O trânsito caótico das grandes cidades e as dificuldades enfrentadas no transporte público estão levando cada vez mais pessoas a recorrer às motos. Não é à toa que 17 milhões delas circulam pelo País, representando 25% da frota brasileira. E o número está crescendo. No primeiro semestre de 2011, as vendas do setor subiram 18% em relação ao mesmo período de 2010: foram 1,03 milhão de unidades comercializadas, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
A maior parte das pessoas (45%) usa esse veículo para ir ao trabalho, segundo pesquisa feita pela Associação Brasileira de Motociclistas. “Isso porque a moto é ágil e barata”, afirma o presidente da entidade, Lucas Pimentel.
De qualquer modo, antes de migrar para as duas rodas, é importante colocar os custos e as vantagens na ponta do lápis. Segundo Pimentel, o ideal é começar por uma de até 400 cilindradas (cc) – acima disso, as motocicletas exigem maior habilidade, sendo indicadas apenas para quem já tem ao menos dois anos de prática.
Os preços das motos variam muito de acordo com o modelo. Em geral, modelos de 125 cc saem por cerca de R$ 6 mil. As de 200 cc são um pouco mais caras: R$ 10 mil, em média. As de 400 cc ficam um pouco acima de R$ 15 mil. A partir daí, o grau de sofisticação aumenta, e há modelos que chegam a custar mais de R$ 100 mil.
Além disso, existem outras despesas obrigatórias. Para estar habilitado a dirigir, o motorista deve tirar a sua carteira na categoria A. Todo o processo, incluindo as taxas e os custos das aulas, fica em torno de R$ 1.000, com pequenas variações em cada município. Além da CNH, a legislação exige o uso de capacete, cujo valor costuma variar entre R$ 200 e R$ 2.500.
Embora não obrigatórios, outros itens de segurança são recomendáveis, como calça de couro (de R$ 300 a 700), jaqueta do mesmo material (de R$ 500 a R$ 1.500), calçados reforçados (de R$ 250 a R$ 600) e luvas (de R$ 150 a R$ 300).
Nenhum comentário:
Postar um comentário