente, a responsabilidade e o peso da sua própria condição de vida. Reafirmando e reproduzindo o discurso falacioso de que cada um tem aquilo que merece, pois vivemos numa sociedade da meritocracia. Esperar a paz onde se planta a guerra, a solidariedade onde se planta o individualismo, a humildade onde se planta a soberba e a frugalidade onde se planta o acúmulo de riqueza como finalidade principal da vida é, para dizer o mínimo, o mais cínico, hipócrita e perverso tipo de sociedade que poderíamos ter construído. Num romance intitulado Eugênia Grandet, de Honoré de Balzac, há uma passagem em que o autor descreve de forma magistral quais são os valores, a moral e a ética que está se formando e se afirmando no início do século XIX. Essa passagem, quando lida por nós nos dias de hoje, nos mostra e nos revela o quão aguda e apurada era a visão de mundo que Balzac vislumbrava não só para a sua própria geração como também para as gerações futuras que já estavam sob a égide do sistema capitalista. Diz o trecho: "Os avarentos não crêem numa vida futura, o presente é tudo para eles. Essa reflexão lança uma luz horrível sobre a época atual, onde, mais que em qualquer outro tempo, o dinheiro domina as leis, a política e os costumes. Instituições, livros, homens e doutrinas, tudo conspira para minar a crença numa vida futura, sobre a qual se apóia o edifício social há 1800 anos. Hoje em dia, o esquife é uma transição pouco temida. O futuro, que nos esperava para elem do réquiem, transportou-se para o presente. Chegar pelo lícito e pelo ilícito ao paraíso terrestre do luxo e dos prazeres vãos, petrificar o coração e macerar o corpo em busca de posses passageiras, como outrora se sofria o martírio da vida em busca de bens eternos, eis a idéia geral! Idéia aliás inscrita por toda parte, até nas leis, que perguntam ao legislador: ‘Que pagas?', ao invés de perguntar: ‘Que pensas?' Quando essa doutrina tiver passado da burguesia ao povo, que será do país?" Não por acaso, K. Marx dizia que aprendia mais sobre a sociedade burguesa lendo Balzac do que lendo qualquer outro clássico sobre economia política. E o próprio Balzac costumava dizer que considerava seus livros como um par de óculos, pois serviam para fazer com que o seu leitor enxergasse melhor a sociedade em que vive. Mas se mesmo assim o leitor não conseguisse essa visão mais apurada lendo seus livros, o próprio autor recomendava: "Troque de óculos." Quanto à pergunta que Balzac nos faz na última frase da citação acima, sobre o que será do país quando a doutrina burguesa alcançar o povo, devemos responder que a doutrina burguesa ultrapassou as fronteiras dos países e alcançou o povo no mundo inteiro. E para sabermos as conseqüências disso basta um breve olhar ao nosso redor para termos a resposta. Nada está mais introjetado na mentalidade da sociedade hodierna do que a doutrina à qual se refere Balzac. O que talvez esteja diferente é que nos dias atuais essa doutrina parece estar elevada à décima potência, pois a ilicitude virou a regra geral; não só o coração foi petrificado, mas também o nosso pensamento; e também não só maceramos o corpo para a obtenção desses luxos e prazeres, como também reduzimos os nossos sonhos somente a isso; eis a desgraça maior. Renato Prata Biar; Historiador e Pós-graduado em Filosofia; Rio de Janeiro. |
Viva o Rio de Janeiro a Baixada Fluminense eo nosso povo
Uma mensagem muito legal da minha amiga Maria.
- É, o visual ficou bonito!
- Mas, Deus, quem vai viver aí?
- Vamos botar gente trabalhadora, Pedro.
- Boa! Gente que rale!
- Tudo bem, mas cria o happy hour.
- Que tal pôr surfista? Corais…
- Surfistas, aprovado! Mas tira os corais pra não machucar os meninos.
- E a segunda-feira, Deus, mantém?
- Mantém! Mas capricha no domingo. Com futebol, praia e samba!
- Agora o clima.
- Vamos encher isso aí de gelo!
- Tá louco, Pedro? Eu quero sol o ano inteiro, com uma hora a mais no
verão! E coloca aí uma observação: pôr-do-sol cinematográfico!
- É, Deus, ficou bom, hein! Merece até uma estátua sua!
- Minha não… Eu não gosto de aparecer. Bota uma do meu garoto.Desejo um excelente fim de semana de PAZ!! E que DEUS nos abençoe!!
Maria Martins
26/11/10
Papo de Deus com São Pedro, quando criaram o Rio de Janeiro.
- Mas, Deus, quem vai viver aí?
- Vamos botar gente trabalhadora, Pedro.
- Boa! Gente que rale!
- Tudo bem, mas cria o happy hour.
- Que tal pôr surfista? Corais…
- Surfistas, aprovado! Mas tira os corais pra não machucar os meninos.
- E a segunda-feira, Deus, mantém?
- Mantém! Mas capricha no domingo. Com futebol, praia e samba!
- Agora o clima.
- Vamos encher isso aí de gelo!
- Tá louco, Pedro? Eu quero sol o ano inteiro, com uma hora a mais no
verão! E coloca aí uma observação: pôr-do-sol cinematográfico!
- É, Deus, ficou bom, hein! Merece até uma estátua sua!
- Minha não… Eu não gosto de aparecer. Bota uma do meu garoto.Desejo um excelente fim de semana de PAZ!! E que DEUS nos abençoe!!
Maria Martins
26/11/10
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Jornal O Globo publica artigo de Andreia Zito que defende os professores
Jornal O Globo desta quarta-feira (24/11) publica artigo da deputada Andreia Zito com críticas à ideia do Governo estadual de criar uma bolsa para alunos de licenciatura no Estado do Rio de Janeiro. O objetivo da medida seria evitar a evasão de professores. "Tratar a educação e seus profissionais com responsabilidade e respeito é a ú
nica solução definitiva que temos que buscar", afirma Andreia Zito.
Confira abaixo a íntegra do texto.
A Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio acaba de anunciar que pretende resolver o grave déficit de professores na rede pública de ensino com a criação de uma bolsa-licenciatura – na prática, uma ajuda de custo para que alunos dos cursos de formação de professores possam se formar dentro do período de quatro anos. A alegação é de que o número de professores que se formam é muito baixo, principalmente nos cursos de física, química e matemática. Estuda-se, portanto, a formação de mais um segmento de cotistas e a concessão de mais uma bolsa-ajuda, como paliativos para problemas que já se arrastam há dezenas de anos.
Uma comissão foi criada pela secretaria para elaborar um estudo sobre a formação de professores no estado entre 2007 e 2009. A comissão "apurou" que há evasão de alunos dos cursos de licenciatura por causa de dificuldades de mobilidade, já que a maioria trabalha de dia e estuda à noite. Ora, esta é a realidade de grande parte da população brasileira que cursa a universidade ou mesmo o ensino médio. As dificuldades de mobilidade são, em geral, causadas pelo deficiente sistema de transporte do estado – problema igualmente crônico que vem conseguindo derrubar até o festejado bilhete único.
Finalmente, a comissão da secretaria "suspeita" de que muitos formandos acabam desistindo do magistério e optando por outras atividades. Para chegar a tal conclusão, não era necessário criar uma comissão especial dentro da Secretaria de Ciência e Tecnologia. Este fenômeno já é bem conhecido, não só pelos estudiosos da Educação, mas pelos próprios alunos, por seus pais, pela imprensa e, de resto, por toda a sociedade.
Não há grandes novidades a serem "descobertas" como causas da evasão de professores e demais mazelas da Educação brasileira. Os baixos salários – estes sim! – aparecem há muito tempo como causa primeira da evasão de professores. Além da falta de condições de trabalho, onde se inclui a violência nas salas de aula. Fui relatora, na Câmara Federal, do projeto de lei do senador Cristovam Buarque, que autoriza o Poder Executivo a instituir o Piso Salarial Profissional dos Educadores Públicos, e do projeto de lei do Poder Executivo, que institui o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, no valor de R$ 950.
A lei, sancionada pelo presidente Lula em julho de 2008, previa a adoção do piso em todo o País até 2010. O ano já está acabando e não temos notícia da sua ampla aplicação.
A criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb viabilizou a oportunidade de, finalmente, se pensar na regulamentação do Piso Salarial Profissional Nacional para os Profissionais do Magistério Público da Educação Básica. Se existe esse descaso com uma lei aprovada há mais de dois anos, por que buscar outras razões para a evasão de professores? Se a solução – ou, pelo menos, o princípio dela – já está em forma de lei, por que não cumpri-la?
Tratar a educação e seus profissionais com responsabilidade e respeito é a única solução definitiva que temos que buscar.
domingo, 21 de novembro de 2010
3º Congresso Mundial da UNI abre com chamado para romper barreiras
O 3º Congresso Mundial da UNI Sindicato Global (Union Network International, entidade sindical à qual é filiada a Contraf-CUT e que reúne trabalhadores do setor de serviços de todo o mundo) foi realizado em Nagasaki, Japão nos dias 9 à 12 de novembro. Os mais de 2 mil participantes de todo o planeta participaram da cerimônia de abertura que uniu apresentações de cultura japonesa com um chamado à ação
expressa no tema do evento, "Rompendo Barreiras".
Foi aprovada a necessidade de assegurar direitos de organização sindical e negociação coletiva para todos os trabalhadores. Também foram aprovados o mínimo de 40% de participação das mulheres nos congressos e em espaço de decisão da UNI e a criação de um fundo para desenvolver a organização geral dos trabalhadores pelo mundo.
No final da tarde japonesa de quinta 11, sindicatos e moradores de Nagasaki fizeram uma caminhada do prédio onde está sendo realizado o congresso mundial até o Parque da Paz. Lá, foi realizada uma manifestação pela paz.
Antes da cerimônia de encerramento, na manhã de sexta 12, o italiano Edgardo Maria Loza, presidente da UNI Finanças, braço da UNI Sindicato Global, ressaltou a necessidade de "ações práticas para melhorar a situação de vítimas de guerras e violência".
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Voto do nordestino vale o mesmo que o do paulista
O Brasil elegeu, por dois mandatos, um ex-metalúrgico como presidente da República. Agora elege uma mulher. Ambos de centro-esquerda. Para quem assistiu de fora a eleição de Dilma Rousseff e os dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pode parecer que o país avança celeremente para uma civilizada socialdemocracia e busca com ardor o Estado de bem-estar social. Para quem assistiu de dentro, todavia, é impossível deixar de registrar a feroz resistência conservadora à ascensão de uma imensa massa de miseráveis à cidadania.
Ocorre hoje um grande descompasso entre classes em movimento e as que mantêm o status quo; e, em consequência de uma realidade anterior, onde a concentração de renda pessoal se refletia em forte concentração da renda federativa, há também um descompasso entre regiões em movimento, tiradas da miséria junto com a massa de beneficiados pelo Bolsa Família ou por outros programas sociais com efeito de distribuição de renda, e outras que pretendem manter a hegemonia. A redução da desigualdade tem trazido à tona os piores preconceitos das classes médias tradicionais e das elites do país não apenas em relação às pessoas que ascendem da mais baixa escala da pirâmide social, mas preconceitos que transbordam para as regiões que, tradicionalmente miseráveis, hoje crescem a taxas chinesas.
A onda de preconceito contra os nordestinos, por exemplo, é semelhante ao preconceito em estado puro jogado pelos setores tradicionais no presidente Luiz Inácio Lula da Silva e na própria eleita, Dilma Rousseff, durante a campanha eleitoral. É a expressão do temor de que os “de baixo”, embora ainda em condições inferiores às das classes tradicionais, possam ameaçar uma estabilidade que não apenas é econômica, mas que no imaginário social é também de poder e status.
Há resistências à mobilidade social e regional
São Paulo foi a expressão mais acabada da polarização eleitoral entre pobres de um lado, e classe média e ricos de outro. Os primeiros aderiram a Dilma; os últimos, mesmo uma parcela de classe média paulista que foi PT na origem, reforçaram José Serra (PSDB). A partir de agora, pode também polarizar a mudança política que fatalmente será descortinada, à medida que avança o processo de distribuição regional de renda e de aumento do poder aquisitivo das classes mais pobres. A hegemonia política paulista está em questão desde as eleições de 2006 – e Lula foi poupado do desgaste de ter origem política em São Paulo porque era também destinatário do preconceito de ter nascido no Nordeste; e, principalmente, porque foi o responsável pela desconcentração regional de renda.
Com a expansão do eleitorado petista no Norte e no Nordeste do país, houve uma natural perda de força dos petistas paulistas, diante do PT nacional. Do ponto de vista regional, o voto está procedendo a mudanças na formação histórica do PT, em que São Paulo era o centro do poder político do partido. Isso não apenas pelo que ganha no Nordeste, mas pelo que não ganha em São Paulo: o partido estadual tem dificuldade de romper o bloqueio tucano e também de atrair de novos quadros, que possam vencer a resistência do eleitorado paulista ao petismo.
No caso do PSDB, todavia, a quebra da hegemonia paulista será mais complicada. Os tucanos continuam fortes no Estado, têm representação expressiva na bancada federal e há cinco eleições vencem a disputa pelo governo do Estado. No resto no do país, têm perdido espaço. Parte do PSDB concorda com o diagnóstico de que a excessiva paulistização do partido, se consolida seu poder no Estado mais rico da Federação, tem sido um dos responsáveis pelo seu encolhimento no resto do Brasil. Mas é difícil colocar essa disputa interna no nível da racionalidade, até porque o partido nacional não pode abrir mão do trunfo de estar estabelecido em território paulista; e, de outro lado, o partido de Serra tem uma grande dificuldade de debate interno – como disse o governador Alberto Goldman em entrevista ao Valor, é um partido com cabeça e sem corpo, isto é, tem mais caciques do que base. Não há experiência anterior de agregação de todos os setores do partido para discutir uma “refundação” e diretrizes que permitam sair do enclave paulista. Não há experiência de debate programático. E aí o presidente Fernando Henrique Cardoso tem toda razão: o PSDB assumiu substância ideológica apenas ao longo de seu governo. É essa a história do PSDB. A política de abertura do país à globalização, a privatização de estatais e a redução do Estado foram princípios que se incorporaram ao partido conforme foram sendo assumidos como políticas de Estado pelo governo tucano.
Todos os partidos, sem exceção, estão diante de um quadro de profundas mudanças no país e terão que se adaptar a isso. Fora a mobilidade social e regional que ocorreu no período, houve nas últimas décadas um grande avanço de escolaridade. A isso, os programas de transferência de renda agregaram consciência de direitos de cidadania. O país é outro. Não se ganha mais eleição com preconceito – até porque o voto do alvo do preconceito tem o mesmo valor que o voto da velha elite. Se os grandes partidos não se assumirem ideologicamente, outros, menores, tomarão o seu espaço.
Ocorre hoje um grande descompasso entre classes em movimento e as que mantêm o status quo; e, em consequência de uma realidade anterior, onde a concentração de renda pessoal se refletia em forte concentração da renda federativa, há também um descompasso entre regiões em movimento, tiradas da miséria junto com a massa de beneficiados pelo Bolsa Família ou por outros programas sociais com efeito de distribuição de renda, e outras que pretendem manter a hegemonia. A redução da desigualdade tem trazido à tona os piores preconceitos das classes médias tradicionais e das elites do país não apenas em relação às pessoas que ascendem da mais baixa escala da pirâmide social, mas preconceitos que transbordam para as regiões que, tradicionalmente miseráveis, hoje crescem a taxas chinesas.
A onda de preconceito contra os nordestinos, por exemplo, é semelhante ao preconceito em estado puro jogado pelos setores tradicionais no presidente Luiz Inácio Lula da Silva e na própria eleita, Dilma Rousseff, durante a campanha eleitoral. É a expressão do temor de que os “de baixo”, embora ainda em condições inferiores às das classes tradicionais, possam ameaçar uma estabilidade que não apenas é econômica, mas que no imaginário social é também de poder e status.
Há resistências à mobilidade social e regional
São Paulo foi a expressão mais acabada da polarização eleitoral entre pobres de um lado, e classe média e ricos de outro. Os primeiros aderiram a Dilma; os últimos, mesmo uma parcela de classe média paulista que foi PT na origem, reforçaram José Serra (PSDB). A partir de agora, pode também polarizar a mudança política que fatalmente será descortinada, à medida que avança o processo de distribuição regional de renda e de aumento do poder aquisitivo das classes mais pobres. A hegemonia política paulista está em questão desde as eleições de 2006 – e Lula foi poupado do desgaste de ter origem política em São Paulo porque era também destinatário do preconceito de ter nascido no Nordeste; e, principalmente, porque foi o responsável pela desconcentração regional de renda.
Com a expansão do eleitorado petista no Norte e no Nordeste do país, houve uma natural perda de força dos petistas paulistas, diante do PT nacional. Do ponto de vista regional, o voto está procedendo a mudanças na formação histórica do PT, em que São Paulo era o centro do poder político do partido. Isso não apenas pelo que ganha no Nordeste, mas pelo que não ganha em São Paulo: o partido estadual tem dificuldade de romper o bloqueio tucano e também de atrair de novos quadros, que possam vencer a resistência do eleitorado paulista ao petismo.
No caso do PSDB, todavia, a quebra da hegemonia paulista será mais complicada. Os tucanos continuam fortes no Estado, têm representação expressiva na bancada federal e há cinco eleições vencem a disputa pelo governo do Estado. No resto no do país, têm perdido espaço. Parte do PSDB concorda com o diagnóstico de que a excessiva paulistização do partido, se consolida seu poder no Estado mais rico da Federação, tem sido um dos responsáveis pelo seu encolhimento no resto do Brasil. Mas é difícil colocar essa disputa interna no nível da racionalidade, até porque o partido nacional não pode abrir mão do trunfo de estar estabelecido em território paulista; e, de outro lado, o partido de Serra tem uma grande dificuldade de debate interno – como disse o governador Alberto Goldman em entrevista ao Valor, é um partido com cabeça e sem corpo, isto é, tem mais caciques do que base. Não há experiência anterior de agregação de todos os setores do partido para discutir uma “refundação” e diretrizes que permitam sair do enclave paulista. Não há experiência de debate programático. E aí o presidente Fernando Henrique Cardoso tem toda razão: o PSDB assumiu substância ideológica apenas ao longo de seu governo. É essa a história do PSDB. A política de abertura do país à globalização, a privatização de estatais e a redução do Estado foram princípios que se incorporaram ao partido conforme foram sendo assumidos como políticas de Estado pelo governo tucano.
Todos os partidos, sem exceção, estão diante de um quadro de profundas mudanças no país e terão que se adaptar a isso. Fora a mobilidade social e regional que ocorreu no período, houve nas últimas décadas um grande avanço de escolaridade. A isso, os programas de transferência de renda agregaram consciência de direitos de cidadania. O país é outro. Não se ganha mais eleição com preconceito – até porque o voto do alvo do preconceito tem o mesmo valor que o voto da velha elite. Se os grandes partidos não se assumirem ideologicamente, outros, menores, tomarão o seu espaço.
Aprovado projeto que livra bancário inadimplente de demissão por justa causa
O bancário inadimplente pode deixar de ser passível de demissão por justa causa. O Plenário do Senado aprovou na quarta-feira (17) projeto de lei da Câmara (46/08) com objetivo de revogar o artigo 508 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que permite a demissão por justa causa dos bancários "por falta contumaz de pagamento de dívidas legalmente exigíveis". O projeto vai à sanção do presidente da República.
Segundo o autor da proposta, o funcionário do BB e deputado federal Geraldo Magela (PT-DF), esse artigo representa "uma demonstração clara de discriminação no trabalho e é totalmente incompatível com os preceitos da Constituição Federal, especialmente os previstos no artigo 5º, que estabelece os direitos fundamentais das pessoas". Para o autor da matéria, não há, portanto, razão alguma para a manutenção "de tamanha agressão aos trabalhadores bancários".
Segundo o autor da proposta, o funcionário do BB e deputado federal Geraldo Magela (PT-DF), esse artigo representa "uma demonstração clara de discriminação no trabalho e é totalmente incompatível com os preceitos da Constituição Federal, especialmente os previstos no artigo 5º, que estabelece os direitos fundamentais das pessoas". Para o autor da matéria, não há, portanto, razão alguma para a manutenção "de tamanha agressão aos trabalhadores bancários".
O texto recebeu parecer favorável do senador Paulo Paim (PT-RS) e foi aprovado sem emendas pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Para Paim, essa norma "está em absoluta desconformidade com os princípios constitucionais relativos ao devido processo legal e à dignidade humana". "Não se pode, a priori, condenar uma pessoa sem saber as razões e a gravidade de seus atos. No caso dos bancários, a legislação atual mantém uma odiosa presunção de culpa ou dolo, ao determinar que configura justa causa a falta contumaz de pagamento de dívidas legalmente exigíveis", diz o senador, no parecer. Para o relator, é preciso avaliar muito bem os impactos que o comportamento do empregado tem sobre o seu desempenho no trabalho bancário. Acrescentou que pode acontecer de o empregado estar enfrentando dificuldades em função de problemas pessoais ou de saúde, e que o campo para a cobrança ou transação de eventuais dívidas é a via judicial. "Dívidas podem ser contestadas. Uma eventual execução pode ser decorrente de negócios mal administrados, escolhas mal feitas ou, simplesmente, da necessidade de optar entre pagar as contas ou manter os dependentes na escola ou, ainda, suprir as necessidades básicas da família. Além disso, muitos bancários não lidam diretamente com valores monetários em espécie, e um eventual deslize implicaria problemas com a legislação penal", argumenta Paim. O senador conclui que retirar, a partir de uma mera presunção de desonestidade, o direito do empregado às verbas indenizatórias, "é arbitrário e cruel", e pode trazer prejuízos para os próprios credores do empregado. Fonte: Agência Senado | |
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