terça-feira, 13 de setembro de 2011

REMUNERAÇÃO : Não da Fenaban é um sim para a greve

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) manteve a velha intransigência de sempre e rejeitou todas as reivindicações dos bancários sobre remuneração, em negociação realizada na segunda-feira, dia 12. Os bancos mantiveram a mesma postura arrogante na negociações sobre saúde, condições de trabalho, igualdade de oportunidade, cláusulas sociais e segurança, que aconteceram nos dias 5 e 6 de setembro. A direção do Banco do Brasil e a da Caixa Econômica Federal também optaram por provocar e desrespeitar a categoria e também disseram não aos itens das minutas específicas discutidas na semana passada (confira detalhes das negociações nos bancos públicos nas páginas 2 e 3).
“A Fenaban e os bancos públicos deixaram claro que preferem endurecer nas negociações. Esta postura é uma provocação. Se a intransigência continuar não temos outra saída que não seja uma greve nacional forte para arrancar um acordo coletivo justo. Mais do que nunca é fundamental a mobilização dos bancários e a nossa unidade nacional”, disse o presidente do Sindicato, Almir Aguiar, que participou da reunião, em São Paulo. Uma nova negociação com a Fenaban está prevista para o próximo dia 20.
O Sindicato realizará assembleias com data e local que ainda serão definidos para definir as estratégias de luta da campanha salarial.
Os bancários defendem 12,8% de reajuste salarial (5% de aumento real), PLR de três salários mais R$4.500, um piso de R$2.297,51  (salário mínimo do Dieese) e um salário mínimo para o tíquete-refeição e para o auxílio-alimentação (R$545 mensal cada). A minuta da categoria prevê ainda Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) para todos os bancários, auxílio-educação (graduação e pós-graduação), inclusão bancária com mais agências e postos de atendimento e a contratação de mais bancários, a igualdade de oportunidades, além do fim das metas abusivas, do assédio moral e da proliferação dos correspondentes bancários. “Quem diz não a todas as reivindicações dos trabalhadores provoca um sim para uma forte greve nacional”, ressalta Almir.
Lucros recordes - Os bancos mostraram, mais uma vez, que não valorizam seus funcionários. Apesar dos lucros recordes conquistados à custa do suor e do trabalho dos bancários, a Fenaban insiste em rejeitar as reivindicações da categoria. Os bancos lucraram cerca de R$27 bilhões no primeiro semestre deste ano, ou seja, 19% a mais do que no mesmo período de 2010. “Os bancos faturam mais do que qualquer outro setor da economia, à frente dos setores de petróleo, gás, mineração, energia elétrica, alimentos, bebidas e telecomunicações. Nada justifica tanta ganância. A Fenaban empurra a categoria para a greve”, conclui Almir.

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