sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Rede estadual de SP adota divisão em três ciclos no ensino fundamental

Estudantes poderão ser reprovados no 3º, 6º e 9º anos a partir de 2014.
Segundo o governo estadual, medida vai afetar 2,5 milhões de alunos.

Tahiane Stochero Do G1, em São Paulo
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Alunos da rede estadual de São Paulo (Foto: Reprodução/TV Globo) 
Alunos da rede estadual de São Paulo (Foto:
Reprodução/TV Globo)
 
O governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou na manhã desta sexta-feira (8) a divisão do ensino fundamental da rede estadual de São Paulo em três ciclos. Até então, a divisão ocorria em dois diclos. A partir de 2014, a retenção dos estudantes que hoje apenas ocorre no 5º e no 9º ano, passará a ocorrer no 3º, 6º e 9º anos. Segundo o governo, a medida vai afetar cerca de 2,5 milhões de alunos.
"Em 2010 o Estado implantou o ensino fundamental com nove anos de duração, deixando o primeiro ciclo com cinco anos e o segundo com quatro. Agora os ciclos serão menores, de três anos cada, uma importante mudança para evolução do aprendizado dos alunos”, disse o secretário de Educação Herman Voorwald.
A mudança afeta apenas o ensino fundamental. No ensino médio, o sistema é seriado, ou seja, o aluno pode ser reprovado em qualquer um dos três anos.
Alckmin garantiu que a decisão não teve influência na divisão anunciada pela Prefeitura de São Paulo anunciada em julho, que também dividiu o ensino fundamental em três ciclos, entre outras medidas, nas escolas da rede municipal. "Isto já estava sendo avaliado com a rede estadual já há algum tempo." "Hoje é um dia importante para a educação. Estamos fazendo uma mudança importante para aperfeiçoar a progressão continuada. Passaremos a ter três avaliações para retenção. Isso foi muito discutido com a rede. Estamos atendendo um pedido que vem da rede estadual e que está sendo discutido internamente desde 2011", disse o governador.
Alckmin disse que progressão continuada é correta e até o sexto ano é adotada em todo o Brasil pelo Ministério da Educação. "Os dias que o aluno falta ele é reprovado, mas se ele não falta, por que ele não aprende?", disse Alckmin. "A reprovação não pode ser uma responsabilização do aluno, é uma responsabilidade do aluno. A reprovação leva à evasão escolar e cria na criança a cultura do fracasso. Por outro lado, ela não pode ficar cinco anos sem fazer nenhuma avaliação e em alguns casos é necessário se fazer a reprovação."
Segundo o governo, 82% dos alunos que ingressam no sexto ano na rede estadual vêm da rede municipal. Os alunos farão esta avaliação ao final do sexto ano.
Outra mudança anunciada é que a partir de 2014, a avaliação diagnóstica dos alunos acontecerá a cada bimestral. Serão quatro avaliações por ano. O instrumento permite que os professores tenham um relatório personalizado de aprendizado por aluno e um cardápio de ações focadas em sanar suas principais dificuldades.

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