segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O ILUMINADO (Ornélio Kadafe)

Cabes em um pranto de águas pequeninas sob a lua
Gotejas forte no árido e inebriante pasto do outro lado da rua
Suas vestes são preenchidas de milhares de raios
Seu despertar e como um sonar que de perto se insinua
Mostra a clareza e a altivez de forma elíptica e nua

As rajadas são íons que atravessam a quântica física
Fazem das máquinas mais modernas
a mais simples objeto, são uns e zero
Qualquer contemporâneo diante de sua grandeza se vê nas cavernas
Contemplando, venerando, comemorando e controlando
São escritas a olho nus, perfeitas  e eternas
Mostram a sua capacidade de debulhar a terra
De produzir milhões de alimentos no campo

Seu poder provoca êxodo para a cidade
Muitas lá, querem quebrar o responsável por tanta miséria e desemprego  
Sabem que no fundo, também é uma ignorância em verdade
Mas, estão fora das suas mais densas e perfeita capacidade
De saber e distinguir entre o certo e o pão
Que misturado ao trigo, ao leite ao sal e açúcar
Ja foi comida muito citada na Bíblia
Pois todos ja possuiam conhecimento de longo
Entre o velho e o novo testamento

No livro da vida, se fala de tudo um bocado
Das glórias, guerras até a tristeza como fruto do pecado
Ali, homens e mulheres cumpriram seu legado
Sabendo ou não, no Rio Jordão ou em um mar morto e salgado

Quem acha que tudo sabe hoje é esperto e iluminado
Cientistas, médicos, juízes e advogados
Juram fazer o bem não importa a quem
Porém sua prática se confunde com as palavras que foram para o além

O povo rebelde, cruel e injustificado
Não reconhece ainda aquele que redimiu sua vida e o seu pecado
Que preso ficou, e depois foi ressuscitado
Que cumpriu sua trajetória e foi justificado
Este sim será digno de chamarmos
o grande....Iluminado.
 

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