A mesma postura já havia sido adotada em relação aos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Neste segunda-feira, a greve dos bancários completa 14 dias.
Neste sábado, dia 8, o Governo Federal finalmente rompeu o silêncio e se manifestou sobre a greve dos bancários. Entretanto, não foi para retomar o processo negocial com os trabalhadores dos bancos públicos. Pelo contrário. Mesmo estando na Bulgária a passeio, a presidenta Dilma Rousseff, do PT, ordenou que as direções da Caixa Econômica e do Banco do Brasil cortem o ponto dos bancários que aderiram ao movimento grevista da categoria.
O anúncio - feito pelo Ministério da Fazenda - só evidencia a relação umbilical entre os banqueiros e o governo petista. Nem a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) nem o Governo Federal negociam com os trabalhadores, mas ambos buscam, por meio de interditos proibitórios e pressão sobre os bancários, impedir o livre direito constitucional de greve.
Bernadeth Martins, diretora do Sindicato dos Bancários/ES e empregada da CEF, caracteriza a postura do governo Dilma como abusiva e inaceitável. “Na prática, a ameaça de corte de ponto nada mais é do que uma tentativa desesperada de coagir os bancários a encerrar a greve, mais uma atitude contraditória de um partido que se diz dos trabalhadores”, afirmou.
A diretora ressalta ainda que o fim do movimento só será decidido em assembleia da categoria, com a apresentação de uma contraproposta pelos patrões. “Não iremos recuar diante de uma intimidação como essa. Nossa greve é legal e legítima. Continuamos esperando a reabertura das negociações e em hipótese alguma encerraremos o movimento paredista sem negociar os dias parados”, finaliza Bernadeth.
Para Goretti Barone, também diretora do Sindicato, que é bancária do BB, essa é uma atitude arbitrária, uma vez que dias parados não devem ser descontados porque greve é um direito legítimo. "Além disso, os dias parados têm que ser objeto de discussão em mesa de negociação, não ser usado como ameaça para tentar inibir a greve", afirmou.
Política do governo favorece bancos
Enquanto trata os trabalhadores com desrespeito, o Governo Federal favorece o setor financeiro com sua política. Para se ter uma ideia, dados da consultoria Economática revelam que durante os oito anos do governo Lula, o lucro líquido dos maiores grupos financeiros do país cresceu quase 420% em relação ao governo FHC.
Enquanto setores essenciais para a população como saúde e educação recebem, respectivamente, apenas 3,91% e 2,89% do Orçamento Geral da União, o pagamento de juros e armotizações da dívida pública que vai direto para o bolso dos banqueiros consome quase 45% do dinheiro arrecadado pelo governo federal.
Neste sábado, dia 8, o Governo Federal finalmente rompeu o silêncio e se manifestou sobre a greve dos bancários. Entretanto, não foi para retomar o processo negocial com os trabalhadores dos bancos públicos. Pelo contrário. Mesmo estando na Bulgária a passeio, a presidenta Dilma Rousseff, do PT, ordenou que as direções da Caixa Econômica e do Banco do Brasil cortem o ponto dos bancários que aderiram ao movimento grevista da categoria.
O anúncio - feito pelo Ministério da Fazenda - só evidencia a relação umbilical entre os banqueiros e o governo petista. Nem a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) nem o Governo Federal negociam com os trabalhadores, mas ambos buscam, por meio de interditos proibitórios e pressão sobre os bancários, impedir o livre direito constitucional de greve.
Bernadeth Martins, diretora do Sindicato dos Bancários/ES e empregada da CEF, caracteriza a postura do governo Dilma como abusiva e inaceitável. “Na prática, a ameaça de corte de ponto nada mais é do que uma tentativa desesperada de coagir os bancários a encerrar a greve, mais uma atitude contraditória de um partido que se diz dos trabalhadores”, afirmou.
A diretora ressalta ainda que o fim do movimento só será decidido em assembleia da categoria, com a apresentação de uma contraproposta pelos patrões. “Não iremos recuar diante de uma intimidação como essa. Nossa greve é legal e legítima. Continuamos esperando a reabertura das negociações e em hipótese alguma encerraremos o movimento paredista sem negociar os dias parados”, finaliza Bernadeth.
Para Goretti Barone, também diretora do Sindicato, que é bancária do BB, essa é uma atitude arbitrária, uma vez que dias parados não devem ser descontados porque greve é um direito legítimo. "Além disso, os dias parados têm que ser objeto de discussão em mesa de negociação, não ser usado como ameaça para tentar inibir a greve", afirmou.
Política do governo favorece bancos
Enquanto trata os trabalhadores com desrespeito, o Governo Federal favorece o setor financeiro com sua política. Para se ter uma ideia, dados da consultoria Economática revelam que durante os oito anos do governo Lula, o lucro líquido dos maiores grupos financeiros do país cresceu quase 420% em relação ao governo FHC.
Enquanto setores essenciais para a população como saúde e educação recebem, respectivamente, apenas 3,91% e 2,89% do Orçamento Geral da União, o pagamento de juros e armotizações da dívida pública que vai direto para o bolso dos banqueiros consome quase 45% do dinheiro arrecadado pelo governo federal.
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