Eles deviam facilitar a vida dos clientes na correria do dia a dia. Mas quem tenta utilizar os caixas eletrônicos nos bancos do Rio precisa renovar a dose de paciência. Terminais em manutenção, longas filas, ausência de funcionários para orientar clientes e até falta de canetas e envelopes para depósito são alguns dos problemas que a reportagem do EXTRA encontrou em quatro dias de blitz em 60 agências de 10 bairros da cidade.
E a má notícia é que, se não houver boa vontade dos bancos, não há com quem reclamar. Segundo o Banco Central (BC), não existe nenhuma norma que regulamente o serviço. Fica a critério de cada instituição fixar o número de caixas que vão funcionar, quais cédulas serão oferecidas e quantos funcionários escalarão para auxiliar no uso das máquinas.
Troca de banco
Cansada de "apanhar" da identificação biométrica, a aposentada Hilda Bueno, de 73 anos, vai trocar de banco:
— Isso da mãozinha é complicado. Uma cliente da fila que me ajudou. Estou saindo do banco em fevereiro. Tem muita gente e apenas um funcionário auxiliando. A fila fica grande.
Fila foi o que fez a comerciária Ana Lúcia Barbosa, de 31 anos, não sacar dinheiro nos terminais do Bradesco da Rua Coronel Agostinho, em Campo Grande, na quinta-feira:
— Desisti porque tem muita gente. São poucos caixas e sempre tem um em manutenção.
Neste dia, a dona de casa Márcia Goulart, de 46 anos, enfrentou calor no Santander do Méier para pagar as contas.
— O ar-condicionado não está funcionando e, ainda por cima, o caixa não imprimiu o comprovante — queixou-se.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirma que os bancos acompanham os problemas e procuram adotar procedimentos para minorá-los.
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