Capítulo 22 – O mundo Feudal - Turmas 1007/1008/1009
1 – Como surgiu o Feudalismo(1)
O feudalismo é uma forma de organização política, social e econômica dominante na Europa ocidental durante a idade média. As características gerais do feudalismo são:
Agricultura era a sua principal atividade;
Hierarquização: indivíduos encontravam-se subordinados aos outros por laços de dependência;
A elite era composta por grandes senhores de terra e pelo alto clero;
O rei e os senhores feudais eram a base do poder político do feudo;
Uma grande massa de camponeses ligados a terra garantiam o sustento dos senhores feudais, pois a eles estavam ligados diretamente.
O feudalismo começou a se estruturar por volta do século VIII, no Reino Franco propagando-se posteriormente para outras regiões da Europa Ocidental.
2- Suserania e vassalagem(2)
A vassalagem era o juramento de fidelidade que uma pessoa prestava a um chefe guerreiro, comprometendo-se a viver sob suas ordens durante certo tempo em troca de proteção. Seu caráter era claramente militar enquanto vigorasse o acordo, aquele que prestava o juramento tornava-se vassalo de seu chefe, devendo-lhe lealdade e obediência. No período carolíngio a vassalagem assumiu novo significado. Nessa época, os reis passaram a conceder aos nobres o direito de uso – embora de posse – de algum bem, chamado feudo sobre o qual garantiam-lhes total poder. São concedidos a posse da terra, a cobrança de impostos, o controle da justiça ou de administração de um castelo.
A doação de um feudo ocorria por meio de uma cerimônia que caracterizava as relações de Suserania e vassalagem. O vassalo ajoelhava-se diante do senhor com as mãos unidas, rendendo-lhe homenagem. O doador, conhecido como susserano, segurava as mãos do vassalo entre as suas e selava com um beijo a aliança entre eles.
Os seis princípios da fidelidade
Para ser digno da confiança de um susserano o vassalo deveria ter sempre em mente seis princípios: proteção, segurança, honra, interesse, liberdade, faculdade.
Os Castelos Medievais
Construídos geralmente em regiões elevadas e de difícil acesso, os castelos eram fortalezas que protegiam dos ataques inimigos os senhores feudais, sua família e seus dependentes.
O subdivisão do feudo (3,4)
Com as constantes guerras aumentar o número de cavaleiros e soldados era tarefa cada vez mais difícil, assim os feudos foram subdivido e doados aos cavaleiros e soldados de maneira que o susserano principal quase já não era perceptível. Tudo isso comprometeu a divisão da classe senhorial em dois segmentos: a alta nobreza, constituída por príncipes, duques, condes, barões, comandantes de castelos (castelões) e membros do alto clero – eram os magnates ou optimates; e a baixa nobreza, formada por simples cavaleiros e religiosos de poucas posses, como os cônegos, que estavam em contato direto com os camponeses.Todas essas transformações investe o senhores feudais de poder, diminuindo a importância do rei.
3 – Os camponeses
Pouco se sabe sobre este grupo que representava cerca de 80% da população feudal, seja por questões de formação (eram analfabetos), ou porque a classe dominante nunca desejou deixar escritos sobre “os perdedores”. Contudo esta massa de gente era a responsável pela riqueza e pela boa vida dos senhores.
Servos e vilões
Os camponeses também estavam divididos no feudo. Os servos eram descendentes das cidades que buscaram o campo e arrendaram terras ao término do império romano,outros era descendentes de ex-escravos. Os vilões eram pequenos proprietários livres que entregaram suas terras aos grandes senhores em troca de proteção.(5)
Capitulo 23 – Igreja e poder
1 – Poder material e poder espiritual
Durante a idade média a Igreja católica se consolidou pouco a pouco como a mais rica e sólida instituição da Europa Ocidental. Alguns de seus membros tornaram-se grandes senhores feudais e possuíam muitos bens. Além do poder terreno e temporal, a Igreja tinha um domínio quase completo sobre a vida espiritual da população.
A hierarquia eclesiástica
A Igreja estava organizada em províncias e dioceses, comandadas, respectivamente, por um patriarca, de acordo com o lugar, e por um bispo, abaixo os diáconos, esses eclesiásticos, juntamente com o patriarca de Roma (chamado Papa) o pai de todos, que segundo a doutrina da Igreja, o patriarca de Roma, instalado no Palácio de Latrão, no Vaticano atual, era sucessor direto de São Pedro, a quem Cristo teria confiando a edificação da Igreja na Terra.
Crise moral
Embora estivesse voltada para a vida espiritual e a difusão da fé cristã a Igreja era parte do sistema feudal, e seus padres eram casados ou possuíam amantes, alguns cargos eram vendidos a pessoas que não sabiam sequer celebrar uma missa e se mostravam mais interessados em dilapidar o patrimônio dos seus fieis.
Percebendo a gravidade da situação, alguns clérigos decidiram promover uma profunda reforma religiosa na instituição. Em 1059, durante o concilio de Latrão, o papa Nicolau II confirmou o celibato dos padres, proibiu que bispos fossem indicados por reis sem autorização papal.
O pontificado de Gregório VII
O papa Gregório VII m 1075 publicou uma bula na qual afirmava o direito papal de derrubar imperadores e a infalibilidade da Santa Fé.Estabelecia também a pena de excomunhão para todos aqueles que desobedecessem às determinações da Igreja. Dom Henrique imperador do Sacro-Império Romano-Germânico tentou depor o Papa. Em resposta, Gregório excomungou o imperador que acuado entre os senhores feudais teve que pedir perdão ao pontífice. O conflito ficou conhecido como Questão das Investiduras, e ampliou o poder da Igreja.
2 – As cruzadas
Com o sucesso de Gregório VII a Igreja parte em ofensiva para retomar o seu poder e poder abalados pela corrupção e pelo Cisma do Oriente, em 1054. Os nobres estavam interessados em pilhar riquezas, já os mercadores da península Itálica esperavam que as cruzadas promovessem a reabertura do comércio no Mediterrâneo, dominado pelos muçulmanos. Os camponeses ingressaram nas cruzadas para tentar conquistar a liberdade.
A Inquisição
Conhecido também como Tribunal do Santo Oficio – era a maneira pela qual a Igreja criou de punir os hereges ou dissidentes da doutrina. Neste grupo poderia constar aqueles que professavam outra religião, até comandantes não afinados com os propósitos da doutrina. Foi autorizado o uso da tortura para confissões e a queima na fogueira para servir de exemplos aos demais.
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