Escolas municipais que obtiveram os melhores resultados haviam implementado programas simples, como os de reforço de leitura e atividades extracurriculares
POR MARIA LUISA BARROS
Rio - Ideias simples, postas em prática por profissionais superdedicados, estão fazendo a diferença na melhoria do ensino público carioca. Escolas municipais que atendem alunos de comunidades carentes e violentas, como os morros da Pedreira, Lagartixa, e as favelas de Antares e da Maré, implantaram programas de leitura, reforço escolar, apostilas para os pais, oficinas de capoeira, teatro, dança e turmas de aceleração, e acabaram conquistando posições privilegiadas no ranking dos melhores colégios da cidade.
Na escola de Santa Cruz, a diretora Sueli Gaspar estimula as turmas a participar do programa Vapt-Vupt. Na sexta-feira, alunos levam livro para casa e trazem na segunda-feira, junto com diário onde escrevem sobre o que leram. A escola criou o projeto de reforço S.O.S: quem aprende a ler e a escrever recebe “alta”.
Na E.M. Roberto Burle Marx, a cobrança é a receita do sucesso. “Exijo o melhor da merendeira, dos professores e dos alunos”, ensina a diretora Sara de Carvalho, que não abre mão do uniforme dos 600 alunos da pré-escola ao 9º ano. “É uma escola gratuita tão boa quanto a particular”, afirma a diretora. Uma das preocupações de Sara é dar condições para que os alunos se sintam bem: “Os banheiros estão sempre limpos, não deixo ter carência de professor, no refeitório se serve em pratos de vidro e com garfo e faca. Aqui os estudantes se sentem importantes”.
Parceria com as famílias é fundamental
As escolas campeãs no ensino têm em comum a parceria com as famílias. Na E.M. Arthur Azevedo, na Pavuna — terceira no ranking da Prova Rio para o 3º ano —, são os pais que levam apostilas de reforço para aprender a ensinar os filhos no dever. “Gastamos muito com cópia, mas esse trabalho ajuda muito no desempenho das crianças”, diz a diretora Maurinéa Fritz.
A E.M. 4º Centenário, na Maré, também estimula a participação das famílias. “Se os pais não estiverem do nosso lado, nenhum programa funciona”, ensina a diretora Rita Magnino.
Professores e alunos da Burle Marx comemoraram 1º lugar na Prova-Rio | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
As práticas pedagógicas fazem parte da rotina do Ciep 1º de Maio, entre as favelas do Rola e do Antares, em Santa Cruz, e da Escola Municipal Roberto Burle Marx, em Jacarepaguá, na Zona Oeste. As duas garantiram, respectivamente, os primeiros lugares no 3º e 7º anos do Ensino Fundamental na Prova-Rio, à frente de 970 unidades. A avaliação foi aplicada em 2010 a 130 mil alunos pela Secretaria Municipal de Educação, para medir o aprendizado em Português e Matemática.Na escola de Santa Cruz, a diretora Sueli Gaspar estimula as turmas a participar do programa Vapt-Vupt. Na sexta-feira, alunos levam livro para casa e trazem na segunda-feira, junto com diário onde escrevem sobre o que leram. A escola criou o projeto de reforço S.O.S: quem aprende a ler e a escrever recebe “alta”.
Na E.M. Roberto Burle Marx, a cobrança é a receita do sucesso. “Exijo o melhor da merendeira, dos professores e dos alunos”, ensina a diretora Sara de Carvalho, que não abre mão do uniforme dos 600 alunos da pré-escola ao 9º ano. “É uma escola gratuita tão boa quanto a particular”, afirma a diretora. Uma das preocupações de Sara é dar condições para que os alunos se sintam bem: “Os banheiros estão sempre limpos, não deixo ter carência de professor, no refeitório se serve em pratos de vidro e com garfo e faca. Aqui os estudantes se sentem importantes”.
Parceria com as famílias é fundamental
As escolas campeãs no ensino têm em comum a parceria com as famílias. Na E.M. Arthur Azevedo, na Pavuna — terceira no ranking da Prova Rio para o 3º ano —, são os pais que levam apostilas de reforço para aprender a ensinar os filhos no dever. “Gastamos muito com cópia, mas esse trabalho ajuda muito no desempenho das crianças”, diz a diretora Maurinéa Fritz.
A E.M. 4º Centenário, na Maré, também estimula a participação das famílias. “Se os pais não estiverem do nosso lado, nenhum programa funciona”, ensina a diretora Rita Magnino.
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