Estudo,
publicado pelo Ipea, descreve as estratégias desses países, bem como as
principais instituições responsáveis pela defesa cibernética
O
Texto para Discussão do Ipea nº 1850, escrito pelo técnico de
Planejamento e Pesquisa Samuel Cesar Júnior, analisa a segurança
cibernética no país em comparação com Estados Unidos, Rússia e Índia. O
estudo descreve as estratégias dos países, bem como as principais
instituições responsáveis pela defesa cibernética.
A segurança
da informação e a defesa cibernética são fundamentais para o uso
adequado das tecnologias de informação e comunicação (TICs). Atualmente,
praticamente todas as infraestruturas críticas que dão suporte ao
progresso, à paz e à segurança da sociedade dependem de sistemas
computacionais.
As recentes revelações de espionagem, feitas
pelo ex-analista da Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA)
Edward Snowden, evidenciaram o quanto as redes e as comunicações ainda
são frágeis. A rapidez com que os fatos estão ocorrendo no mundo virtual
têm surpreendido autoridades, indústria e usuários, que não estão
preparados para lidar com questões referentes à segurança na rede. O
Brasil não é exceção. O estudo aponta que é preciso investimento
adequado em equipamentos e capacitação de pessoal, assim como um plano
estrutural de segurança e defesa cibernética nacional.
De acordo
com dados do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de
Segurança no Brasil (CERT.br), apresentados no texto, são identificados
em torno de três mil incidentes de segurança por mês nas 320 grandes
redes do Governo Federal.
Governança
Em
termos de arranjo institucional, há diferenças substanciais no modelo
americano para o modelo brasileiro e indiano, por exemplo. Enquanto, nos
Estados Unidos, segurança e defesa cibernética possuem uma estrutura de
governança bastante centralizada, no Brasil e Índia, existem várias
instituições respondendo pelo assunto, o que tende a dificultar ações
coordenadas de longo prazo. Todavia o mais critico é que o Brasil ainda
não possui um plano ou politica estruturante de investimento e melhoria
em segurança cibernética, apesar da Estratégia Nacional de Defesa e do
Livro Verde de Defesa terem reconhecido a importância do tema.
Assim,
o estudo conclui que, mesmo em um ambiente de constante melhora, o
Brasil ainda precisa avançar muito para enfrentar os desafios inerentes
ao ambiente virtual. A deficiência de governança das tecnologias da
informação dentro dos próprios órgãos da administração federal e a falta
de programas de cooperação, investimento e capacitação de longo prazo
contribuem para o aumento da vulnerabilidade.
Leia
o Texto para Discussão nº 1850 - A segurança e defesa cibernética no
Brasil e uma revisão das estratégias dos Estados Unidos, Rússia e Índia
para o espaço virtual
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