quarta-feira, 20 de outubro de 2010

TSE censura imprensa sindical, mas alivia a revista ‘Veja’

 
Não há, na imprensa brasileira, nada mais panfletário e à direita do que a revista Veja. É bem verdade que o periódico da família Civita não está sozinho. As Organizações Globo, a Folha de S. Paulo, o Estadão e quase toda a mídia burguesa fazem campanha descarada para José Serra (PSDB). Apesar da parcialidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) faz vista grossa para a campanha tucana na imprensa. Mas quando a imprensa sindical reage contra a onda de boatos e a manipulação da informação dos donos dos veículos de comunicação de massa, os juízes do TSE censuram de imediato, como aconteceu com a nossa Revista do Brasil.
A história do patrocínio
A Folha estampou na primeira página: “BB e Petrobras custeiam revista da CUT pró-Dilma”. A direção da Petrobras informou que “veicula seus anúncios e campanhas publicitárias em diversos meios de comunicação, como TV, rádio, jornais, revistas e internet para fortalecer a imagem da empresa, inclusive as  revistas Veja, Época, IstoÉ, Época Negócios, Bravo e Auto-Esporte”. A empresa disse ainda que  “a  veiculação de anúncios na Revista do Brasil possibilita à companhia divulgar suas ações para um público formador de opinião dos principais sindicatos de todo o país, nos diversos setores da economia, como indústria, energia, bancos, saúde e educação” e que “a tiragem mensal da revista é de 360.000 exemplares”. 
“Será que a publicidade de estatais e do governo na mídia burguesa pode e na imprensa sindical é “crime”? O problema é que o TSE tem dois pesos e duas medidas.  Quando a versão da notícia é de um veículo da burguesia, é permitido panfletar à vontade, mas quando a imprensa é da classe trabalhadora, os juízes impõem a censura, ressuscitando fantasmas da ditadura militar”,  disse a diretora da Secretaria de Imprensa do Sindicato Vera Luiza.

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