Em telefonema gravado no dia 18 de setembro, com autorização da Justiça, Ronilson reclama, com outra fiscal, que saiu no Diário Oficial que ele está sendo investigado, dentro da Prefeitura.
“É um absurdo. Paula, tinha que chamar o secretário e o prefeito também, você não acha? Chama o secretário e o prefeito que eu trabalhei. Eles tinham ciência de tudo”, afirma Ronilson, que acusado pelo Ministério Público de comandar o esquema de corrupção que pode ter desviado até R$ 500 milhões da Prefeitura de São Paulo.
Com dinheiro da propina, Ronilson Bezerra Rodrigues teria comprado pelo menos 11 apartamentos e escritórios em São Paulox, Minas e Rio, além de cabeças de gado para uma fazenda em Minas. Até agora, os promotores não encontraram nenhuma prova de que Kassab soubesse da corrupção.
Kassab nega
Em nota, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab repudiou o que chamou de "tentativas sórdidas" de envolver o nome dele em suspeitas de irregularidades contra funcionários públicos municipais admitidos, há anos, por concurso.
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Kassab declarou que essa atitude tem objetivo escuso, exclusivamente
para atingir a imagem e a honra dele. Por fim, Kassab lembrou que a
investigação preliminar do esquema de propina começou em setembro de
2012 - e que só não terminou porque a gestão dele chegou ao fim. Ainda
segundo a nota, essa apuração foi transferida para a administração
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O ex-secretário de Finanças de São Paulo, Mauro Ricardo Costa, afirmou que as acusações do auditor fiscal Ronilson, de que tinha ciência do esquema, são absolutamente infundadas. Mauro Ricardo lembrou que Ronilson foi investigado e exonerado do cargo de confiança ainda na gestão de Kassab.
Conversa com fiscais
Ronilson também foi flagrado em escutas discutindo sobre dinheiro e as possíveis consequências da investigação da Prefeitura com os fiscais Luís Alexandre Magalhães e Carlos Augusto Di Lallo Amaral.
O arquivo com a gravação da conversa foi localizado no apartamento de Alexandre e é apontado pela promotoria como a prova mais importante, até agora, contra os acusados. O Ministério Público confirmou que as vozes pertencem ao trio.
Ainda não se sabe onde ocorreu a reunião entre os três investigados. Segundo os promotores, ela aconteceu depois de março deste ano, assim que o grupo descobriu que a Controladoria da Prefeitura de São Paulo investigava todos eles por suspeita de enriquecimento ilícito.
A conversa foi gravada pelo próprio Alexandre. Segundo ele, como forma de proteção. O fiscal acreditava que os companheiros de trabalho poderiam tentar colocar o crime inteiramente em sua conta quando as investigações avançassem.
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