Os bancários do Rio realizaram ontem (26), na Galeria dos Empregados do Comércio, uma grande assembleia em que a categoria rejeitou a proposta de 8% de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na negociação da última sexta-feira, dia 23, e manteve a decisão de greve por tempo indeterminado, já aprovada na assembleia do dia 22. A decisão foi por unanimidade.
Atendendo a uma ação civil pública ajuizada pelo Sindicato, a desembargadora Mônica Torres Brandão, da 6ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, decidiu a favor do direito de greve da categoria, condenando qualquer medida discriminatória ou de retaliação contra os trabalhadores que aderirem e participarem do movimento grevista. Na decisão, a desembargadora argumenta que “a garantia constitucional do direito de greve está em consonância com o princípio da dignidade humana e com o valor social do trabalho, além de estar assegurado no artigo 9º da Constituição Federal”. A decisão inclui como forma de retaliação o desconto dos dias parados e só permite a compensação através de negociação entre sindicatos e a entidade patronal. “Esta vitória no campo jurídico é tão importante quanto a deflagração de greve da categoria na assembleia”, avalia Cleyde Magno, diretora do Departamento Jurídico do Sindicato.
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